No meu antigamente na vida

Naquele tempo, lá na primeira metade da década de 1960, lá na cidade de São Paulo de Assunção de Luanda, sim já naquele tempo Luanda se escrevia com “u”, pois que o tempo em que Loanda se escrevia com “o” ainda era mais lá no antigamente na vida e eu ainda não tinha existência. Por Carlos Pinho Pois nesse meu antigamente na vida, em que eu era monandengue, ia lutar de espadachim lá nas Barrocas dos Coqueiros, eu e os meus kambas colegas de bairro, todos nós candengues, nós, a…

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A verdade, segundo Isabel

«Tinha esperança de um dia ter a oportunidade de poder apresentar as minhas provas em tribunal, e poder demonstrar a verdade e os factos. Infelizmente nem isso me deixam fazer… fomos impedidos de mostrar as nossas provas e fomos impedidos de nos defender. A juíza decidiu que não haverá audiência no caso do arresto», afirma – com todas as letras – Isabel dos Santos. Em comunicado, hoje divulgado e que transcrevemos a seguir, Isabel dos Santos diz de sua justiça, apresentando o que considera ser matéria de facto mais do…

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Até tu, Gi?

O 27 de Maio de 1977 foi uma realidade cruel. Indescritível! Um genocídio sem paralelo depois da segunda Guerra Mundial. A barbárie de Agostinho Neto e a sua “camarilha” em nada, ou em muito pouco, se ficou a dever, à protagonizada por Adolph Hitler, na Alemanha. O líder do MPLA chegado ao poder através da batota e fraude, ao violar os Acordos de Alvor, mancomunado com os capitães de Abril, ligados ao Partido Comunista Português, era a encarnação do ódio, da barbárie, do demónio que, chegado à mais alta magistratura…

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Impoluto, poluto e pluto

Pois bem. Em vez de escrevermos aos párocos do Bairro Operário, vamos directamente a “Deus”, evitando intermediários. Assim, permita-me V. Exa. Senhor Presidente da República, do MPLA e Titular do Poder Executivo, general João Lourenço, que lhe relembre algumas verdades. Isto porque, segundo me dizem, terá conseguido finalmente encontrar um assessor que consegue contar até 12 sem ter de se descalçar. Por Orlando Castro Em 1965, no Congo-Brazzaville, na base do Movimento, por orientação de Agostinho Neto, o ex-vice-presidente do MPLA, Matias Miguéis, foi enterrado vivo, tendo ficado a cabeça…

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“Corruptos há muitos, seu palerma!”

O Presidente angolano, também presidente do MPLA e Titular do Poder Executivo desafiou, numa entrevista ao jornal português Expresso, o seu ex-patrono e mentor, José Eduardo dos Santos, a denunciar os corruptos. Para João Lourenço, são esses os traidores da pátria. A resposta está a caminho. Eduardo dos Santos vai responder à letra, isto é, situando João Lourenço no escalonamento dos traidores e corruptos que tão bem conhece. É claro que João Lourenço é, também no contexto angolano mas sobretudo do MPLA, uma figura impoluta, íntegra e honorável que nada…

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Povo (ainda) é acessório
mas deve ser o essencial

O bispo católico de Cabinda, Belmiro Chissengueti, fazendo uso da máxima de que (às vezes) a Igreja é a voz do Povo, aponta o “aumento exponencial dos impostos que sufocam a já mendiga classe empresarial”, do “desemprego galopante” e o “desespero dos jovens” como reflexos da crise económica que Angola vive. Segundo o prelado, citado pela Emissora Católica de Angola, o país continua a viver uma profunda crise económica com registos da “diminuição” do poder de compra e da qualidade da vida de todos os cidadãos e “aumento da criminalidade”.…

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O hino, o MPLA e a PIDE

A proposta de letra para o Hino Nacional, elaborada por Eduardo do Nascimento, em 1975, foi rejeitada, por unanimidade, pelo Bureau Político do MPLA, porque o autor foi considerado um “colaborador da PIDE”, afirma o antigo primeiro-ministro Lopo do Nascimento. E então, por exemplo, Manuel Pedro Pacavira? Lopo do Nascimento reagia a uma notícia publicada no Jornal de Angola, no dia 25 de Novembro, na qual João Gonçalves destacava a figura de Eduardo Nascimento como um “patriota” que “fez o primeiro esboço para o Hino Nacional”, que só não veio…

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Quanto custa comprar opiniões favoráveis?

O empresário e filantropo Mo Ibrahim afirma estar “muito surpreendido” com as mudanças políticas em Angola implementadas (consta) por João Lourenço. Bastou ao jacaré dizer que é vegetariano e ele (como muitos outros) acreditou. Ninguém cuida em verificar se, no remanso do seu esconderijo, ele não continua a ser carnívoro. É assim que se “elegem” os ditadores. Vejamos o Índice Ibrahim de Boa Governação Africana 2018. A governação global dos países africanos continua, em geral, numa numa trajectória ascendente, mas o progresso está a ser impulsionado por um grupo de…

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Quando o MPLA deixa, a UNITA diz umas verdades

A UNITA, o maior partido da oposição (que o MPLA permite que exista Angola), considera que o combate à corrupção no país visa apenas “salvar” o MPLA (no poder desde 1975) e defenda uma revisão constitucional para uma “verdadeira luta” contra este crime. Tem razão. Aliás, não é conhecido nenhum caso de corrupção fora do MPLA que, assim, se pode vangloriar de ser o partido com mais corruptos por metro quadrado. A conclusão consta do comunicado final da reunião extraordinária do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA, realizada sob…

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Condecoração de Bonga
já dá bons lucros ao MPLA

No dia 11 de Novembro escrevemos aqui que até os que nunca quiseram saber quem era Bonga, estavam agora rendidos. Isto a propósito da Medalha de Bravura e do Mérito Cívico e Social, 1.ª Classe, outorgada por João Lourenço ao compositor a cantor Barceló de Carvalho (Bonga). Também escrevemos que com uma medalha (condecoração), João Lourenço “comprava” mais uma fidelidade, mais um apoio para a sua causa populista. Acrescentámos que Bonga (como outros) não percebeu que a condecoração era uma forma de cegueira. Ou seja, que a partir dessa altura…

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