O dia 30 de agosto foi escolhido pela ONU como a data destinada a recordar as vítimas de um dos mais cruéis crimes contra a Humanidade: o desaparecimento forçado de pessoas. Por Luís Leiria (*) Quando nos falam em “desaparecidos”, vêm-nos logo à memória os tristes casos das ditaduras argentina, chilena, uruguaia ou brasileira dos anos 1960-1970. Mas não foi só nestes países da América Latina que se usou essa prática como arma política para destruir e espalhar o terror aos opositores de regimes tirânicos. Neste dia 30 de agosto…
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“Gi” desmente “Milucha”
Recentemente, Maria Luísa Abrantes “Milucha” colocou um dado novo, na peregrinação sobre a barbárie do 27 de Maio de 77, neste caso chamando ao epicentro da questão a jubilada juíza Luzia Sebastião, “Gi”. “Não tive nada a ver com o 27 de Maio! Nunca incriminei ninguém, tão pouco a senhora que me acusa”, foi a reacção de “Gi”, acrescentado: “também fui uma vítima, pois perdi entes queridos”. “M ilucha” afirmou: «Em primeiro lugar, para que a alma do “Tilu” e de tantos outros mártires do 27 de Maio, fruto da…
Leia maisGoverno e MPLA ocultam crimes contra a humanidade
Ruiu com estrondo a montanha dos magos em Luanda. Para quem via nas promessas do governo do general João Lourenço a insígnia de um regime político pautado pela honra e pelo decoro, enganou-se. Chegou ao fim o reinado das ilusões. Por Carlos Pacheco Historiador angolano (*) A última entrevista do ministro da Justiça de Angola a um periódico luandense acerca dos grandes crimes da ditadura de Agostinho Neto é um sinal claro da falência moral e jurídica do regime político do MPLA. Em última análise representa uma machadada brutal no…
Leia maisCom mais um jeitinho
…ninguém foi morto!
O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos do MPLA, Francisco Queiroz, não quer o uso das expressões “alegadas vítimas ou o 27 de Maio na perspectiva das vítimas” para evitar polémicas à volta do processo de perdão e reconciliação dos angolanos. Alegado perdão e alegada reconciliação, entenda-se. Francisco Queiroz discursava hoje, na qualidade de coordenador da Comissão para Reconciliação em Memória das Vítimas de Conflitos Políticos, na abertura da reunião de balanço das actividades desenvolvidas pelo Grupo Técnico e Científico desta comissão. Segundo o ministro, o grupo técnico trabalha…
Leia maisAsco
Tenho nos últimos dias acordado com um gosto amargo na boca. Um asco que me veio depois de ler a entrevista do Ministro Francisco Queiroz publicada no Jornal de Angola do passado dia 28 de Maio de 2020. Todo o texto da entrevista se desenvolve segundo uma estratégia cheia de rodeios, a velha retórica tão ao gosto dos juristas, para mais uma vez tentar limpar o nome dos algozes e facínoras que levaram a cabo os abusos, torturas e matanças que foram despoletados pelos acontecimentos de 27 de Maio de…
Leia maisCamaradas. Comandante
Eu vos louvo! Nós vos louvamos! Camaradas…. Eu me vergo à vossa memória! Nós nos vergamos! E, nesta intercepção, de Maio de 2020, tenho a grata honra de dizer, ter a maioria, dos camaradas sobreviventes resistido, a contínua perseguição institucional dos mesmos algozes (nossos ex-camaradas), alcandorados no poder, aqueles que, para nossa tristeza colectiva, roubaram o melhor de cada um de vocês, naqueles fatídicos dias de Maio 1977: o sorriso, a lágrima, a potencialidade de pensar Angola, a vida! Por William Tonet Mas pese a transição e mudança dos métodos…
Leia maisMaio genocídio. Maio Sempre!
Em memória das vítimas do 27 de Maio de 1977, aquelas sem a sublime voz de indignação, mas com história, dignidade e exemplos de verticalidade, nacionalismo e patriotismo, recuso-me consciente e determinadamente a engrossar, mesmo no aplauso, a comissão criada pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, para analisar os conflitos armados. Por William Tonet Primeiro, em se tratando da vida humana, a verdade impõe rigor, respeito e imparcialidade, ao que parece, ausente da partidocracia mental do proponente. O 27 de Maio de 1977, não foi um conflito armado!…
Leia mais27 de Maio é sempre
que o MPLA… quiser
Três associações de sobreviventes e órfãos dos massacres de 27 de Maio de 1977, que vitimaram milhares e milhares de angolanos por ordem de Agostinho Neto (entretanto considerado pelo MPLA como herói nacional), criaram a Plataforma 27 de Maio para exigirem uma “verdadeira investigação” e uma “efectiva reparação” com a homenagem às vítimas, foi hoje anunciado. Em comunicado, o Grupo de Sobreviventes do 27 de Maio, a M27 (associação de órfãos) e a Associação 27 de Maio, que reúne sobreviventes e familiares das vítimas, consideram que só com as suas…
Leia maisUm genocida deve ser abraçado e perdoado?
A comissão liderada pelo Ministério da Justiça e Direitos Humanos de Angola para homenagear as vítimas do conflito político entre 1975 e 2002 aprovou hoje dois projectos de despacho e decreto presidencial, para emitir certidões de óbito. A informação foi avançada no final do sexto encontro da Comissão para a Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos, no qual participou também o ministro da Comunicação Social, João Melo, e representantes dos partidos UNITA, FNLA, PRS e MPLA e organizações da sociedade civil. Segundo o porta-voz…
Leia maisMais uma anedota ambulante
AVISO: Informamos o Departamento de Informação e Propaganda e Informação do “Burrou” Político do Comité Central do MPLA de que não temos livro de reclamações na nossa cubata. Também pretendemos informar, à priori, que somos totalmente insensíveis aos vómitos hipócritas das ruminações que pretendam efectuar acusando-nos de ofender a mulher angolana e de descriminação de género. Por Domingos Kambunji O que se segue é uma observação crítica sobre a espécie de demagogos, mais concretamente sobre a subespécie parasitária das contradições que está instalada na cultura imposta na Re(i)pública da Angola…
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