Quanto custam os elogios
ao que, afinal, não existe?

A secretária-executiva da Comissão Económica das Nações Unidas para a África (UNECA), Vera Songwe (na foto recebendo a bênção de João Lourenço), elogiou as “reformas ambiciosas” do Presidente angolano, para diversificar uma “economia monolítica”, suportada pelo sector do petróleo. Para além da diversificação que consta de caderno de promessas de João Lourenço, ainda nada se viu. Mas é preciso ter calma. Os 20 milhões de angolanos pobres continuam a dar o seu contributo, aprendendo a viver sem… comer. Em declarações à Lusa, à margem dos encontros anuais do banco pan-africano…

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Tráfico humano (e não só)
está por cá e ameaça ficar

A Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana anunciou hoje que cerca de vinte casos de tráfico de seres humanos em Angola já transitaram em julgado e que este tipo de crime exige novos mecanismos de actuação. Por sua vez, a Polícia defende a aprovação de uma “lei específica” para criminalizar estes casos. “H oje o quadro do tráfico no país não podemos dizer que não é preocupante, registamos números de queixas e participações baixas, mas isso não quer dizer que a actividade não exista, portanto temos um registo baixo de casos”,…

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Não respeitar os direitos humanos dá muita massa

O Governo do MPLA e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) assinaram, em Luanda, um acordo de cooperação destinado a reforçar as garantias da promoção e defesa dos Direitos Humanos em Angola. O acordo, assinado pelo secretário de Estado do Interior angolano, José Bamikina Zau, e pelo representante do PNUD em Angola, Henrik Fredborg Larsen, prevê o apoio da agência da ONU na monitorização, avaliação e estatísticas sobre direitos humanos, bem como acções de formação, sobretudo junto dos agentes das forças de segurança. O documento prevê, ao…

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Se nem os angolanos são gente… vamos ter calma!

A Comunidade de Refugiados em Angola (CRA) defendeu hoje a “implementação urgente” da Lei sobre o Direito de Asilo e Estatuto de Refugiado, aprovada há quatro anos, considerando que a inobservância da lei deixa-os “vulneráveis” e “sem protecção jurídica”. Só seria de estranhar se Angola fosse o que (ainda) não é: um Estado de Direito. Mas não é nada que o ministro general Pedro Sebastião não resolva… “A Lei foi aprovada e publicada em diário da República, mas, até ao momento, não está a ser aplicada, daí a nossa preocupação,…

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Seca é uma grande mina
(de dólares) para o MPLA

As Nações Unidas disponibilizaram a Angola 6,4 milhões de dólares (5,7 milhões de euros) para ajudar o Governo a fazer face, nos próximos seis meses, à crise de seca no sul do país. E o que vai fazer o Governo? A fazer fé no seu crasso historial de incompetência vai gastar o dinheiro mas, é claro, mantendo mais esta galinha dos ovos de ouro, de modo a que a seca continue e as doações também. Em comunicado, as Nações Unidas anunciaram que a referida ajuda se enquadra no Fundo Central…

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Planeta Terra, uma aldeia global

Portugal, Líbia, Síria, Venezuela, Angola, USA, China, Rússia, Estado Islâmico, Irão, Arábia Saudita, Império Britânico, Moçambique, Japão, Brasil, para que não restem dúvidas que o mundo de facto é uma verdadeira aldeia global, onde todos os países estão irremediavelmente interligados desde que os portugueses desabrocharam e debutaram as expedições marítimas, para mares nunca antes, alegadamente, navegados e se dedicaram ao comércio e evangelização, que mais não é do que um belo eufemismo para descrever lavagens cerebrais compulsivas e destruição de cultura e tradições seculares (não resisti ao trocadilho no sentido…

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A pólvora de Cravinho

O ministro da Defesa de Portugal, João Gomes Cravinho, vai propor hoje, na conferência ministerial na Organização das Nações Unidas (ONU), a formação de militares da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para missões de paz. Portugal gosta mesmo, num orgasmo canibalesco, de gozar com a chipala da malta lusófona. Este é mais um exemplo. João Gomes Cravinho disse em entrevista à Lusa, em Nova Iorque, que a participação portuguesa de hoje na Conferência Ministerial sobre Operações de Manutenção de Paz, vai incluir “uma proposta nova” de trabalho conjunto…

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Entre a ajuda humanitária e o uso (ilegal) da força

O recurso ao meio bélico, enquanto forma de resolução de atritos entre Estados, quase levou o mundo, por duas vezes, ao abismo. A primeira, sendo o evento da 1ª Guerra Mundial, e a segunda, sendo o acontecer da 2ª Guerra Mundial. Por António Viegas Bexigas (*) É no intento de evitar que tal volte a suceder, que logo após o término da II grande guerra mundial e num espírito de cooperação e amizade, acordou-se na criação da Organização das Nações Unidas (ONU), com base em princípios sólidos da igualdade soberana,…

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“Libertem os activistas de Cabinda”, exige a FLEC/FAC

A Frente de Libertação do Estado de Cabinda, FLEC, exigiu hoje a “libertação imediata dos 77 patriotas” detidos desde o início do mês em Cabinda e o fim das “detenções arbitrárias e da repressão”, com a polícia angolana a remeter-se ao silêncio. A 7 deste mês, outro grupo, o Movimento Independentista de Cabinda (MIC), indicou que a polícia angolana detém, desde 28 de Janeiro, 74 activistas, entre eles o presidente Maurício Bufita Baza Gimbi e o vice-presidente António Marcos Soqui, número que a FLEC/FAC indica hoje ser de 77. Na…

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Poucos têm milhões
e milhões têm… fome

A fome aumentou na África Subsaariana em 2017, atingindo 237 milhões de pessoas, segundo um novo relatório das Nações Unidas, que aponta Moçambique como o país lusófono com maior prevalência de subnutrição e assinala progressos em Angola. O Governo angolano propõe-se reduzir, até 2022, em três milhões o número de pessoas que passam fome. Segundo o estudo Visão Regional de África sobre Segurança Alimentar e Nutrição, apresentado na capital da Etiópia, o continente africano tinha, em 2017, mais 34,5 milhões de pessoas subnutridas do que em 2015, num total de…

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