Até breve, Avó Cessá

Ontem, 26 de Setembro, foi a enterrar minha avó Cessá. Triste! Muito! Era uma referência incontornável, pois preservava a imagem, também, do avô Maximbombo, paterno de mamãe e tios, não poucos, o cassule, foi gerado, estava ele, africanamente, falando, no esplendor da idade: 91 anos. Por William Tonet O conhecimento do infausto acontecimento, tive-o, na véspera, da sua inesperada partida. Deixou-me destroçado, pois estava na redacção, com o compromisso do fecho da edição impressa da semana. A avó Cessá era, além de tudo, uma exímia “otchissanguista” (fazedora de bebida caseira,…

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Desconfio mais do João
de que ontem do José

Estou preocupado, cada dia mais e mais, ante o rumo ou falta dele, que o país, está a trilhar. A opção parece cega, sem inteligência, humildade e capaz de espoletar a qualquer momento. Quando o Presidente ao invés de levantar o telefone, falar a um membro do gabinete, num eventual erro, opta por o humilhar publicamente (ofício 116/01/01/ CONF/ GMF/2020 de 26.08.20), no caso, o titular das Obras Públicas e Ordenamento do Território, que viu anulado o acto praticado de exonerar o Conselho de Administração do Fundo de Fomento Habitacional.…

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De (suposto) herói a (confirmado) vilão

A história, este irreversível movimento do tempo, não mente, dados, factos, feitos e defeitos, ainda que, por vezes, regimes, ditadores e fascistas a tentem adulterar. Em todas as épocas assiste-se ao percurso de homens com carisma, retórica ou capacidade de liderança, na mobilização dos povos, para a libertação do jugo colonial ou da tirania fascista, que, chegados ao poder, uns, se transformam, pela negativa. Alguns, até ousam, deixar obras faraónicas, outros carimbos de sangue, como marcas do consulado. Por William Tonet O MPLA, partido que sem eleições deveriam realizar-se ao…

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Ditadura já tem rosto identitário

O sistema nunca esteve tão ostensiva e desavergonhadamente comprometido em “assassinar” a finada ditadura gourmet de Dos Santos, na convicta disposição de privatizar o Estado, a favor do capital estrangeiro e da pequena clique ligada ao MPLA. Por William Tonet A aposta é dar o ouro ao bandido, garantindo da parte deste uma faustosa renda, depositada no estrangeiro, e a manutenção de um Poder efémero e decorativo que desabará tão logo os novos colonizadores estrangeiros, por exemplo libaneses com nacionalidade americana, cortem os fios que fazem a marioneta parecer ter…

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O maior cego é aquele que não quer ver

A corrupção está viva, muito activa e, desgraçadamente, já gastou mais dinheiro, nos últimos anos, quando o objectivo principal, segundo o novo presidente, era o de arrecadar, os milhões na posse dos corruptos do seu partido, a quem apelidou de marimbondos. Por William Tonet Agostinho Neto, que comemorará aniversário e surge como ídolo de uma parte dos angolanos do MPLA, não está imune as críticas de corrupção, no seu consulado, ao instituir as lojas do povo e as lojas dos dirigentes, tanto assim é que corre notícia, vinda da Suíça…

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Peculato judicial escabroso

O Juiz do Tribunal Supremo, Pitra, em obediência à visão e estratégia do Presidente da República e do MPLA, João Lourenço, quanto ao combate aos crimes de corrupção e afins, praticado por agentes públicos, destapou a podridão escondida por debaixo do tapete pernicioso, que cobre o país, nos últimos três anos, onde os órgãos de soberania, a “contrarium sensu” de Charles – Louis de Secondant – barão de Montesquieu”, estão reféns de um homem, sem o escrutínio do poder judicial e legislativo. Por William Tonet A sentença proferida, pelo juiz…

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Presidente “adepto” da inquisição e do cárcere

O Presidente da República, João Lourenço, baseado na legitimidade constitucional, decidiu não promulgar o novo Código Penal, devolvendo-o à Assembleia Nacional, para os deputados reapreciarem e agravarem alguns artigos deste importante documento, fiscal das ilicitudes criminais, cometidas por agentes públicos no exercício de funções. Por William Tonet Na justificativa, argumenta pretender partilhar “reflexões e preocupações”, sobre a norma de alguns artigos, que devem ser agravados, no quadro da probidade pública e do que considera “compromisso nacional com a prevenção e o combate à corrupção a todos os níveis”. Infelizmente, o…

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Covid-19 tornou-nos imortais

Hoje é hora de cada um perguntar se devemos, ou não, agradecer ao Titular do Poder Executivo (governo unipessoal), por nos ter, em tão pouco tempo, tornado imortais. IMORTAIS, sim! Malária, paludismo, febre amarela, diarreias, doença do sono, gota…? Ora, ora! Por William Tonet A invulgar energia governativa, em concentrar recursos financeiros públicos, exclusivamente, para a importação de medicamentos, material gastável e recursos humanos, para atender os infectados do COVID-19 parece demonstrar que todos quantos sobrevivam a esta pandemia, estarão imunes às outras endemias e doenças. A fome, diariamente, mata…

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Um olhar, olhando, sem ódio

É recorrente, ao final de cada texto, ser alvo do legítimo escrutínio de gregos e troianos (e até de outros), sobre a valência e oportunidade do mesmo, no actual contexto de crise económica, financeira, de Covid-19 e social. Oiço, cada observação, aceitando de forma pacífica e prazerosa este farfalho cúmplice da democracia, calcinada, convictamente, em mim. Por William Tonet O unanimismo é pernicioso, nas sociedades plurais, mas ainda assim, deve ser escutado, mesmo que se assemelhe às águas putrefactas, de qualquer irresponsável pântano de esquina, responsável pela “produção” de mosquitos,…

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A esperança foi a última, mas já morreu!

O dia destapou uma triste, cruel e incontornável realidade: João Lourenço “assassinou” o que restava de esperança sobre a consolidação da ténue democracia, implantada, em 1992 (face à resistência militar da UNITA), com a ascensão e entronização de um método inovador de ditadura. Por William Tonet 1.Sem justiça, não há democracia! Com justiça partidocrata, refém de uma só vontade, não há democracia! Um Tribunal Constitucional com 11 magistrados, sendo 10 do MPLA, não opera com isenção, imparcialidade e sentido de justiça, que o diga o PRA-JA. O seu coordenador, Abel…

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