Quem manda somos só nós.
Por isso, comam e calem-se

Os líderes de quatro partidos da oposição concorrentes às eleições gerais angolanas de 23 de Agosto consideraram hoje os resultados eleitorais provinciais definitivos “inconstitucionais” e “ilegais”. Recorde-se, contudo, que o que é ilegal e inconstitucional para a oposição é legal e constitucional para o MPLA através das suas diferentes sucursais (tribunais, PGR, CNE etc.). E quem manda, quem é? O MPLA obviamente. A posição está expressa numa declaração conjunta da UNITA, da CASA-CE, do PRS e da FNLA, subscritas por Isaías Samakuva, Abel Chivukuvuku, Benedito Daniel e Lucas Ngonda, respectivamente.…

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Enquanto espera ordens
do MPLA, CNE adia reunião

O presidente da sucursal eleitoral do MPLA (Comissão Nacional Eleitoral – CNE), André da Silva Neto, teve de suspender a reunião plenária prevista para a manhã de hoje devido a duas reclamações apresentadas pela UNITA e pela CASA-CE. Entretanto, o Conselho de Igrejas Cristãs aconselha à CNE algo que é impossível: um “olhar atento e sábio” na resolução do problema eleitoral. Em declarações à imprensa, a porta-voz do MPLA/CNE, Júlia Ferreira, disse que a UNITA apresentou a sua reclamação ligada ao facto de nas províncias de Benguela, Lunda Norte, Cunene,…

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Tumultos no Centro de Escrutínio Nacional

À Redacção do Folha 8 acabam de chegar várias denúncias provenientes do Centro de Escrutínio Nacional das eleições de Angola, localizado no Centro de Convenções de Talatona (CCT), dando conta que estão a impedir a entrada de certos Delegados de Lista dos partidos políticos da oposição, sobretudo, os presidentes de Mesas de Voto das mesmas organizações políticas. Por Pedrowski Teca “Estão a ser impedidos de participar directamente na sala de contagem de boletim”, denunciou um dos Delegados de Lista no local. O Centro de Escrutínio Nacional é a estrutura da…

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Fragilidades das eleições 2017

Muitos cidadãos da oposição têm vindo a queixar-se de que “seus nomes estão a ser colocados em listas longe da sua residência, enquanto as individualidades ligadas ao partido no poder passam a ter o local de votação mesmo à porta da casa”. Ademais, fala-se também da eliminação dos eleitores da base de dados, entre outras reclamações. A dispersão dos eleitores e eliminação de muitos dos mesmos da base de dados são problemas muito sérios, e desde sempre foi a estratégia do regime nestas últimas três eleições. Por José Marcos Mavungo…

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Vitória da fraude anunciada

O país está em ebulição com o período eleitoral. Poderia (deveria, até) ser uma festa, mas infelizmente, não é. Está-se perante uma competição importante pois decidirá o futuro de milhões e, futebolisticamente falando, onde uma das equipas tem do seu lado a federação (CNE) o árbitro (Tribunal Constitucional), os fiscais de linha (Polícia e Forças Armadas), tendo por isso rejeitado, categórica e arrogantemente, o vídeo árbitro (órgão eleitoral independente, apartidário e imparcial), como recomenda o art.º 107.º da própria “constituição jessiana”. Por William Tonet Mas, ainda assim, os demais actores…

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Os bestiais e as bestas,
as bestas e os bestiais

O governo que temos há 42 anos, como mandam os manuais (mais hoje do que ontem, é certo), garante de forma categórica a lisura e a transparência nas próximas eleições de Agosto em Angola. Como árbitro, jogador, dono da bola e do campo e, ainda, com poder para escolher como alinha a equipa adversária, o MPLA pode garantir tudo o que bem entender. Pode até, como no passado, estabelecer o resultado final antes de o jogo começar. Por Orlando Castro Esta realidade, visível até por quem for cego, é legitimada…

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Votar em consciência sem esquecer promessas de 2012

O cidadão angolano, no dia 23 de Agosto de 2017, vai lançar âncora ao estipulado no art.º 3.º da CRA: “A soberania, una e indivisível, pertence ao povo, que a exerce através do sufrágio universal, livre, igual, directo, secreto e periódico, do referendo e das demais formas estabelecidas pela Constituição, nomeadamente para a escolha dos seus representantes”. Por William Tonet E é nas eleições gerais, como as que ocorrerão, que os cidadãos autóctones escrutinarão (ou deverão escrutinar) o desempenho daqueles que antes elegeram, para a mais alta magistratura do País,…

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País saqueado pode resvalar para nova guerra

Não sei se acredito. Mas não duvido. Não sei se escrevo. Mas escrevo! Não sei o que é ser, em Angola, político do Povo. Mas sei, que os políticos, principalmente os da oposição, atiraram a toalha ao chão, ante o desvario a que estamos votados, por uma gestão económica irresponsável e de, no mínimo, cariz criminosa. Por William Tonet A oposição cala-se. Não vai à rua. Não se mobiliza. Não protesta. Esconde-se… Reclama e reivindica, em “soft”, regra geral, no conforto das poltronas dos gabinetes com ares condicionados ou refastelados…

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CNE ignora a Lei e consuma contratação da Indra

A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) ignorou as contestações dos partidos políticos da oposição quanto às ilegalidades na contratação da empresa espanhola Indra, tendo recebido hoje (14.6.2017), os primeiros materiais para as eleições gerais de 2017, essencialmente para a formação de todas as pessoas que vão trabalhar nas Assembleias de Voto. Por Pedrowski Teca e Argentina de Almeida O lote de 100 toneladas de carga proveniente de Espanha, consiste em urnas plásticas, boletins de voto e outros equipamentos para a simulação do material a ser usado numa mesa de voto em…

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“Estão a ser cúmplices”

José Eduardo Agualusa considera que o possível e mãos do que garantido sucessor do actual Presidente angolano não ficará muito tempo no poder, e – reflectindo aliás um cada vez maior sentimento da sociedade angolana – critica os partidos da oposição por manterem uma situação de cumplicidade, em vez de lutarem para derrubar o regime. Em entrevista à agência Lusa, a propósito do seu mais recente romance, “A Sociedade dos Sonhadores Involuntários”, uma sátira à actual situação política de Angola, o escritor mostra-se descrente em relação à sucessão de José…

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