O general Pedro Pezarat Correia considera que os três movimentos de libertação angolanos (MPLA, FNLA e UNITA) com quem Portugal assinou o Acordo de Alvor, faz quarta-feira 50 anos, “não estavam de boa-fé” no processo negocial. m entrevista ao jornalista Eduardo Lobão, da Lusa, Pezarat Correia diz que “os movimentos de libertação não estiveram de boa-fé. Eles estiveram no Acordo fundamentalmente para terem ali uma base legal para acabar com a presença portuguesa na governação de Angola”. Os generais Pezarat Correia, de 92 anos, e António Gonçalves Ribeiro, de 91…
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PORTUGAL DEIXOU ANGOLA CEDO DEMAIS
Depois de entregar a independência a Angola, Portugal cometeu um dos erros mais graves da história recente ao abandonar o país nas condições em que o fez. O processo de descolonização não foi apenas apressado, foi negligente, irresponsável e, em muitos aspectos, catastrófico. Por Malundo Kudiqueba ngola, em 1975, era uma nação com imenso potencial, mas ainda profundamente dependente das estruturas administrativas, económicas e sociais deixadas pelo colonizador. Ao conceder a independência de forma abrupta e entregar o poder ao MPLA, Portugal falhou em assegurar uma transição gradual que garantisse…
Leia maisDE TIMOR-LESTE A… CABINDA
As comemorações dos 25 anos do referendo em Timor-Leste, que levou à restauração da independência em 20 de Maio de 2002, arrancam hoje em Díli com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres. Enquanto isso, em Cabinda a (des)colonização está (in)acabada. edicada ao lema “Foi o povo que lutou! Foi o povo que sofreu! Foi o povo que venceu a luta”, a celebração dos 25 anos do referendo, organizada pelo Governo, vai também contar com a presença do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros português, Nuno Sampaio, e do…
Leia maisDIOGO CÃO ERA MEMBRO DO… MPLA
O representante permanente de Angola nas Nações Unidas, Francisco José da Cruz, afirmou, em Nova Iorque, que o fim do regime político ditatorial em Portugal só foi possível devido à acção dos movimentos de libertação nas colónias em África. Com mais um pouco de imaginação, bem que se poderia dizer que o golpe de Estado em Portugal começou a germinar quando Diogo Cão se tornou militante do MPLA… urante um debate sobre “o legado da Revolução dos Cravos nas Nações de Língua Portuguesa”, o diplomata do MPLA explicou que os…
Leia maisSAÍDA DOS PORTUGUESES FOI UM ERRO CRIMINOSO
Uma transição gradual de 25 anos no período pós-independência teria criado condições para a estabilidade política/económica em Angola. Este período teria proporcionado aos políticos angolanos tempo para adquirir experiência prática na administração do país. A participação activa dos portugueses na transferência de responsabilidades e conhecimentos aos antigos movimentos de libertação teria sido a solução ideal. Por Malundo Kudiqueba MPLA, era um movimento de guerrilha, assumiu o controlo de Angola sem a devida experiência administrativa e política. Isso resultou em desafios significativos na gestão do país que incluiu a destruição de…
Leia maisFALTA DESCOLONIZAR CABINDA
Angola reafirmou, na sede da ONU, em Nova Iorque, o compromisso com a eliminação total do colonialismo em todas as suas formas e manifestações. Como no caso angolano, em 1975, apenas se assistiu à mudança de colonialistas (saiu Portugal e entrou o MPLA), será que vamos assistir à eliminação dos colonialistas que estão no Poder há 48 anos? Por Orlando Castro ntervindo no debate geral da Quarta Comissão sobre a Situação Relativa à Implementação da Declaração de Independência aos Países e Povos Coloniais, o Representante Permanente Adjunto da Missão de…
Leia maisSOARES, MARCELO E OS OUTROS
O dia 1 de Dezembro assinala, em Portugal, o golpe revolucionário de 1640 que acabou com o domínio da dinastia Filipina sobre Portugal, retirando o país da alçada espanhola e colocando no trono D. João IV. A este propósito, Marcelo Rebelo de Sousa lembra os ciganos que “deram a vida” pela independência nacional e lamentou a discriminação de que têm sido alvo em Portugal. Por Orlando Castro ra então, “ao lembrar tantos portugueses, de tantas origens, que se envolveram no movimento revolucionário, o Presidente da República quer lembrar também os…
Leia maisJá passaram 45 anos e ainda
há tantas feridas sem cura
Definido, em Portugal, com a Lei 7/74, o direito dos povos coloniais à autodeterminação, com todas as suas consequências, incluindo “a aceitação da independência dos territórios ultramarinos”, estava dado o sinal para as populações brancas das colónias de que o processo de descolonização iria entrar na fase definitiva. Quanto a Angola, considerando as previsíveis dificuldades de aproximação dos três movimentos de libertação e a amplitude da comunidade branca angolana, o presidente da República e, de forma geral os órgãos de soberania portugueses, interrogavam se legitimamente sobre a melhor forma de…
Leia maisDo Sahara Ocidental a Cabinda e, claro, a Angola
O vice-presidente da República, Bornito de Sousa, reafirmou o engajamento de Angola no apoio às iniciativas diplomáticas, para superar o impasse no diferendo do Sahara Ocidental. Grande parte do território da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) encontra-se ocupada desde 1975 por Marrocos, tal como Cabinda por Angola. Por Orlando Castro (*) Hoje, na Cimeira da SADC de solidariedade com o Sahara Ocidental, o vice-presidente de Angola vincou a necessidade de se concluir com urgência o processo de descolonização de África. Ou seja, de uma parte de África. Isto porque, presume-se…
Leia maisMorreu Mário Soares
Morreu hoje Mário Soares, ex-Presidente da República Portuguesa e fundador do Partido Socialista. Tinha 92 anos. Paz à sua alma. Apesar disso, a morte não transforma nem maus em bons nem bons em maus. Não faz, por isso, sentido que a memória dos vivos apague os registos. É regra que, na morte, todos passem a ser boas pessoas. Mas é uma regra errada. Por Orlando Castro A história de Portugal dos últimos 50 anos tem, para o bem e para o mal, em Mário Soares uma figura sempre presente. Isso…
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