CABINDA ENTRE A UNITA E O PRA-JA

Da forma como o actual contexto político se apresenta no espaço territorial, é perfeitamente plausível que Cabinda se torne palco de intensa disputa eleitoral entre a UNITA e o partido político de Abel Chivukuvuku nas próximas eleições angolanas, à excepção do MPLA que, pela sua má governação e insensibilidade face aos problemas cruciais do território, nunca mais faria parte do plano de voto da população local. Por Osvaldo Franque Buela (*) batalha eleitoral pelo voto da população de cabinda já está em curso e será interessante, sobretudo porque Abel Chivukuvuku…

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2027, QUE PAPEL PODE CHIVUKUVUKU DESEMPENHAR COM OU SEM O MPLA?

Para dar o mote e responder a esta importante questão, começarei por esclarecer um pouco o percurso político deste actor político, por vezes tratado como um traidor à UNITA, mas também como um iniciador daquilo a que chamamos em política, um vector da terceira via. Por Osvaldo Franque Buela (*) carreira política de Abel Chivukuvuku a partir da CASA-CE e até Ao projecto PRA-JA é marcada por momentos de destaque, cisões e persistência mas acima de tudo a determinação de um homem em constante evolução, tendo em conta o seu…

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EM MEMÓRIA DO PAI DA RESISTÊNCIA E DA NAÇÃO CABINDESA

Nzita Henriques Tiago. Neste mês em que comemoramos a sua partida, lembrei-me novamente do que nos disse, do que nos acontecerá quando não existir mais, de como seremos insultados, difamados e acusados de tudo e qualquer coisa pelos nossos próprios irmãos e, francamente, não passa uma única semana sem que os seus fiéis sejam alvo dessas abominações. Por Osvaldo Franque Buela (*) lertou-nos que nunca devemos subestimar o papel dos serviços de informação estrangeiros na nossa luta, especialmente os serviços angolanos, porque uma das estratégias mais antigas para enfraquecer um…

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ANGOLA: A MORTE TRÁGICA DE VIRIATO DA CRUZ, PAI DO MPLA

Nesta pequena esquina do tempo é meu desejo que os relógios façam uma pequena paragem no seu eterno movimento rumo a um futuro ainda incerto e eu possa reflectir com cada leitor, sem pressas, o que foi a gesta das lutas libertárias pró-independentistas em Angola de modo a perceber-se quanto os estudos neste domínio do conhecimento têm andado todos estes anos carecidos de trabalhos sérios. Por Carlos Pacheco (*) e facto, os saberes relacionados com a História contemporânea de Angola, de 1950 para cá, têm sido objecto de toda uma…

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DIÁLOGO, PAZ E ESPERANÇA? PARA JOÃO LOURENÇO… NÃO!

O destino que se impõe a um povo acaba sempre por vingar-se, pois ao fugir do diálogo, ao matar a esperança dos povos, ao minar a resolução pacífica do conflito em Cabinda, João Lourenço e o MPLA afirmam saber para onde vão, mas todos os angolanos vêem que o país não vai a lado nenhum, mas sobretudo à deriva. Por Osvaldo Franque Buela (*) om João Lourenço e no início do seu consulado, todos nós acreditávamos que finalmente um grande destino aguardava Angola… mas rapidamente percebemos que este destino nem…

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PEQUENO PRESIDENTE OU GRANDE COLONIZADOR?

São os factos que determinam o homem e para responder a esta pergunta, mas não há dificuldade em reconhecer na personalidade do nosso presidente, as características que o fazem, cada vez mais, assemelhar-se a um pequeno, patético presidente, a um desprezível ditador e colonizador dos seus povos, tanto de Angola como de Cabinda, e só por isso, nunca será grande, e nunca será lembrado como um grande, mesmo depois da sua liderança à frente da União Africana. Por Osvaldo Franque Buela (*) randes estadistas dignos desse nome são visíveis, porque…

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A CEGUEIRA DO PODER E O GRITO DA DIÁSPORA

Por mais que se tente disfarçar, a verdade sempre encontra um modo de atravessar fronteiras. E foi isso que aconteceu: a dor e a indignação dos angolanos na diáspora atravessaram oceanos e hoje bateram, em forma de carta aberta, à porta do Presidente da República, João Lourenço. Assinada por cidadãos da sociedade civil, movimentos juvenis, acadêmicos, profissionais da educação, saúde e cultura, essa carta não é um simples pedido – é um grito de socorro. Um clamor colectivo contra práticas discriminatórias e atentatórias à dignidade humana, perpetradas por figuras que…

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UNITA E CABINDAS PROCURAM UMA VERDADEIRA SOLUÇÃO DE PAZ?

Este mês de Abril pôs os Cabindas em estado de ebulição através das actividades políticas da UNITA, e tinha recentemente dito que a UNITA parecia ter-nos ouvido, respondendo com uma proposta que reflecte a sua visão, mas que era preciso fazer prevalecer o nosso próprio caminho e as nossas próprias expectativas em relação ao futuro, com todos aqueles que amam Cabinda e que possamos pôr um fim às nossas divisões e saber explorar ao máximo todas as iniciativas dos partidos políticos da oposição angolana, como a UNITA, e tirar os…

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ÁFRICA. DESTINO TRAÇADO OU FUTURO A RECONSTRUIR?

Enquanto América, Europa, Ásia e Oceânia se desenvolveram, industrializaram-se e consolidaram suas economias, a África permanece, para muitos, o eterno fornecedor de matérias-primas. Por Lukamba Gato m continente rico em recursos naturais, culturas milenares e diversidade humana, mas marcado por séculos de exploração colonial, divisões artificiais e dependência externa. A história do continente africano não é de inferioridade ou incapacidade, mas de um projecto histórico exógeno. Desde a partilha decorrente da Conferência de Berlim em 1885, passando por um colonialismo violento, e depois pelo neocolonialismo disfarçado em acordos económicos e…

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CONDECORAR CRIMINOSOS É CUSPIR NAS VÍTIMAS

Quando o Presidente da República, João Lourenço, condecora criminosos, está a fazer mais do que um acto político — está a cometer uma ofensa moral irreparável. Está a cuspir na cara dos familiares das vítimas. Está a transformar o Palácio Presidencial num altar da impunidade. Está a rasgar o pouco que resta de dignidade institucional. Por Malundo Kudiqueba edalhas deviam ser atribuídas a quem salvou vidas, não a quem as tirou. As homenagens deviam servir para elevar heróis, não para ressuscitar carrascos. João Lourenço escolheu homenagear homens cuja biografia está…

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