Dos Santos goza com a paciência popular

Os angolanos precisam urgentemente de um virar de página, (ainda) capaz de os salvar da hecatombe para onde estão a ser lançados pelo “ancien regime”. Por William Tonet Angola tem potencialidades e riquezas naturais, capazes de fazerem feliz cada um dos seus habitantes, mas a incompetência governativa, ao longo dos 40 anos de independência, tem-nos, materialmente, empobrecido, muito pela falta de políticos fortes e líderes não corruptos. É este quadro dantesco que, depois de se ouvir o barroco discurso do presidente da República, José Eduardo dos Santos, no Moxico, falar…

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Diversificação para os ricos e contra os pobres

A crise apertou. O regime espirrou, constipando-se desde a queda preço do barril do petróleo. Ficou a nu a incompetência e má-gestão de uma política económica desgarrada, assente em paliativos ideológicos. Por William Tonet 1. No tempo das vacas gordas (alta do crude), tudo era feito ao acaso, sem planificação e ao sabor do saco azul, proveniente da receita do petróleo, que enriquecia dirigentes corruptos, com dinheiro do erário público, iludindo a maioria com obras descartáveis de betão. Era a visão partidocrata de desenvolvimento dos gestores de pastilha. Não tinham…

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Apartheid do MPLA escraviza angolanas

Uma bala / Um assassino / Um menino inocente / Uma morte / Foi o fim / Não! Por William Tonet Recolhido, fisicamente, nos braços de um desconhecido, a inanição de Hector Pieterson, ganhou outra vida nas vidas de outros carreiros da liberdade e avenidas do mundo democrático. O mundo deu-lhe direito à vida. Eterna! Sim! Porque Hector não foi subterrado pelas areias do Soweto, ergueu-se e caminhou, todos os dias, de 1976 – Joanesburgo, em direcção à escola, exigindo melhor ensino, fim da discriminação racial e liberdade, até o…

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Poder boçal continua a provocar a ira popular

O clima político está tenso. Muito tenso, face não só à crise económica e social, mas principalmente, à partidocrata. Angola, de repente, ficou hipnotizada, impotente, por obra e graça da engenharia de sua majestade. A classe política parece domesticada, muda e surda. Não reage, quando se lhe pede acção, ante os desvarios presidenciais. Por William Tonet Os comunicados frouxos dos partidos da oposição, em situação de crise inconstitucional e ilegalidade, engordam o sistema, não lhe fazendo sentir arrepios na coluna, se convocassem uma acção de desobediência civil, caso não se…

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É preciso salvar a República e sair à rua

Do leito, onde me recupero, no exterior, de duas cirurgias, só posso dizer: Porra! Porra é demais! O Presidente da República do MPLA, não respeita os angolanos, não respeita a lei, tão pouco a sua própria constituição. Por William Tonet Ele é a lei e depois de “domesticar” o seu partido, estende agora a mesma táctica aos demais partidos políticos da oposição e país, porque ninguém tem a coragem de se indignar e dizer: BASTA! O país é de todos angolanos. É da maioria dos povos e não pode ficar…

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A história do fraccionismo

A história da fundação, presidência, e liderança do MPLA após a chegada de Agostinho Neto a Leopoldville, sempre foi conturbada. Este médico a quem os seus companheiros fundadores, acreditaram, ingenuamente, que seria um factor de esperança, unidade e liderança ímpar, mostrou-se “ab initium”, egocentrista, complexado e divisionista. Por William Tonet Foi um dos maiores focos de instabilidade interna, chegando, desde o início a ser acusado de assassinar e expulsar todos quantos não comungassem as suas ideias, mesmo que estas se mostrassem perniciosas à luta de libertação. O que temos tentado…

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País mudo não muda

Não sei bem como manifestar o meu sentimento de pesar pela falência patente do nosso tão amado país. Como foi possível ter este regime chegado tão baixo; no fundo do poço; no precipício, arrastando consigo a esmagadora maioria dos autóctones angolanos. Por William Tonet Mesmo depois de tantos assassinatos, onde a palavra de ordem foi e é: “não vamos perder tempo com julgamentos”, a incompetência não conseguiu mais do que sitiar, pela força de um poder periclitante e pela vaidade de um chefe megalómano, na cloaca das Nações, os diferentes…

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A cobardia que assassinou milhares de inocentes

Neste mês de Maio sempre nos recordamos de momentos marcantes, protagonizados pela direcção do então, nosso, MPLA, quanta ingenuidade era a nossa, ante um líder carismático, ante a maldade, capaz de uma atroz invenção, de fraccionismo e golpe de Estado, por medo do debate de ideias, da diferença de opiniões e da livre expressão no seio do próprio partido, então protagonizada por uma nova elite. Por William Tonet Em Maio de 1977, não houve pioneirismo, pelo contrário, não tendo Neto conseguido massacrar a humilhação passada no Congresso de Lusaka, o…

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O mês das matanças

O mês de Maio, desde 1977, para muitos nacionalistas e jovens que, nos idos de 1960, se embrenharam nos húmus libertários angolanos, é a expressão mais tenebrosa da transposição da ideologia comunista da Europa para Angola-África. Por William Tonet Os comunistas ou seus clones, transformaram o pensamento livre ou os intelectuais diferentes em coisas, espécie menor, que devia ser assassinada sem apelo nem agravo, sempre que imaginassem estar o seu poder em causa. “Não vamos perder tempo com julgamentos”, disse no pedestal da sua cadeira –baloiço, um dos maiores genocidas…

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Regresso do fascismo judicial

O julgamento de José Julino Kalupeteka e a consequente sentença de condenação a uma pena de prisão maior de 28 anos destapou a verdadeira face de alguns juízes e tribunais ao serviço do regime: FASCISTAS! Por William Tonet O ordenamento jurídico foi pisoteado e a interpretação dolosa do Direito é uma homenagem ao analfabetismo de quem deveria saber aplicar de forma imparcial a justiça. Vamos à definição de fascismo. É um regime autoritário criado na Itália, que deriva da palavra italiana fascio, que remetia para uma “aliança” ou “federação”. Originalmente…

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