O investigador responsável pela África Austral na Amnistia Internacional (AI), David Matsinhe, afirmou hoje que “ninguém pode justificar” os dez homicídios documentados em Angola atribuídos às forças de segurança no âmbito da imposição de restrições contra a Covid-19. “Não há justificativa para encurtar as suas vidas. Ninguém pode justificar a morte destes jovens, em particular nas circunstâncias em que perderam as suas vidas”, afirmou David Matsinhe no seminário virtual “Violência policial em Angola”, organizado pela AI. No seminário, David Matsinhe apontou que a AI, em colaboração com a organização não-governamental…
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Saga da ditadura baixou ao Huambo
Veja o vídeo. Uma moldura humana de jovens foi, ontem (dia 29 de Outubro de 2020), violenta e selvaticamente dispersada, alvejada com balas reais, porretes, cães polícias, pela Polícia Nacional do MPLA, por estarem numa vigília em homenagem aos mais de 103 jovens detidos em Luanda, entre os quais o secretário-geral da JURA (Juventude Unida Revolucionária de Angola), braço juvenil da UNITA. Os manifestantes com velas, apenas com velas, na cidade do Huambo, ao abrigo de um direito constitucionalmente consagrado, artigo 47.º (Direito de Manifestação e reunião), também amedrontam o…
Leia maisAI critica “pedagogia” da Polícia
O director executivo da secção portuguesa da Amnistia Internacional (AI), Pedro Neto, condena os abusos policiais em Angola durante a pandemia de Covid-19, considerando que houve violência gratuita e uso excessivo da força contra cidadãos. Nada de novo, portanto. Haja ou não pandemia, a ordem é para reeducar os cidadãos com base na pedagogia do cassetete e/ou das… balas. “À boleia da pandemia houve abusos na atitude e na actuação da polícia, violência gratuita e uso excessivo de força, que não foi nem proporcional, nem justificada”, afirmou Pedro Neto, em…
Leia maisRegresso à escola
O Comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, durante um encontro, em Luanda, com o presidente do CNJ – Conselho Nacional da Juventude, garantiu que 80 por cento dos agentes da polícia, vão voltar às escolas. Bom seria que ele desse o exemplo e também fosse. E, já agora, levasse o ministro Eugénio Laborinho. Em Fevereiro deste ano, a Polícia do MPLA (que deveria ser nacional e, portanto, de todos) reconheceu que o seu sistema de segurança pública “é defeituoso”, e que apesar de acções de prevenção e combate à…
Leia mais“Parem de nos matar”
Cerca de três dezenas de jovens angolanos residentes em Portugal apresentaram hoje, frente ao Consulado de Angola em Lisboa, um cartão vermelho à brutalidade policial em Angola, que afirmam ter-se agravado com a pandemia de Covid-19. Munidos de cartazes e apitos, os jovens concentraram-se pouco depois das 10:00 frente ao consulado, em Alcântara, respondendo assim a um convite feito através das redes sociais, que nos últimos tempos tem sido o principal meio de comunicação e também de denúncia do que classificam de “crime sem castigo”. Desde o início da pandemia,…
Leia maisProteger e servir os dirigentes do MPLA
Os eufemismos da comunicação social do Estado, propriedade do MPLA, são demasiadamente hipócritas, porque não acreditamos que seja ingénua, na tentativa de lavagem da imagem da polícia nacional da Re(i)pública da Angola do MPLA. Ela diz que o dever da polícia é “proteger e servir” os cidadãos. Quererá dizer que é proteger e servir os cidadãos que são dirigente do MPLA? Por Domingos Kambunji Os sobas da polícia, que transitaram da anterior gerência do país e ocupam posições de topo na actual gerência ficaram famosos a reprimir, espancar selvaticamente, prender…
Leia maisNão basta ter razão
Dezenas de jovens que ao contrários das ordens superiores, em vigor há 45 anos, não têm o cérebro nos intestinos e coluna vertebral amovível, juntaram-se esta manhã em Luanda para apelar ao fim da violência policial do MPLA na sequência das várias mortes associadas à actuação da polícia (supostamente angolana) desde o início da pandemia de Covid-19. Um grupo mobilizado pelo rapper Brigadeiro 10 Pacotes sob o lema “Todos pelos Direitos Humanos. Não Toca no Meu Irmão”, juntou-se cerca das 10:00 na Igreja da Sagrada Família pedindo a demissão do…
Leia maisTodos contra a violência
A violência da polícia angolana (que, como se sabe, é uma falsa acusação posta a circular pelos marimbondos) durante a pandemia de Covid-19 que já fez mais de uma dezena de vítimas, entre as quais o médico Sílvio Dala que, por não usar máscara dentro da sua viatura, foi levada para uma esquadra na qual se… “suicidou”, vai levar os angolanos a sair à rua amanhã, sábado, com duas manifestações marcadas para Luanda. “N ão à brutalidade policial” é o mote do protesto organizado por um grupo de jovens, entre…
Leia maisA perda da hierarquia do saber. O caso Sílvio Dala
1 – Caso Sílvio Dala. «Se a questão da obrigatoriedade do uso da máscara, numa viatura, estando sozinho, está epidemiologicamente comprovado pelo CDC de Atlanta (Centro de Controlo e Prevenção de Doenças), a maior autoridade mundial no controlo de doenças, que é uma nulidade científica, proibindo-o inclusive. Por Matadi Daniel (*) Quem propôs tal medida, à Comissão Interministerial, deve arcar com as devidas consequências, tanto no plano ético-deontológico, como políticas, assim, como a Ordem dos Médicos, que foi obviamente cúmplice por omissão. Por outro lado, o laudo da autópsia, lido…
Leia maisMesmo estando na linha de fogo, somos Dala!
Organizações angolanas de direitos humanos condenaram com “veemência” a morte do médico Sílvio Dala, após detenção numa esquadra policial por conduzir sem a máscara facial, considerando o caso como “reflexo da extrema violência policial no país”. Quem cala consente. E calados continuam, entre outros, João Lourenço, Eugénio Laborinho e Paulo de Almeida. Para o director geral do Mosaiko – Instituto para a Cidadania –, o frade dominicano Júlio Candeeiro, que lamentou “profundamente” a morte do médico angolano de 35 anos, a situação é “a todos os níveis condenável” e reflecte…
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