“(…) God had bound us, manacled us, together. In a way it was to live out what Martin Luther King said: ‘Unless we learn to live together as brothers (and sisters) we will together die as fools’”. Desmond Tutu (in “No Future Without Forgiveness”) Por Marcolino Moco (*) No fundo irei dirigir saudações a partir de e para todas searas minhas. Na verdade, hoje por hoje, só falamos em “searas alheias” colocados no campo de frases feitas, tão desajustadas na caminhada do homem ao encontro de outros homens, como desajustados…
Leia maisCategoria: Opinião
Poder de Eduardo dos Santos baseia-se na corrupção
EXCLUSIVO Folha 8. Angola tem recursos humanos, dimensão geográfica, dispõe de múltiplas riquezas naturais, é um dos países mais ricos do mundo. Mas a sua população é das mais pobres, sofre com uma das maiores taxas de mortalidade infantil do mundo, a educação é inexistente, o desenvolvimento é uma miragem. Por Paulo Morais Candidato às eleições presidenciais em Portugal E ste contra-senso tem um primeiro responsável, José Eduardo dos Santos (JES). Em trinta e seis anos de presidência, JES não conseguiu – ou não quis! – melhor do que isto:…
Leia maisO fim da civilização
Com apenas 3 anos, o menininho, certamente, não compreendeu bem o que estava acontecendo. Seus pais o conduziram a um barco, dizendo que, após a travessia, tudo seria melhor. Por Gabriel Bocorny Guidotti (*) C omo todo bom filho, obedeceu sem pestanejar. Ele mal sabia da terrível guerra que deixou para trás. Não sabia, igualmente, que a aventura de barco seria a última de sua breve vida. Nessa semana, a foto do pequeno Aylan Kurdi – encontrado afogado em uma praia da Turquia – chocou o mundo, deflagrando os horrores…
Leia maisAngola. Dos proto-estados pré-coloniais ao nascimento do Estado-Nação
EXCLUSIVO FOLHA 8. Preâmbulo – Angola celebra neste ano o seu quadragésimo aniversário desde que, em 11 de Novembro de 1975, se constituiu em Estado soberano, livre e independente do jugo colonial português. É momento dos balanços, em que a tónica da propaganda oficial destaca os ganhos da independência (e quase não se reflecte com o que se perdeu!). De algum tempo a esta parte desfilam nos meios de comunicação oficiais as vozes, seleccionadas a preceito, que conclamam os feitos grandiosos destes quarenta anos de independência. Por conseguinte, esta minha…
Leia maisDeixem-nos (continuar a) ser optimistas
Estamos na recta final para a comemoração dos 40 anos da independência de Angola, reconhecida por nós como a Dipanda. É, talvez, uma boa altura para começarmos a fazer – ou tentar fazer – um balanço e perspectivas para Angola para os próximos anos. Por Eugénio Costa Almeida Investigador académico N a realidade é mais correcto escrever “tentar fazer” do que avançarmos para afirmação de um balanço do que já aconteceu nestes 40 anos e, ainda mais difícil, perspectivar, nos actuais tempos de crises económica, política e social, o que…
Leia maisUm arquitecto da paz mata um adversário político?
João Kanda Bernardo. Ao título “Balanço e perspectivas para Angola”, o objectivo deste texto é contribuir para a reflexão colectiva que os angolanos e o mundo têm feito a propósito do aniversário natalício do senhor Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos (JES) em pleno tempo que o país assinala o seu 40º ano da independência. Por João Kanda Bernardo No dia 28 de Agosto do ano em curso, portanto na data que se celebra o 73° aniversário do 2° líder africano há mais tempo no poder; isto…
Leia maisO 27 de Maio está a repetir-se
Se fizermos uma digressão por Angola adentro, se revisitarmos o nosso passado histórico, entenderemos esta Angola actual, embrutecida pelos conflitos que se negam a dar lugar à paz e que ainda sanciona quem pensa diferente. Por Marzebólio Lendário V ejamos: os maus-tratos, a exclusão e a perpetuação da ignorância, instrumentos usados pelo sistema colonial, foram a causa da Revolução. Hoje, porém, a história repete-se: os jovens perceberam que a morte de milhares de angolanos não significou nada para a efectivação da verdadeira paz, que levou muitos ao martírio patriótico, tudo…
Leia maisA inoperância e a nulidade do Memorando do Namibe
Exclusivo Folha 8. O mês de Agosto assinala os acordos de Helvoirt (Holanda) que resultaram na fusão da FLEC-FAC de Nzita Tiago e da FLEC-Renovada de António Bento Bembe e o Memorando de Namibe para a Paz na Província de Cabinda, assinado por Bento e o Governo de Angola. Por Raul Tati Docente universitário e Activista cívico e Defensor dos direitos humanos N este ano, o dia 1 de Agosto não foi assinalado curiosamente com a comédia espampanante a que o nosso compatriota Bento Bembe e os seus correligionários nos…
Leia maisImigrantes do Mediterrâneo
Em Abril deste ano, cerca de 700 pessoas perderam suas vidas em uma única viagem no Mediterrâneo. Em comum entre elas, apenas dois factos: imigração ilegal e a ocupação do mesmo barco naufragado. Por Gabriel Bocorny Guidotti (*) M otivados por guerras, conflitos e doenças nos países de origem, os imigrantes lançam-se aos mares na busca de uma realidade mais digna. Lamentavelmente, o número de mortos nas travessias aumenta paulatinamente. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), mais de 2 mil pessoas já morreram em 2015 tentando cruzar o…
Leia maisA UNIÃO AFRICANA E O TERRORISMO TRANSNACIONAL (Fim)
EXCLUSIVO FOLHA 8. No mundo globalizado, assiste-se uma fragmentação ou até mesmo erosão do Estado, com maior incidência desde o crepúsculo da Guerra Fria, com a emergência de novos actores de Direito Internacional Público que reivindicam também ´´espaços´´ tradicionalmente reservados aos Estados no sistema internacional. Por Raúl Tati Professor de Relações Internacionais U m desses espaços é o da segurança e defesa. No Direito Internacional clássico o Estado soberano detinha para si o chamado Ius Belli (Direito de Guerra); na perspectiva da ciência politica, o estado hobbesiano detinha o monopólio…
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