Luther King, Mandela, Gandhi? Não. Apenas Neto

A necessidade de maior divulgação da vida e obra de Agostinho Neto, para merecer o devido reconhecimento da juventude, foi defendida, em Luanda, pelo chefe da Educação Patriótica do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), Baltazar Diogo. Tem toda a razão. Importa não esquecer, pelo contrário, o papel de Neto nos massacres de 27 de Maio de 1977. O oficial falava durante uma visita ao Memorial António Agostinho Neto, enquadrada na jornada do 17 de Setembro, Dia do Herói Nacional do MPLA, levada a cabo pelo Estado Maior…

Leia mais

Processos de Vicente e do
27 de Maio ficarão juntos

O chefe do Estado do MPLA disse que Luanda ainda aguarda o envio do processo judicial envolvendo, na altura dos factos, o Presidente da Sonangol, Manuel Vicente, por Portugal, mas assume aguardar a visita do primeiro-ministro. Por Orlando Castro João Lourenço espera, por isso, que António Costa aproveite para devolver também todos os processos que envolvem personalidades angolanas. Abre, contudo, uma excepção: se houver processos que envolvam figuras que não sejam do MPLA, então esses podem ser julgados em Lisboa. Bem que o governo português poderia, com extrema facilidade, fazer…

Leia mais

… E a polícia de JLo reprime “manif” sobre o 27 de Maio!

Duas dezenas de jovens activistas manifestaram-se hoje na Praça da Independência, centro de Luanda, exigindo respostas para o massacre de milhares de angolanos, em 27 de Maio de 1977, protesto travado poucos minutos depois pela polícia. A democracia, a liberdade e as leis “made in MPLA” impostas por João Lourenço (lembram-se quem é?) a isso obrigam. O protesto aconteceu cerca das 12:30, quando os activistas angolanos surgiram, a correr, para ocupar a Praça da Independência, com cartazes e palavras de ordem sobre o 41.º aniversário dos acontecimentos do 27 de…

Leia mais

Esquecer ou rememorar?

Recordam-se 41 anos do “Golpe de 27 de Maio de 1977” ou “Fratricídio do 27 de Maio de 1977” entre militantes do MPLA, então MPLA-Partido dos Trabalhadores; recorda-se, rememora-se ou há quem persista em mantê-lo para que, sem coragem, de outra forma, o conservar sempre na memória do colectivo um Processo que persiste em estar na anamnese da sociedade? Por Eugénio Costa Almeida (*) Há uns anos, no portal Notícias Lusófonas, por ocasião dos 30 anos desta data, escrevia sobre uma entrevista, a um jornal português, creio que o Público,…

Leia mais

Carta Aberta de “Michel” ao Presidente João Lourenço

Para haver reconciliação tem que haver verdade, afirma repetidamente Miguel Francisco “Michel” um dos sobreviventes das prisões e campos de concentração para onde foram enviadas milhares de pessoas após a alegada tentativa de golpe de estado de 27 de Maio de 1977 em Angola. Milhares, muitos milhares, foram assassinados. Nesta data, 41 anos depois, “Michel” escreve uma Carta ao Presidente da República, João Lourenço. «EXMO SENHOR GENERAL JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE ANGOLA VICE-PRESIDENTE DO MPLA Excelência, Queira, antes de mais, aceitar os meus respeitosos cumprimentos. Sou…

Leia mais

Direito à vida, à memória e também a toda a verdade!

Quando ocorreu a tentativa de golpe de Estado de Nito Alves, a 27 de Maio de 1977, acabava de chegar à região militar 65, na província do Cunene. Esta província tinha a Norte, a província da Huila. A sul, a fronteira com a República da Namíbia, sob ocupação da África do Sul, com mandato das Nações Unidas. A Este, a do Cuando Cubango e a Oeste a do Namibe. Por Alcides Sakala (*) Dada a sua localização, a província do Cunene era estratégica, atravessada pelo rio Cunene e por vias…

Leia mais

27 de Maio (1977). Estava na cadeia e nas mãos da DISA!

Não vivi directamente os acontecimentos de 27 de Maio (de 1977) nem a tragédia que a seguir se abateu sobre Angola. Por várias razões: primeiro, porque eu não estava inserido na sociedade e na ordem jurídica angolana; segundo, porque aquela fatídica data me surpreendeu na cadeia, à inteira disposição e à total mercê da DISA (Direcção de Informação e Segurança de Angola), que para muitos (de nós), foi pior que a PIDE/DGS; terceiro, porque pouco depois, pondo termo a uma breve estadia em território (des)governado pelo MPLA (de Junho de…

Leia mais

“Solução pacífica”? Sim. Tal como no 27 de Maio de 1977

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (armadas não sabemos em quê?) de Angola diz que o executivo angolano mantém total abertura e disponibilidade para apoiar os esforços e iniciativas que visam a solução pacífica dos conflitos ainda existentes no continente africano. Pois… Solução pacífica de conflitos?! Por Domingos Kambunji Os angolanos que não pertencem à oligarquia cleptocrática continuam a ter necessidade de saber lidar com o recalcamento psicológico de conflitos, passados e presentes, para poderem sobreviver. A oligarquia cleptocrática continua a exigir paz, muita paz, demasiado conformismo aos…

Leia mais

Assassinaram os patriotas
e com eles também Angola

A direcção do MPLA (quantos com as mãos frescas de sangue) continua a assassinar em Maio, através da omissão, extrema arrogância e mentira a memória de milhares e milhares de ex-militantes, órfãos, viúvas e sobreviventes, daquela que foi a maior purga, no interior de um partido político, depois da II Guerra Mundial. Por William Tonet Hitler e Neto, pela dimensão dos crimes cometidos, com as devidas distâncias, tinham muitas semelhanças, quanto à severidade no extermínio de cidadãos e adversários políticos, que discriminavam. Os dados da chacina de Maio 77 flutuam…

Leia mais

Não existe lavandaria que branqueie este genocídio!

É talvez a mais trágica memória de assassinatos em Angola. No dia 27 de Maio de 1977, recordo, eu era refugiado na então República do Zaire (actualmente, República Democrática do Congo), por causa da intolerância e do conflito ainda hoje reinantes em Cabinda, numa altura em que a então classe política dominante em Angola preparava a fórmula para que todo angolano fosse partidário do MPLA, até ao ponto de os angolanos se verem perante o facto de que só podiam viver para a produção do socialismo ditada pelo regime «en…

Leia mais