TEMPOS COMPLICADOS PARA O “FARDO”

O negócio da venda de roupa usada em Angola, conhecido como “fardo”, tem vindo a declinar por vários factores, como o aumento das taxa de importação e a falta de divisas, segundo alguns operadores. Por Nisa Mendes (texto) e Ampe Rogério (foto) / Lusa ara quem queira comprar roupa usada, pelo menos na província de Luanda, capital do país, não é difícil encontrar nas ruas mulheres sentadas em passeios com as roupas expostas no chão ou nas paredes, havendo também quem opte por “zungar” [venda ambulante] com as vestimentas penduradas…

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A CULPA É SEMPRE DOS OUTROS

O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Tiago Dias, justificou a estagnação do kwanza dos últimos meses com a forte depreciação que a moeda angolana registou no ano passado, principalmente em Maio e Junho. Quem diria? Depreciação levou à estagnação. É obra! resposta tem a ver com “a depreciação que o kwanza registou no ano passado, principalmente nos meses de Maio e Junho. No cômputo geral de 2023, o kwanza registou uma depreciação de 39%, o que acaba por ser bastante significativo”, disse à Lusa o governador, à…

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TRABALHADORES LUSOS (TAMBÉM) COM A CORDA NO PESCOÇO

Atrasos nas transferências de salários e dificuldades de pagamentos devido à falta de divisas prejudicam empresários e trabalhadores portugueses em Angola, que se queixam dos constrangimentos e impacto sobre os negócios, admitindo até o regresso a Portugal. arta S., funcionária de uma seguradora, disse à Lusa que aguarda há três meses pela transferência dos seus salários de Novembro, Dezembro e Janeiro, com poucas ou nenhumas explicações por parte do banco. “Vou insistindo, mas dizem sempre o mesmo, que não têm divisas, ou nem dão satisfações aos clientes, sou eu que…

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AS POLÍTICAS CAMBIAL E COMERCIAL

Em 2022, o Executivo aproveitou o enorme excedente de fluxos de divisas para fazer baixar a taxa de câmbio e, com ela, a inflação. Esta política, aparentemente boa, foi extremamente nociva por duas razões: 1) para os consumidores, por não ser sustentável; 2) para as empresas, porque reduziu a sua competitividade. Por Heitor Carvalho (*) uando uma política que afecta os preços é insustentável, o resultado é sempre mais inflação devido aos aspectos psicológicos! Quando a pressão é no sentido da redução dos preços, a prudência actua sempre no sentido…

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KWANZA NO “OLHO” DA TEMPESTADE PERFEITA

O Banco Angolano de Investimentos (BAI) está preparado para amortecer os choques cambiais e enfrentar uma “tempestade perfeita” como o momento que se vive c em Angola, disse o presidente executivo da instituição financeira, Luís Lélis. uís Lélis, que falava aos jornalistas à margem do XIII Fórum Banca, organizado pelo semanário Expansão, sublinhou que a vida passa por “tempestades mais ou menos intensas” e que “não é por um momento menos bom” que se tem de mudar a estratégia. “O país tem capacidades e competências, o que é preciso é…

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ATÉ OS PRODUTOS DA CESTA BÁSICA SÃO IMPORTADOS

As associações de empresas dos sectores da agricultura, indústria e pescas manifestaram-se hoje preocupadas com a desvalorização da moeda nacional, o kwanza, antevendo o agravamento da inflação. Pelos vistos não perceberam que o MPLA ainda não teve tempo para governar. Senhores! Eles só estão no Poder há 48 anos. Tenham paciência. m declarações à Lusa, o presidente da Associação Agro-pecuária de Angola (AAPA), Wanderley Ribeiro, disse que o tema é uma preocupação para a classe empresarial, agravada pelo facto de os insumos serem quase todos importados, “desde o conhecimento à…

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FALTA DE DIVISAS ACELERA QUEDA DO KWANZA

O economista Wilson Chimuco considerou, hoje, que o Tesouro angolano reduziu a sua quota de oferta de divisas no mercado para atender ao serviço da dívida nos primeiros cinco meses de 2023 e a situação concorre para a desvalorização do kwanza. e acordo com Wilson Chimuco, a desvalorização do kwanza “está a ser justificada, por um lado, pela redução da oferta de divisas no mercado cambial por parte do Tesouro Nacional que em 2022 detinha uma quota de mais de 30% da oferta de divisas”. “Mas, nos primeiros cinco meses…

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Oremos irmãos, agora pelo P(e)DIA

O Governo do MPLA estima gastar cerca de 120 milhões de dólares (101,8 milhões de euros) para, nos próximos quatro anos, aumentar a produção industrial de Angola, reduzir a dependência do exterior, sobretudo dos produtos da cesta básica, e criar empregos. Traduzindo, pretende fazer agora o que não conseguiu fazer nos últimos 45 anos. Oremos irmãos! Estes objectivos constam do Plano de Desenvolvimento Industrial de Angola (PDIA) 2025, apresentado publicamente hoje, em Luanda, pelo ministro do Comércio e Indústria, Victor Fernandes, depois de um processo de auscultação iniciado em agosto…

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Ovo de Colombo? Qual
quê… Ovo de Lourenço!

O secretário de Estado da Economia angolano, Sérgio Santos, disse hoje que o país registou, no primeiro trimestre do ano, uma redução de cerca de 50% das suas importações, fundamentalmente nos produtos da cesta básica. Isto porque… faltaram divisas para pagar ou quem desse fiado. Sérgio Santos falava à margem do projecto de capacitação e qualificação dos recursos humanos, no quadro do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI). Segundo o Secretário de Estado da Economia, as dificuldades na obtenção de divisas para as…

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Reservas líquidas caem
e estão ao nível de 2011

O gabinete de estudos do Banco Fomento Angola disse hoje que as reservas líquidas de Angola em moeda estrangeira caíram para 10,1 mil milhões de dólares, o valor mais baixo desde pelo menos 2011, ano em que começaram a ser feitas estas estatísticas. De acordo com o relatório semanal enviado aos investidores, os analistas do BFA sublinham que este valor, equivalente a 9,1 mil milhões de euros, “é o valor mais baixo desde pelo menos 2011, quando a actual série estatística começou”. No documento, o gabinete de estudos económicos do…

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