A defesa dos activistas que estão a ser julgados, em Luanda, por prepararem uma rebelião e um golpe de Estado para derrubar um presidente nunca nominalmente eleito e que está no poder há 36 anos, garantiu hoje que ao fim de oito sessões do que se convencionou chamar de “julgamento” não passou ainda de acusações sobre alegadas intenções destes jovens. Por Orlando Castro I mporta, entretanto, reconhecer que o regime está dotado de meios para não só conhecer as intenções dos activistas, como para saber o que as pessoas pensam.…
Leia maisEtiqueta: julgamento
Recursos só funcionam nas democracias. Nada a fazer…
Os advogado que defendem os 15 activistas angolanos em prisão preventiva desde Junho, acusados de – entre outros hipotéticos crimes – preparem uma rebelião e um golpe de Estado, interpuseram um recurso para o Tribunal Constitucional, contestando a recusa do Supremo ao pedido de ‘habeas corpus’ para a libertação. O s advogados sabem à partida qual é o resultado do recurso. Pretendem apenas mostrar, mais uma vez, o grau de independência e de desrespeito pela lei que é praticado pelas instâncias judiciais do país. A informação foi avançada hoje à…
Leia maisVídeo abrilhanta a farsa
Os activistas que estão a ser julgados em Luanda, por supostamente prepararem uma rebelião e um atentado contra o Presidente da República, foram hoje confrontados, em julgamento, com um vídeo recolhido, alegadamente, por um agente infiltrado no grupo, com a defesa a querer identificar o autor. O relato foi feito à Lusa pelo advogado David Mendes, no final da sexta sessão do julgamento, que está a decorrer desde 16 de Novembro na 14ª Secção do Tribunal Provincial de Luanda, em Benfica, – ao qual o acesso da imprensa continua proibido…
Leia maisJuízes unidos jamais (diz o regime) serão vencidos
O Tribunal Supremo negou (como, aliás, era esperado) provimento ao pedido de ‘habeas corpus’ para libertação dos 15 activistas em prisão preventiva desde Junho, garantindo (pois!) que os prazos de detenção não foram excedidos. Por Orlando Castro O u seja, a Lei existe apenas para dar cobertura ao que interessa. Quanto ao resto… siga a banda. É, pois, o que diz o acórdão hoje divulgado pela defesa dos activistas. Recorde-se que em causa está um processo em que 17 jovens são acusados, entre um manancial de outros supostos crimes contra…
Leia maisIntervalo na farsa judicial
O Tribunal de Luanda, onde decorre a inaudita farsa de julgamento dos 17 jovens acusados de preparem uma rebelião e mais uma série de crimes contra o Estado, prolongou a encenação por mais uma semana. A ssim, depois de em cinco dias apenas ter sido concluída a audição de dois arguidos, para além de outras peripécias do anedotário jurídico do regime, como foi a leitura integra do livro de Domingos da Cruz, foi decido o prolongamento por mais uma semana. Depois se verá. David Mendes, um dos advogados dos jovens,…
Leia maisJuiz manda ler, na íntegra, livro de Domingos da Cruz
O que se está a verificar no julgamento dos 15+1, jovens presos políticos, parece uma tragicomédia, só possível num regime monárquico, pior que o do rei inglês “João Sem Terra” do século XIII, que teve a hombridade de delimitar o seu poder, por reclamação dos súbditos, dando origem em 15 de Junho de 1215 à Magna Carta. E m 2015, século XXI, no reino de Angola, só existe um poder: o PESSOAL, PRESIDENCIALISTA, ABSOLUTO de José Eduardo dos Santos, que até o judicial controla, nomeando de forma discricionária, os juízes,…
Leia maisOs vários actos de um julgamento da farsa
O julgamento inquisitorial do regime eduardista contra os inocentes jovens presos políticos 15+1, iniciado no dia 16.11, prossegue, mas teve actos dignos de registo, no início que passaremos a descrever. O Governo, como aqui se demonstra, escreve o que não cumpre e manda cumprir o que não escreve. É a desesperada tentativa de encontrar e forjar provas, custe o que custar. PRIMEIRO ACTO A JMPLA (organização juvenil do partido no poder) numa acção “sui generis”, fez-se presente, pelos piores motivos, do lado exterior, para apoiar a manutenção carcerária dos jovens…
Leia maisDemocracia do regime coloca
observadores do lado de fora
Representantes de corpos diplomáticos acreditados em Luanda voltaram hoje a não ter acesso ao julgamento dos 17 activistas acusados de preparem, entre uma tonelada de outros crimes, uma rebelião em Angola. S egundo as fontes das representações diplomáticas da União Europeia e de Portugal, citadas pela Lusa, já no início do julgamento, no tribunal de Benfica, arredores de Luanda, estas não tinham tido acesso à sala de audiências, o mesmo acontecendo com representantes da embaixada dos EUA, por falta de autorização. Hoje, relataram ainda, voltou a registar-se o impedimento de…
Leia maisJornalistas… fora!
O tribunal de Benfica, em Luanda, retomou hoje, sob forte aparato policial, o suposto julgamento dos 17 activistas angolanos acusados de prepararem uma rebelião no país, mas a presença dos jornalistas na sala de audiência deixou de ser autorizada. S e, por lerem um livro e pensarem pela própria cabeça os jovens foram considerados perigosos, o que não pensará o regime dos jornalistas? E quando falamos de jornalistas, importa esclarecer, não estamos a falar de reprodutores da versão oficial, do tipo Jornal de Angola, TPA ou RNA. De acordo com…
Leia maisRegime não dobra activistas
– Descalços sim, mas de pé!
Os jovens activistas angolanos, que hoje começaram a ser julgados e que estão acusados de prepararem uma rebelião, usaram a sala de audiências para manter o protesto contra o regime, escrevendo mensagens na roupa e entrando descalços no tribunal. O s jovens ‘revús’, como são conhecidos, foram aplaudidos em plena sala de audiência e um deles, Benedito Jeremias, usava mesmo uma camisola dos serviços prisionais, onde se podia ler nas costas: “In dubio pro reo [princípio da presunção da inocência]”. Tal como os restantes 14 colegas – mais duas jovens,…
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