O “Folha 8” existe desde 1995. Se lhe pedíssemos, caro leitor, um depoimento sobre o nosso trabalho, o que nos diria? Foi essa pergunta que foi colocada a algumas personalidades do universo lusófono e que temos vindo a divulgar. Hoje publicamos a opinião de Francisco Luemba, advogado e activista dos direitos humanos. Por Francisco Luemba «O Jornal Folha 8 nasceu em 1995. O ano de 1995 insere-se naquilo que considero ser a segunda fase da guerra civil que assolou Angola entre 1975 e 2002 (1975/1991; 1992/1996; 1998/2002). Corresponde à infância…
Leia maisEtiqueta: Francisco Luemba
William Tonet e o amor
ao seu Povo e ao seu país
Artigo de Francisco Luemba: À primeira vista, parecia-me não ter nada a dizer de Willian Tonet. Na verdade, apenas nos encontrámos duas ou três vezes, entre 2002 e 2014, salvo erro, em actividades da sociedade civil. Para além das saudações de praxe, pouco mais havia para se dizer, por falta de tempo e por o ambiente não ser propício a conversas demoradas e profundas. Por Francisco Luemba Mas o que parece nem sempre é. A verdade é que, dum modo geral, todos nós podemos ter duas ou três coisas a…
Leia maisFrancisco Luemba é vogal do Conselho Superior da Magistratura Judicial
No passado dia 14, sob o título “Traição portuguesa legitima colonialismo angolano em Cabinda”, escrevi aqui um texto centrado no advogado e activista dos direitos humanos (que me dá o privilégio de ser meu amigo) Francisco Luemba. Por Orlando Castro Os “luvualus” do regime de José Eduardo dos Santos não tardaram a reagir, todos eles dizendo que Francisco Luemba aceitara ser “juiz Conselheiro do Tribunal Supremo de Angola”, pondo assim em causa a sua luta em prol de Cabinda. Acontece que Francisco Luemba não foi nomeado Juiz Conselheiro do Tribunal…
Leia maisDe joelhos só perante Deus
O activista pelos direitos humanos em Cabinda, José Marcos Mavungo, libertado em Maio depois de mais um processo ditatorial das autoridades de Angola, não acredita que o anunciado afastamento do Presidente José Eduardo dos Santos (há 37 anos no poder sem nunca ter sido nominalmente eleito) signifique uma real mudança e realça o “passivo muito forte” do regime. Em entrevista à Lusa, em Lisboa, onde se encontra por razões de saúde resultantes de sofrimento que sofreu na cadeia, Marcos Mavungo, que esteve mais de um ano preso após ter sido…
Leia maisÀ espera de (um outro) Marcelo
Dizem-nos que os cabindas têm alguma (embora pouca) esperança no que o novo presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, poderá fazer em relação às reivindicações do Povo de Cabinda. O melhor seria não ter a mínima esperança, mas… Por Orlando Castro Vamos por partes. Só por manifesta falta de seriedade intelectual e cobardia, típica dos sucessivos governos portugueses e respectivos presidentes da República, é que Portugal pode dizer (mesmo que pense o contrário) que Cabinda é parte integrante de Angola. Cabinda – repita-se – foi comprada pelo…
Leia maisCabinda? O que é isso?
Com a Europa exclusivamente virada para a reconquista alemã da Grécia e com Portugal entretido a olhar para o umbigo e a lavar roupa suja partidária, Eduardo dos Santos continua a prender jovens acusando-os de tentativa de golpe de Estado, tal como mantém encarcerados todos os que em Cabinda ousam pensar de forma diferente da instituída pela ditadura de Luanda. Por Orlando Castro F alemos então do esquecido drama de Cabinda. Só por manifesta falta de seriedade intelectual e cobardia, típica dos sucessivos governos portugueses e respectivos presidentes da República,…
Leia maisUma nova perspectiva para Angola
Angola celebra o trigésimo nono aniversário da sua independência. A efeméride presta-se a uma reflexão: uma breve retrospectiva crítica, à guisa de avaliação, com vista à emergência duma nova perspectiva. Por Francisco Luemba Aindependência é, em última análise, o resultado de 13 anos de luta armada de libertação nacional (1961/1974). Como consequência dessa luta e da resistência de outros povos africanos então sob administração portuguesa, a 25 de Abril de 1974, um golpe militar derrubou o regime colonialista de Marcello Caetano (herdeiro de António de Oliveira Salazar que, por motivo…
Leia maisLiberdade de manifestação, medo e repressão
Por Francisco Luemba Quando, em Fevereiro de 2010, foi aprovada e promulgada a Constituição da República de Angola, muitos se alegraram e rejubilaram. Para eles, havia a certeza de que dali em diante, as coisas seriam melhores e a sociedade se tornaria mais aberta, mais democrática e mais justa. N a verdade, a Constituição alargava o campo das liberdades, dos direitos e das garantias dos cidadãos e apostava clara e inequivocamente no Estado Democrático e de Direito. Mas a evolução da situação internacional, com a chamada primavera árabe, cedo daria…
Leia mais