Téte explica (quase) tudo

O embaixador da missão permanente de observação da União Africana junto da ONU, angolano Téte António, descobriu o pólvora para justificar a razão pela qual a economia angolana está dominada pelo petróleo. D iz ele que pouco mais de uma década livre de guerras é pouco para um país como Angola se industrializar e diminuir a sua dependência do petróleo. “Ninguém é condenado ao subdesenvolvimento. O subdesenvolvimento não é uma doença crónica. Todos nós vamos chegar ao desenvolvimento”, disse, em entrevista à Lusa, o embaixador angolano Téte António, em Nova…

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O choro da Cidade Luz

Um fim de tarde pacato se avizinhava na Cidade Luz. De surpresa, o grupo terrorista Estado Islâmico irrompeu na calmaria para dar mostra de sua força destrutiva. Por Gabriel Bocorny Guidotti (*) P or meio de ataques coordenados em pontos de grande circulação de Paris, dezenas de franceses (e não só) perderam suas vidas. O número de mortos pode aumentar nos próximos dias, tendo em vista a gravidade do estado de saúde de muitos feridos. Nesse momento pelo qual a escuridão acoberta a humanidade, resta uma inalienável questão: por quê?…

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Olho por olho, dente por dente?

Os ataques terroristas do Estado Islâmico em Paris, que causaram pelo menos 127 mortos e 180 feridos, levantam muitas questões. Talvez esta declaração de guerra provoque uma reacção do tipo olho por olho, dente por dente. Por Orlando Castro A lguém disse, e outros vão dizendo, mesmo que por palavras diferentes e em contextos diversos, que “nós somos filhos e agentes de uma civilização milenária que tem vindo a elevar e converter os povos à concepção superior da própria vida, a fazer homens pelo domínio do espírito sobre a matéria,…

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O cheiro da queda do regime

O cheiro de queda do regime está no ar em Angola. Este cheiro sente-se em todos os lugares, de Cabinda ao Cunene. Hoje, 2015/10/20, vários amigos em Luanda confirmaram-me que há em toda parte um movimento massivo de tropas e implantação de forças de segurança. Por Emanuel Matondo (*) P articularmente na capital angolana, vemos em toda parte multidões de polícias. “Na verdade há nos últimos dias muita polícia nova e estão em todos os cantos. Estão agrupados em grupos de três e quatro polícias em cada canto da cidade…

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Em Moçambique a guerra
está ao dobrar da esquina

O desaparecimento de Afonso Dhlakama e a movimentação de artilharia para Gorongora empurram, tanto quanto parece, Moçambique para mais uma guerra. Por Emildo Sambo (*) A o afastamento de Afonso Dhlakama do espaço público e mediático, desde a última sexta-feira, após o ataque ocorrido na Estrada Nacional número seis, em Zimpinga, no distrito de Gondola, província de Manica, segue-se uma suposta movimentação de artilharia para Gorongosa pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS), à semelhança do que aconteceu entre 2013 e 2014, aquando dos confrontos que terminaram com a assinatura…

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Bem prega o Papa

O papa Francisco denunciou hoje, na audiência geral semanal, os fabricantes e traficantes de armas, “manchados com o sangue de tantos inocentes”. Bem prega o Santo Padre! N a praça de São Pedro, em Roma, o papa lembrou que na Ásia se comemora o fim da Segunda Guerra Mundial. A 15 de Agosto, depois do bombardeamento nuclear de Nagasaki, no Japão, e da declaração de guerra da União Soviética, o imperador Hirohito anunciou o cessar-fogo. A 2 de Setembro, o Japão assinava o instrumento de rendição incondicional, pondo fim à…

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“Comboio de Sal e Açúcar”

Licínio Azevedo, cineasta moçambicano. Actores de Moçambique, Brasil e Angola serão protagonistas do filme “Comboio de Sal e Açúcar”, que começa a ser rodado hoje em Moçambique, numa co-produção entre as produtoras portuguesa Ukbar Filmes e a moçambicana Ébano Multimédia. “E sta é uma co-produção internacional, em que Portugal teve um papel preponderante, e que conta com atores de Moçambique, Brasil e Angola”, disse à imprensa o cineasta moçambicano Licínio de Azevedo, à margem da apresentação do projecto em Maputo. O filme resulta de uma adaptação do livro “Comboio de…

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“Candidato” a Prémio Nobel vai à guerra

"Candidato" a Prémio Nobel vai à guerra - Folha 8

No encontro em Kinshasa entre José Eduardo dos Santos e Kabila de segunda-feira passada (19.01.15), pelo que se pode inferir do conteúdo da nota do final das conversações, as duas partes manifestaram interesse em reforçar a cooperação entre os dois Estados nos domínios diplomático, económico e comercial. Por António Setas N o entanto, não se sabe ao certo se essas foram as reais razões do deslocamento de JES a Kinshasa. A esse respeito, há quem pense que as razões invocadas apenas serviram de pára-vento a outros interesses, nomeadamente, tentar, após…

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Rastilho está aceso

Rastilho está aceso - Folha 8

Manifestações pacíficas reprimidas com doses ditatoriais de violência física e psicológica que, entre outras formas, passam por prisões arbitrárias e por assassinatos, mantêm Angola com o rastilho da implosão aceso e em progressão. Por Orlando Castro Mas ninguém, a não ser os oprimidos, parece estar preocupado. O petróleo e os negócios a ele contíguos compram o silêncio da comunidade internacional. Em África tem sido assim desde há dezenas de anos. Até um dia. A comunidade internacional, desde a ONU à CPLP, passando pelos EUA e pela União Europeia, dão com…

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