“Em boa hora, o MPLA organizou este Seminário para capacitar os nossos militantes e os nossos representantes na Assembleia Nacional a prevenir e combater todo o tipo de crimes que tenham sido ou possam vir a ser cometidos por titulares de cargos públicos. Subordinado ao lema do combate contra a corrupção, o nepotismo, o branqueamento de capitais e outros males, este encontro pode assim caracterizar e condenar aqueles actos ilícitos que atentam contra a dignidade e a credibilidade do Estado e incriminam quem é suposto representá-lo junto do povo, quer…
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João Lourenço? Mais do mesmo… ou (ainda) pior!
João Lourenço, general na reserva, de 63 anos, foi hoje investido pelas 12:15, no cargo de Presidente da República de Angola, o terceiro que o país conhece desde a independência, em Novembro de 1975, sendo que só José Eduardo dos Santos ocupou o lugar durante 38 anos. Interessante, como em qualquer ditadura, foi ver a bajulação politicamente canina do presidente de um órgão jurídico, o Tribunal Constitucional. O acto, presenciado por convidados nacionais e internacionais e milhares de populares (40 mil segundo os números oficiais), decorreu no Memorial António Agostinho…
Leia maisAs mãos de Lourenço têm sangue do Povo de Cabinda
Considerações prévias. O discurso político tem elementos fundamentais que é preciso realçar antes de mais nada: oportunidade, interesse público, veracidade, ética, capacidade persuasiva e objectividade. Refiro-me ao discurso político dentro dos parâmetros da ciência política que não se revê com discursos politiqueiros eivados de retórica demagógica, revolucionarista ou populista. Por Raul Tati No âmbito da comunicação entre um candidato à eleição e o potencial eleitorado esta distinção é essencial. Na verdade, a comunicação política, sendo a expressão do pensamento e da alma de um candidato, pode também ser o seu…
Leia maisGravidade (política) invertida (II)
Comparações fúteis e, de falsidade em falsidade, surge a pérola de que “Angola está a lidar com a crise melhor do que outros países. Exemplos disso são a baixa progressiva dos preços dos bens essenciais, da inflação e da taxa de juros; a recuperação da actividade das empresas e dos níveis de emprego”. Por William Tonet Haja coração, para tanto desencontro com o país real, onde os preços dos bens essenciais aumentam todos os dias, a taxa de juros está em espiral e não existe recuperação das empresas e do…
Leia mais“Reinografia” (im)perfeita
No seu discurso que marcou o arranque de mais um ano legislativo, o Presidente da República (no poder há 37 anos e nunca nominalmente eleito), José Eduardo dos Santos, fez uma radiografia perfeita sobre aquilo que é o actual estado do seu reino. Quanto à Nação Angolana, passou ao lado. Por Óscar Cabinda Um reino que é, como o Presidente teve ocasião de bem sublinhar, marcado por uma conjuntura económica adversa, fruto de um contexto internacional desfavorável para quem tem alergia mortal à democracia e ao Estado de Direito. Não…
Leia maisO discurso de Ali Santos
“Nós bombardeámo-los [aos americanos], eles fugiram, nós estamos a ir atrás deles e a dar-lhes caça.” Este era o teor do discurso do ministro Ali, responsável pelo Ministério da Propaganda do Iraque, quando lhe entraram as tropas americanas pela casa dentro. Afinal, foram os iraquianos de Saddam quem fugiu… Por Rui Verde (*) Algo parecido se passou no dia 17 de Outubro de 2016, no discurso que o presidente da República José Eduardo dos Santos proferiu sobre o Estado da Nação. O quadro que pintou foi róseo: “Angola está a…
Leia maisO estado da Nação e a burrice dos angolanos
Excelência, a essa hora deve ser enorme o alívio que sente, depois da expectativa gerada em torno do seu discurso sobre o Estado da Nação. Vários jovens pediram-me para analisar o que julgam já ter sido uma desilusão. Esperaram tanto para nada, e agora lamentam. Por Rafael Marques de Morais (*) Ouvi também o Sr. Samakuva, líder da oposição, referir-se ao seu discurso como evidência do seu desconhecimento da realidade. Por sua vez, os seus defensores brindaram a sociedade com análises que levaram as pessoas a tentar, por si próprias,…
Leia maisAngola tem um presidente
mas falta-lhe ter um líder!
Um grande líder, é aquele que entende muito cedo e rapidamente o seu papel histórico no destino da sua nação. É assim que cito aqui o exemplo de Mao Tsé Tung, que logo e muito cedo percebeu que o seu papel era o de levantar, e livrar a China da instabilidade crónica em que se encontrava desde a queda da monarquia, pelo nascimento da República Popular. Por Osvaldo Franque Buela (*) É através dessa transformação profunda que com o tempo que Deng Xiaoping, por sua vez percebeu que seu papel…
Leia maisO (mau) estado da (sua) nação
O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, falou ontem sobre o (mau) estado da sua Nação no Parlamento do MPLA, por ocasião da abertura do novo ano legislativo. Por Victor Ribeiro Queirós de Carvalho A sua mensagem sobre o estado do seu reino (ele chama-lhe Nação), muito aguardada pelos cidadãos bajuladores e restante acólitos do regime, abordou diversos assuntos de propaganda, entre os quais a diversificação da economia. A diversificação da economia é, sem dúvida, uma das questões que não está, nunca esteve, de forma efectiva no…
Leia maisDiscurso de sua majestade o rei José Eduardo dos Santos
Eis, na íntegra, a versão real do discurso que sua majestade escreveu para ser hoje lido na Assembleia Nacional. No entanto, a versão apresentada não coincide. Consta que a princesa herdeira do trono sugeriu que o paizinho fizesse algumas alterações. E ele aceitou. “S aúdo cordialmente todos os presentes neste início de mais um ano a que simbolicamente chamamos de Parlamentar. A Casa da Democracia (isto é como quem diz!) abre hoje as suas portas para o início da última Sessão Legislativa da presente Legislatura e agradeço o privilégio que…
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