Sem incidentes. Ainda bem!

Cerca de duas centenas de pessoas que teimam em pensar com a cabeça, contrariando o ADN de quem governa Angola há 45 anos, o MPLA, manifestaram-se hoje em Luanda pela melhoria das condições de vida e combate à corrupção, num protesto que decorreu de forma pacífica e ficou marcado também pela memória do estudante (não tenhamos medo das palavras) assassinado pela Polícia na semana passada. Ao contrário das duas anteriores tentativas de manifestação, que foram violentamente reprimidas pela polícia do MPLA, hoje os manifestantes, na sua maioria jovens, conseguiram concentrar-se…

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Governo do Povo?

Numa altura em que circulam informações da criação de mais partidos, caso do Njango (António Mateus Barros e Eduardo Jonatão “Dinho” Chingunji), Partido Humanista de Angola (Florbela Malaquias) e se condena à morte o PRA-JA (Abel Epalanga Chivukuvuku), que democracia (ou ditadura) nos espera? Movimento Popular de Libertação de Angola, MPLA. União Nacional para a Independência Total de Angola, UNITA. Frente Nacional de Libertação de Angola, FNLA. Partido de Renovação Social, PRS . Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana, PALMA. Partido de Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola…

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A luta continua

A empresa de telecomunicações Unitel iniciou um processo judicial em Londres contra a Unitel International Holdings (UIH), detida pela empresária angolana Isabel dos Santos, para recuperar uma dívida de mais de 350 milhões de euros. A queixa datada de 26 de Outubro, reivindica o reembolso de sete empréstimos atribuídos entre Maio de 2012 e Agosto de 2013 da Unitel à UIH que, salienta, “apesar do seu nome, não tem ligação empresarial nem afiliação à Unitel”. A Unitel alega que a UIH deve 325.305.539 euros e 43.937.301 dólares (cerca de 37…

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O charme do professor de Posto

O ministro do Interior angolano, Eugénio Laborinho, afirmou que os cidadãos não devem olhar para os órgãos de polícia “como seu inimigo”, mas salientou também que “não há direitos absolutos” e que estes estão nivelados. É brilhante a pedagogia do ministro. Por alguma razão, com 18 anos, em 1973, já tinha o curso de professores de Posto… “I mporta referir que nenhum direito é absoluto, pelo que, sempre que quisermos exercer alguma acção contemplada na lei, como sendo um direito fundamental, precisamos de estabelecer o grau de empatia e fazer…

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Se o medo acaba…

O activista Luaty Beirão considera que “os crimes” e práticas repressivas da polícia e do Estado angolano (onde há 45 anos só manda o MPLA) “têm os dias contados”, salientando que as pessoas perderam a paciência e o medo. Como responderá o regime? A fazer fé no seu ADN, vai continuar a razão da força, não sendo despiciendo alguns temerem novas purgas, assassinatos e até, quiçá, uma reedição dos massacres de 27 de Maio de 1977 ou de 1992. “E spero que os dias 24 de Outubro e 11 de…

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“Para possível assassinato”

“Foi com muita indignação que a FoA (Friends of Angola) tomou conhecimento do rapto, ocorrido na noite de sexta-feira, 13 de Novembro de 2020, dos activistas Laurinda Gouveia, Latino e Rui, quando se dirigiam ao Largo da Igreja Sagrada Família, visando participar numa vigília em solidariedade a Inocêncio de Matos, cidadão recém-assassinado supostamente pela Polícia Nacional durante a manifestação ocorrida a 11 de Novembro de 2020, Dia da Independência Nacional», diz a organização em comunicado. Eis, na íntegra, o comunicado da FoA: «Os activistas foram posteriormente levados – para possível…

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“Associação criminosa”

Os promotores da manifestação marcada para sábado, 21 de Novembro, escreveram ao Procurador-Geral da República de Angola (órgão afecto ao MPLA), pedindo a abertura de oito inquéritos para apurar a responsabilidade civil e criminal por enriquecimento ilícito de vários agentes públicos. Na carta, os cinco organizadores pedem ao PGR, general Hélder Pitta Grós, que investigue o crime de “associação criminosa praticada pela direcção do MPLA liderada pelo senhor José Eduardo dos Santos [ex-presidente da República] que institucionalizou a política de acumulação primitiva de capital” que se traduziu na prática de…

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Activistas na linha de fogo

Os três activistas políticos de Cabinda detidos em Junho vão a julgamento com a acusação de crimes de rebelião, ultraje ao Estado e associação de malfeitores. A juíza de instrução, Dra. Maria Isabel decidiu levar a julgamento com a manutenção da acusação dos três arguidos, em Cabinda. A decisão é prática tradicional do Tribunal da Comarca de Cabinda contra espíritos críticos do regime. Por José Marcos Mavungo (*) O despacho de pronúncia, proferido em 6 de Novembro do corrente, pelo Tribunal da Comarca de Cabinda (Cabinda, juízo central de instrução…

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