Se ao menos Benguela fosse
ali perto, em Moçambique…

Mostrando uma rara perspicácia, a ministra da Saúde de Angola admitiu esta segunda-feira que as chuvas abundantes que caem na província de Benguela, que causaram pelo menos 16 mortos, podem originar “novos casos de malária”, mas garantiu que a “situação sanitária está controlada”. “D o ponto de vista da saúde, em Benguela, e da assistência médica e medicamentosa, estamos a cumprir o nosso papel e em termos de saúde a situação está controlada. Acreditamos que tenhamos mais casos de malária”, disse Sílvia Lutucuta, em Luanda. Quanto a eventuais e atempadas…

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Solidariedade e saloiice

O Governo angolano enviou para a cidade da Beira, em Moçambique, um avião com cerca de 100 técnicos de saúde e material médico e medicamentoso para apoiar as populações afectadas pela passagem do ciclone Idai. Muito bem. Entre ajudar os nossos filhos e os filhos dos outros, todos a necessitar de ajuda, João Lourenço apostou nos filhos dos outros. Ele lá sabe a razão… O envio da “missão humanitária e de solidariedade” foi decidido pelo Presidente João Lourenço (em Angola só ele sabe, só ele quer, só ele decide), e…

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Ir à loja do António

Marcelo Rebelo de Sousa está a chegar a Angola com toda a pompa e circunstância. É um regresso às origens. Mais um. Um de muitos. O pai do “Ti Celito” só foi governador de Moçambique em 1968 mas ele já antes, jovem português de 17 anos, tinha visitado toda a colónia de Angola em 1966. A Terra onde esse jovem que vai agora comemorar o seu 70º aniversário é afinal também a terra do seu avô, António (dono dos armazéns Catonho Tonho em Luanda) e da sua avó, de origem…

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“Operação branquear”

A consultora Eurasia, bem ao estilo do seu habitual comportamento, considera que a divulgação da existência de contratos entre Angola e as empresas envolvidas no escândalo da dívida oculta de Moçambique “pode beliscar ligeiramente” a imagem de João Lourenço, mas o ímpeto anti-corrupção permanece. Ligeiramente? Foi isso que o Executivo pediu que dissesse? “A agenda reformista de João Lourenço não vai, provavelmente, perder fôlego por causa deste desenvolvimento e apesar de a sua imagem de combate à corrupção possa ser ligeiramente beliscada, a campanha anti-corrupção focada na família de José…

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A mensagem é má? Então
urge calar o mensageiro

Um juiz do Tribunal do Macomia, norte de Moçambique, confirmou na sexta-feira a detenção do jornalista moçambicano Amade Abubacar, anunciou fonte de uma das instituições de defesa da liberdade de imprensa que contesta o processo. Calar o mensageiro para ocultar a mensagem é a estratégia de qualquer ditadura. Infelizmente. Fonte do Comité para a Protecção de Jornalistas (CPJ), organização independente, anunciou a decisão na Internet, acrescentando que há esforços a decorrer para o conseguir libertar sob caução. Amade Abubacar, jornalista da rádio comunitária Nacedje e colaborador do portal Zitamar News,…

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África colonial nos 100 anos da Guerra 1914-1918

Eugénio Costa Almeida acaba de publicar o livro “África Colonial no Centenário da Guerra 1914-1918”, especialmente vocacionado para a análise da participação de Angola e Moçambique neste conflito. É uma obra de leitura obrigatória, não só pelo exímio conhecimento deste autor angolano como pela necessidade pedagógica de explicar aos mais novos o papel dos africanos no contexto mundial. “A entrada dos africanos na 1ª Guerra Mundial (ou a Guerra de 1914-1918, também dito, entre Nações colonialistas) aconteceu devido à necessidade dos europeus, em conflito, tentarem reverter a seu favor o…

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Dhlakama, Lula da Silva
e a Liberdade de Imprensa

I – O líder histórico, o guerrilheiro destemido da RENAMO (Resistência Nacional de Moçambique), Afonso Dhlakama, foi, no 3 de Maio, Dia da Liberdade de Imprensa, “assassinado” pela cobardia de uma traidora insulina, cujos “estilhaços” atingiram o centro da sua diabete. Por William Tonet O jornalismo está prenhe de notícias ruins, mas não tinha indícios sobre a incapacidade da “ponte dialogante” estabelecida entre o Presidente da República de Moçambique e o líder da guerrilha, ser tão frágil ao ponto de denegar socorro médico a um paciente encravado nos húmus da…

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Morreu Afonso Dhlakama, líder histórico da Renamo

Afonso Dhlakama, de 65 anos, líder da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), morreu esta quinta-feira, 3 de Maio. As informações, ainda muito escassas, e avançadas por fontes partidárias, estão a ser veiculadas através das redes sociais. O  líder da Renamo faleceu de complicações ligadas a diabetes. Afonso Dhlakama vivia refugiado na serra da Gorongosa, no centro do país, desde 2016, tal como já o havia feito noutras ocasiões, quando se reacendiam os confrontos entre a Renamo e as forças de defesa e segurança de Moçambique. O líder era um homem controverso,…

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Lá como cá, cá como lá
– As balas andam por aí

O jornalista moçambicano Ericino de Salema foi hoje encontrado gravemente ferido no distrito de Marracuene, a oito quilómetros do centro de Maputo, onde fora raptado por desconhecidos, noticiou o canal privado STV. Lá como cá, quem se atreve a pensar fora da “educação patriótica” sujeita-se a chocar com a morte. Por Orlando Castro Em 2016, o politólogo e comentador do programa “Pontos de Vista”, José Macuane, foi baleado nas pernas por desconhecidos e abandonado numa estrada à saída de Maputo, depois de ter sido levado de carro perto da sua…

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Drama em África. Ainda se amputam e matam albinos

Pelo menos 30 mil albinos moçambicanos foram vítimas de discriminação pela sociedade e muitos correm risco de vida, denuncia a Amnistia Internacional no seu mais recente relatório. Nada é pior do que ser africano e… albino. Este é, infelizmente, um drama recorrente. Em 2015, por exemplo, 13 pessoas albinas morreram em Moçambique vítimas da onda de homicídios contra portadores de albinismo associada a práticas supersticiosas, indicava o relatório da Procuradoria-Geral da República de Moçambique. Mas não é só em Moçambique. A informação, então apresentada pela Procuradora-Geral de Moçambique, Beatriz Buchili,…

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