“Wall Street” do MPLA

2016. O banco holandês Ing anuncia que ia financiar com mais de 430 milhões de dólares o projecto público de reabilitação da Marginal da Corimba, em Luanda, segundo um despacho presidencial que autorizava o negócio. O Presidente teria, presume-se, pensado em canalizar o financiamento para combater a mortalidade infantil e a pobreza mas, ponderada a questão, optou pela marginal. O despacho, de 14 de Novembro referia tratar-se de um projecto público que visava garantir a valorização da preservação da zona costeira e reforçar as acessibilidades ao centro de Luanda, nomeadamente…

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De há 58 anos a esta parte só piorou. E de que maneira

Quando nestes últimos dois dias vi com horror imagens das cheias de Luanda, vieram-me à memória tempos da minha infância. Mais precisamente memórias do dia 20 de Abril de 1963, quando caiu sobre Luanda uma enorme tempestade tropical bem típica dos meses de Março e Abril, naquela região do globo. Por Carlos Pinho (*) Durante toda a madrugada e parte da manhã a trovoada e a chuva intensa não deram descanso aos luandenses. As crianças e mulheres choravam e rezavam, impotentes perante tamanha manifestação do poder da natureza perante a…

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Lourenço navega entre Salazar e Hitler (II)

Os títulos estão aqui. O país mudou. O país está melhor, apregoam e cantam os bajuladores… No terreno, no chão, na esquina, na respiração, no gemer, de cada um e cada uma, da maioria cidadã, que vegeta sem esperança e bússola orientadora, a realidade é outra e o horizonte é indefinido. Por William Tonet O país, ainda, teimosamente, chamado Angola, criação colonial, sem o crivo das várias identidades dos povos e micro-nações está transformado numa pocilga a céu aberto. O melhor postal, exibido, orgulhosamente, em todas sessões de trabalho, no…

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A frustração da primavera Lourencista

Quando, em 2017, João Lourenço tomou posse como Presidente de Angola, gerou-se uma enorme expectativa. Com o fim do consulado de Eduardo dos Santos, vinha uma nova equipa que prometia progresso, combate à corrupção endémica, desenvolvimento, maior qualidade de vida. Por Paulo de Morais (*) É certo que Lourenço e o seu vice-presidente, Bornito de Sousa, pertenciam à nomenclatura que, com Dos Santos, tinha governado o país de forma corrupta e tinha afastado os angolanos dos caminhos do desenvolvimento. Mas, mais do que expectativa, foi a esperança que se instalou.…

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Lourenço navega entre Salazar e Hitler

O racismo incubado existe, no MPLA! Faz morada na mente dos políticos de pacotilha, alcandorados no poder. Tem endereço! O meu amigo Celso Malovoloneke conhece o nome das esburacadas avenidas mentais… Ao reagir a um post (“meme”) na página do Facebook reagiu descaracterizando-me e a um colega de forma abjecta. Por William Tonet Racistamente tratou, Orlando Castro, director adjunto, por ser branco como sendo português. Santa ignorância! Mano Celso, o Orlando é orgulhosamente, branco, sim, não pediu para o ser, mas é 100% angolano, natural do Huambo (ex-Nova Lisboa), estudou…

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A força dos execut(ivo)s rosa

Bem dizia Eça de Queiroz, provavelmente antecipando a pequenez intelectual dos políticos lusófonos, que “os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão”. Já com os juízes o roseiral é outro… Por Orlando Castro Por outro lado, Guerra Junqueiro afirmou: “Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de…

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Quadrilheiros e outros mafiosos

O jornalista Carlos Alberto diz que Celso Malavoloneke foi agente duplo, explicando que na época da guerra, quando Malavoloneke trabalhava para ONU, foi agente duplo ao serviço do MPLA e também da UNITA. O ex-Secretário de Estado da Comunicação Social diz que o vai processar. Por Orlando Castro O Jornal de Angola, órgão oficial do MPLA, correia de transmissão do regime, atacou violentamente nos dias 18 e 19 de Novembro de… 2014, todos aqueles, nomeadamente portugueses, que não se curvavam perante o sumo pontífice do regime, o então “escolhido de…

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Caos político e judiciário está na esquina

45 anos é muito… Poder absoluto. Discriminação. Política de exclusão. É muita carga perniciosa contra a maioria dos angolanos, praticada por uma tribo (identidade) política que não teima em não ter noção do que é e deve ser um país, cunhado por uma pluralidade e diversidade etno-cultural-linguística e racial. Por William Tonet O Presidente da República, partidariamente, líder do MPLA, João Lourenço demonstrou o alcance do seu “riacho mental” ao graduar, pejorativamente, o conceito de paz, ao ser o dia 04 de Abril: Dia da PAZ, descaracterizado no seu simbolismo…

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Celso, o injustiçado!

Quando era secretário de Estado da Comunicação Social, Celso Malavoloneke, aconselhou as instituições públicas e privadas a criarem gabinete de comunicação de crise para dar resposta a acontecimentos súbitos, imprevisíveis e negativos que as possam atingir. Se calhar criar também gabinetes de “educação patriótica” não seria má ideia… Por Orlando Castro Celso Malavoloneke falava num fórum sobre “Harmonização da Comunicação Institucional e do Marketing no Sector dos Transportes”, referindo que as instituições ou empresas devem estar preparadas para comunicar atempadamente sobre eventuais situações que belisquem sua imagem, sob pena de…

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Café das noites angolanas

O café acompanha-me de há muito. Foi lá longe, onde a saudade castiga mais, que aprendi a amar o sonho e a sonhar com o amor. O café, companheiro fiel, estava sempre ao meu lado. Nas noites de boémia, como despertador da vida, e nas noites de trabalho, como sintonizador da realidade. Era, como diria Sebastião Coelho,… o Café da Noite. Por Orlando Castro E de dia? Claro que também. Servia, aliás, como «desculpa» para que no Himalaia (um dos mais conhecidos bares de Nova Lisboa) a malta se encontrasse…

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