A interferência que (nos) trouxe a paz

O General Mackenzie foi o oficial das FALA com a patente de Brigadeiro e chefe das comunicações da Operação Gana II (cujo objectivo era a tomada do Luena) e que interferiu na manhã do dia 14.05.1991, na comunicação do jornalista William Tonet (WT) para a VOA. Por Mabiala Ndalui (*) A troca de palavras incluiu a intervenção do General Ben Ben com William Tonet que o convidou a vir até a área sob controlo das FALA para constatar, in loco, a real situação militar, desde que o jornalista tivesse a…

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É hora de emergir, 29 anos depois, a verdade

15 ou 19 de Maio de 1991, impõe um Ponto Prévio: Antes de entrar na abordagem vale lembrar que há imprecisões de dados na recente revelação de Gonçalves Cahilo segundo as quais foi ao seu pai , o malogrado jornalista Paulo Cahilo a quem a UNITA interceptou via rádio transmitir e não a William Tonet, dando lugar ao primeiro encontro no Alto Kauango, entre FALA e FAPLA, em Maio de 1991. Por José Gama Jornalista O oficial das extintas FALA que fez a intercepção na altura, confirmou ao autor destas…

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Alto Kauango, a mãe dos Acordos de Bicesse

O general Sachipengo Nunda, na altura dos Acordos do Alto Kauango era chefe operacional na Região Centro e acompanhou todo processo, na distância geográfica e proximidade das comunicações militares. Instado a pronunciar-se pelo Folha 8 fê-lo começando por uma máxima sublime, para os que fazem a história: “Diante de um facto há sempre a minha história, a tua história e a história”. Esta resulta de factos, tendo como fontes primárias: Os protagonistas, os documentos e as fontes secundárias: obras escritas por outras pessoas. Na tropa também sabemos que “a vitória…

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General Banza afirma:
«Papel de William Tonet foi determinante para a paz»

Ao que parece, fazendo fé na verdade oficial do regime, continua a ser crime (talvez contra a segurança do Estado) o facto de o Acordo do Alto Kauango (ou Cauango) ter sido mediado, em 1991, por um autóctone angolano, William Tonet. Vinte e nove anos depois da assinatura, o Folha 8 publica a opinião de um dos principais protagonistas, o General Marques Correia “Banza” (foto). Factos são factos. E um deles, o de ter sido um angolano a mediar pela primeira vez o conflito entre angolanos, deveria ser motivo de…

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Só quem for cego, surdo e mudo poderá ser jornalista

O secretário provincial do Namibe do Sindicato de Jornalistas Angolano (SJA), Armando Chicoca, foi constituído arguido por indícios de violação dos limites ao exercício da liberdade de imprensa. Depois venham falar-nos de liberdade de imprensa, de democracia e de estado de direito, ok? O jornalista respondeu na Procuradoria-Geral da República (PGR) ao primeiro interrogatório no processo no qual é também indiciado do crime de injúria contra agentes da autoridade ou força pública, mais propriamente à escolta do governador da província. Segundo o advogado do jornalista, Celestino Fernandes, o seu constituinte…

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Covid-19 não mata? Matam
os polícias ou os militares

Um adolescente, mais um, foi morto por um soldado das Forças Armadas Angolanas (FAA), por alegadamente se insurgir contra o uso de máscara. E, como se sabe, no âmbito do estado de emergência e de acordo com a superior interpretação de quem faz da razão da força a única lei aceitável, ninguém se pode insurgir, questionar ou beliscar as autoridades. Segundo um comunicado da delegação provincial do Ministério do Interior (Minint) da Lunda Norte, o homicídio ocorreu no bairro Domingos Vaz, na comuna do Iongo, município de Xá-Muteba. Um rapaz…

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Viver sem comer, morrer sem ficar doente

Até agora, “pouco mais de cinco mil testes” foram feitos em Angola, disse Luís Bernardino, numa intervenção durante um seminário online promovido pela Fundação Rui Cunha e pelo jornal Plataforma, ambos de Macau, subordinado ao tema “Vamos desconfinar? Saúde Pública Opções Privadas”. Aí está a regra de ouro. Não fazendo testes… não há infectados. Não havendo infectados… somos os melhores. “H á casos locais, mas só foram detectados 45″, disse o médico, para salientar a “grande discrepância” entre os países africanos, recorrendo ao exemplo vizinho da República Democrática do Congo,…

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A razão da força

Quarenta e cinco dias depois de decretar o primeiro estado de emergência devido à pandemia de Covid-19, Angola registou quase menos três mil crimes do que no mesmo período do ano anterior e mais de 12 mil detenções. O MPLA não brinca em serviço. São dezenas de anos a aprimorar a razão da força. Os números foram divulgados pelo porta-voz da polícia, subcomissário Valdemar José, no ponto de situação sobre a actuação das forças de defesa e segurança, no primeiro dia da terceira prorrogação do estado de emergência, declarado desde…

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Malária e fome? MPLA
MPLA? Malária e fome

Angola registou, no primeiro trimestre deste ano, 2.548 óbitos por malária, a principal causa de morte no país, num total de dois milhões de casos, mais 467 vítimas mortais face ao mesmo período de 2019. Não sendo nada de novo, importa lembrar que esta endemia é o espelho fiel da criminosa governação do único partido que nos desgoverna há 45 anos, o MPLA. Segundo o coordenador do Programa Nacional de Luta contra a Malária, José Martins, de Janeiro a Março deste ano foram registados 2.065.673 casos e 2.548 óbitos, números…

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Covid-19, o novo membro emérito do MPLA

Na perspectiva do ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, o abrandamento de algumas medidas incluídas no Decreto Presidencial que declara o quarto Estado de Emergência, que já vigora em todo país, visa assegurar o equilíbrio entre a protecção da saúde pública e o bem-estar económico e social da população. A análise refere-se a um país em que, mesmo sem a Covid-19, é uma miragem falar-se de o equilíbrio entre a protecção da saúde pública e o bem-estar económico e social da…

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