Portugal tem medo de Angola

José Eduardo Agualusa, escritor angolano e um dos maiores da Lusofonia, considerou hoje que o objectivo da greve de fome de Luaty Beirão “não foi cumprido”, mas “chamou a atenção” para a questão dos presos políticos em Angola. “O objectivo a que se propunha não foi conseguido, que era o de esperar em liberdade pelo julgamento. Mas, na realidade, aquilo que mais importava, que era chamar a atenção para os presos políticos, foi conseguido completamente. Gerou-se um movimento de solidariedade dentro e fora do país, que gerou uma dimensão que…

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Barricados no nepotismo

O embaixador do regime angolano em Portugal, Marcos Barrica, transmitiu ao Ministério dos Negócios Estrangeiros português “desagrado” pela aprovação de um voto de solidariedade com os 15 activistas detidos em Luanda desde Junho, apontando uma ingerência nos assuntos nacionais. A posição foi transmitida por José Marcos Barrica em declarações emitidas hoje pela rádio pública do regime, que se seguem a outra posição assumida pelo embaixador do regime, no domingo, ao jornal do regime. “Posicionámos também ao Ministério dos Negócios Estrangeiros que não vemos com bons olhos esta atitude, que no…

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Bravura em pessoa

A presidente da Amnistia Internacional Portugal, Teresa Pina, congratulou-se hoje com o anúncio do fim da greve de fome do activista angolano Luaty Beirão, que considerou ter sido “um ato de bravura e coragem”. L uaty Beirão, que está internado sob detenção numa clínica de Luanda, terminou a greve de fome de protesto contra a sua prisão preventiva ao fim de 36 dias. Por sinal, foi um dia por cada ano que José Eduardo dos Santos está no poder, sem nunca ter sido eleito. A responsável da Amnistia Internacional Portugal…

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Fim da greve. A luta continua

Luaty Beirão, internado sob detenção numa clínica de Luanda, terminou a greve de fome de protesto, mas avisou que não vai desistir de lutar pelo fim da “greve humanitária e de Justiça” em Angola. “E stou inocente do que nos acusam e assumo o fim da minha greve. Sem resposta quanto ao meu pedido para aguardamos o julgamento em liberdade, só posso esperar que os responsáveis do nosso país também parem a sua greve humanitária e de justiça”, afirma Luaty Beirão, na carta divulgada pela família e na qual anuncia…

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Democracia imposta,
ditadura disfarçada

Os partidos angolanos criados após a independência são unânimes, tal como os anteriores, em afirmar que pouco melhorou em 40 anos, colocando a responsabilidade na guerra civil que se seguiu, em que não intervieram, e no partido que lidera Angola desde 1975. F undada a 3 de Abril de 2012, para concorrer às eleições gerais desse ano, a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) diz contar com cerca de um milhão de militantes em todo o país “com cartões atribuídos”. Esta coligação, que reúne quatro partidos…

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Pravda faminto de sangue

O Pravda, Jornal de Angola para o regime, afirma hoje, em editorial, que a recente visita do embaixador português em Luanda ao activista angolano Luaty Beirão, sob detenção e em greve de fome há 35 dias, abriu “um precedente grave”. O artigo do Boletim Oficial do regime, assinado como habitualmente aos domingos pelo seu sipaio-director, José Ribeiro, recorda que sobre “esse cidadão” pendem “acusações gravíssimas” de “envolvimento em actos de perturbação de ordem pública em Angola, no quadro de uma acção mais vasta de transformar o país numa nova Líbia…

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Luaty Beirão: Comovido, agradecido mas… firme

Luaty Beirão mostrou-se hoje “comovido” pelo apoio internacional à libertação dos activistas detidos em Luanda sob acusação de preparem um golpe de estado em Angola, mas garante que a greve de fome é para continuar. O activista angolano está em greve de fome há 34 dias, exigindo aguardar julgamento em liberdade por entender (e bem, se Angola fosse um Estado de Direito) que, tal como os restantes 14 arguidos no mesmo processo, está detido ilegalmente, protesto que tem merecido forte mobilização internacional, reclamando a libertação de todos. “Ele está bastante…

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Obrigado portugueses, que não Portugal

Rafael Marques, activista de direitos humanos, sublinhou hoje a importância da sociedade portuguesa na denúncia do caso dos 15 activistas presos e sugeriu que o regime angolano esperava silenciar a população através do investimento (compra) na comunicação social portuguesa. “A qui em Portugal compraram os meios de comunicação social, os meios políticos, e esperavam que a sociedade se mantivesse silenciosa”, afirmou Rafael Marques, considerando que o Governo angolano “não vai dialogar” e que os 15 activistas presos “vão ser condenados por coisas que não fizeram”. “São cabeças duras”, afirmou, referindo-se…

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“Ditador em fim de ciclo”

O porta-voz da UNITA, Alcides Sakala, considera que a prisão de activistas angolanos revela a “intolerância política” do governo de José Eduardo dos Santos, que “traiu” os ideais dos três movimentos que lutaram pela independência. “A pós 40 anos de independência, continua-se a trair os grandes ideais dos três movimentos que lutaram por essa grande conquista (UNITA, MPLA e FNLA)”, acusa Alcides Sakala. Em declarações em Lisboa, o dirigente do Galo Negro criticou também o regime “ditatorial” angolano, em particular no caso dos 15 activistas detidos em Junho último, entre…

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Angola dá ordens a Portugal

O ex-primeiro-ministro angolano Marcolino Moco defende que é preciso “desbloquear o sistema” em Angola e sugeriu a realização de um referendo para alterar a actual Constituição, que permite que “apenas uma pessoa mande em tudo”. E m entrevista à agência Lusa a propósito dos 40 anos da (in)dependência de Angola, que se assinalam a 11 de Novembro, Marcolino Moco referiu que, se tivesse abertura política para isso, apresentaria uma candidatura a Presidente que lhe permitisse instaurar um novo sistema. “Se tivesse esse buraco, hoje a minha candidatura não seria tanto…

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