A cimeira para um novo pacto financeiro internacional organizada durante dois dias em Paris terminou sexta-feira com intervenções de vários chefes de Estado africanos que tiveram a coragem de falar da dívida africana, dos seus respectivos países e sobretudo do impacto no aquecimento global e das suas repercussões negativa em África. Apesar de alguns anúncios de reformas e ajudas, a presença do nosso país, Angola, que deveria ter voz sobre economia e nas finanças em que vivemos a grande crise, tem sido totalmente invisível… porquê? Por Osvaldo Franque Buela (*)…
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MPLA NÃO PAGA AO… MPLA
A Sonangol, empresa do MPLA considerada por João Lourenço como a galinha dos ovos de ouro, continua penalizada pelo aumento da dívida do Estado angolano (há 48 anos nas mãos do MPLA), de quase 10 mil milhões de dólares, alerta um analista, perante os resultados da empresa, que obteve quase 1.800 milhões de dólares de lucro em 2022. e acordo o Relatório Anual e Contas, disponível nos canais oficiais da empresa estatal/MPLA, a Sonangol alcançou um resultado líquido consolidado positivo de cerca 1.800 milhões de dólares (1.681 milhões de euros),…
Leia maisMilitares exortam governo a deixar de ser… vigarista
A Associação dos Oficiais Generais Superiores, Capitães, Subalternos Reformados (que conta com 2.525 membros) ameaça sair à rua nos dias 17 e 18 deste mês, caso o Estado angolano não liquide a dívida de 130 mil milhões de kwanzas (169,5 milhões de euros). A informação foi hoje avançada pelo presidente desta associação, Alberto Nelson “Limukeno”, que pede ao Estado para pagar, pelo menos, sete dos 13 anos dessa dívida, deixando o restante para trás, “tendo em conta os argumentos da crise financeira”. “O Estado angolano, o seu executivo, que nos…
Leia maisNa (med)ida do (im)possível
A ministra das Finanças de Angola, Vera Daves, disse num encontro do FMI que as principais prioridades a curto prazo são impedir um colapso do sistema de saúde e garantir a sustentabilidade da dívida. E assim se vai, uns cantando e rindo, outros morrendo quando estavam quase a saber viver sem comer. “A primeira prioridade é sobreviver, preservar a vida tanto quanto possível e assegurar que o sistema de saúde não colapsa, e depois manter a sustentabilidade da dívida, que são os nossos principais pilares da estratégia a curto prazo”,…
Leia maisPára-quedas chamado “fiado”
O gabinete de estudos económicos do Banco Fomento Angola (BFA) estima que a economia angolana registe uma recessão superior a 5%, salientando que sem o apoio dos bancos multilaterais o país entraria inevitavelmente em incumprimento (default). Os pobres dos países ricos continuam a sustentar os ricos dos países (mais ou menos) pobres. “A s nossas próprias estimativas são mais pessimistas do que as do FMI, apontando para uma quebra possivelmente superior a 5% dos sectores petrolífero e não petrolífero”, lê-se na Nota Informativa sobre a terceira revisão do Fundo Monetário…
Leia maisO fiado sempre alivia
A reestruturação da dívida alivia a pressão sobre as contas angolanas, mas “é preciso pagar este empréstimo” e não se sabe exactamente em que condições, disse o economista Carlos Rosado de Carvalho, mostrando-se preocupado com a (monstruosa) divida à China. Como está “escrito” no ADN no partido que nos (des)governa há 45anos (o MPLA), o importante é pedir fiado para encher do bom e do melhor as “Lojas dos Dirigentes”, deixando a dívida para ser paga pelos autóctones, habituados que estão a frequentar as vazias “Lojas do Povo”. A ministra…
Leia maisCom o adubo “MPLA” tudo
(o que não deve) cresce
A agência de notação financeira Moody’s estima que Angola enfrente uma recessão de 3,3% do Produto Interno Bruto e que a dívida pública suba para 120% este ano, com as métricas de crédito a deverem deteriorar-se significativamente. Nada de novo. O MPLA responde: siga a farra que alguém há-de dar-nos… fiado. De acordo com a análise económica ao país governado há 45 anos pelo MPLA, divulgada no seguimento da descida do ‘rating’, na semana passada, os analistas escrevem que “o perfil de crédito de Angola é prejudicado pela moldura institucional…
Leia maisChina “compra” o MPLA
O economista Carlos Rosado de Carvalho considera que Angola não tem margem para pagar a dívida à China e que sem um acordo com o gigante asiático terá de haver “cortes muito violentos” na despesa. Pequim poderá assim alterar um paradigma com 45 anos. Desde 1975 que se dizia que o MPLA é Angola e que Angola é (d)o MPLA. Agora vai, talvez, acrescentar-se que o MPLA é da China. Em declarações à Lusa na sequência do anúncio de um acordo entre a China e vários países emergentes para uma…
Leia maisNo não pagar é que está o ganho
Zahabia Gupta, analista da Standard & Poor’s, agência que manteve o rating de Angola em CCC+ (terceiro nível mais baixo da escala de avaliação), disse à Lusa que a previsão de crescimento de 3% da economia angolana para 2021 assenta em preços mais elevados do petróleo e mais investimento. Como há avaliações para todos os gostos… “A nossa previsão de crescimento de 3% para 2021 leva em conta os efeitos de uma contração de 5,5% que antevemos para este ano”, respondeu Zahabia Gupta, quando questionado sobre o facto de a…
Leia maisQuem (nos) perdoa nosso amigo é
Angola poderá deixar de pagar 2,6 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros) em pagamentos de dívida só este ano, o que corresponde a 3,1% do Produto Interno Bruto do ano passado. A Fitch Ratings considera que Angola será o país mais beneficiado com uma possível extensão da Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI) do G20, podendo “poupar” 4,3% do PIB só este ano. “D e acordo com os dados dos pagamentos devidos, publicados pelo Banco Mundial, só cinco dos 22 países que a Fitch avalia…
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