No coração de Angola, um dos mais ancestrais reinos africanos mantém-se como referência espiritual e fonte de conhecimentos antigos, acolhendo quem procura auxílio do soberano ou simples visitantes interessados em aprender mais sobre as tradições locais. importância do Bailundo mede-se até pela estrada asfaltada que conduz à Ombala. Foram investidos 104 milhões de dólares (cerca de 88 milhões de euros) na requalificação do espaço e na construção de residências, quatro jangos de trabalho, monumentos e locais onde jazem os ancestrais que fundaram o poder tradicional, além de uma “faculdade” de…
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“AQUELE QUE ESTÁ NO PODER É O ÚNICO QUE ESTÁ A CONTAR A HISTÓRIA”
Ex-combatente nas matas do sul de Angola e actual secretário provincial da UNITA em Mavinga, Bastos Ngangwe lamenta que, 50 anos após a independência, a reconciliação esteja por concretizar e que a história do país seja uma narrativa unilateral. Por Raquel Rio (texto) e Ampe Rogério (foto), da agência Lusa m entrevista à Lusa, afirmou que “estamos num país em que aquele que está no poder é o único que está a contar a história”, criticando a narrativa ditada pelo MPLA, partido que chegou ao poder em 1975 e governa…
Leia maisOPV DO BFA É A MAIOR DA HISTÓRIA DA BOLSA ANGOLANA
O Banco de Fomento de Angola (BFA) lança sexta-feira uma Oferta Pública de Venda (OPV) de 29,75% do seu capital, a maior operação de sempre da bolsa angolana, que deve render mais de 200 milhões de euros aos accionistas. egundo a informação disponibilizada no site do banco, a entrada em bolsa está prevista para o final do mês e a operação envolve a venda de 4,46 milhões de acções ordinárias, representativas de 29,75% do capital, colocadas pelos actuais accionistas – a Unitel, que disponibiliza 15%, e o Banco Português de…
Leia maisMEMÓRIAS DE HÁ 50 ANOS
Antes de me despedir, eu gostaria de ter ido à festa da Queima da Raposa, dos finalistas do Colégio Alexandre Herculano, incinerar algumas memórias das negas que abandonei, vivas e tristes, a pairarem, como espíritos malignos, no ar do Cambiote, na anhara junto à casa do Tio Franklin, e que por vezes me visitam. Por José Filipe Rodrigues s amores adolescentes com a Helena, a loira do liceu, que de tão perfeita e desejada até parecia oxigenada, a que foi com os pais para o Brasil; As lágrimas do Júlio,…
Leia maisEM MEMÓRIA DO PAI DA RESISTÊNCIA E DA NAÇÃO CABINDESA
Nzita Henriques Tiago. Neste mês em que comemoramos a sua partida, lembrei-me novamente do que nos disse, do que nos acontecerá quando não existir mais, de como seremos insultados, difamados e acusados de tudo e qualquer coisa pelos nossos próprios irmãos e, francamente, não passa uma única semana sem que os seus fiéis sejam alvo dessas abominações. Por Osvaldo Franque Buela (*) lertou-nos que nunca devemos subestimar o papel dos serviços de informação estrangeiros na nossa luta, especialmente os serviços angolanos, porque uma das estratégias mais antigas para enfraquecer um…
Leia maisARTE, INVESTIGAÇÃO, HISTÓRIA
O misterioso desaparecimento de um antropólogo angolano durante a guerra civil, nos anos 80, foi o ponto de partida para Victor Gama criar uma obra que cruza arte contemporânea e investigação histórica contra o apagamento das memórias de Angola. partir das notas enigmáticas que recuperou das mãos de um ex-soldado sul-africano, o compositor angolano desenvolveu o projecto tecktonik: TOMBWA no qual o colonialismo português se entrelaça com a guerra de fronteira e os segredos do programa nuclear sul-africano, rompendo o silêncio imposto por décadas de conflito e censura. O dossiê…
Leia mais19 DE MAIO DE 1991. ALTO KAUANGO
A imprensa nacional e do regime do MPLA, bem como a imprensa internacional (nomeadamente a portuguesa) submissa ao regime do MPLA, continua a ter memória curta e, por isso, esquece aquele que foi o primeiro Acordo de Paz, assinado entre as tropas da UNITA e do Governo, a 19 de Maio de 1991, e pelo jornalista William Tonet que mediou as negociações. Foi no Alto Kauango e antecedeu o Acordo de Bicesse. Por Orlando Castro Acordo do Alto Kauango foi um acordo importante entre angolanos. William Tonet, que estava –…
Leia maisCADA MINUTO DESPERDIÇADO É UMA NOVA SENTENÇA CONTRA O FUTURO
Hoje, 4 de Janeiro de 2025, em pleno século XXI, temos o dever o poder e a obrigação moral de superar as limitações dos nossos antepassados. A História deve ser nossa professora, não a nossa prisão. Angolanos e portugueses partilham uma herança complexa, mas essa mesma história que nos uniu em dor pode ser transformada numa ponte para um futuro partilhado de esperança e progresso. Por Malundo Kudiqueba ada minuto desperdiçado é uma sentença contra o futuro. O tempo de agir não é amanhã — é agora. O eco das…
Leia maisCULTURA DAS MIGRAÇÕES AFRICANAS NOS ÚLTIMOS SÉCULOS
A migração é um fenómeno intrínseco à experiência humana, e no caso da África, essa dinâmica tem raízes históricas profundas, que reflectem a complexidade das interacções sociais, económicas e políticas. Por Eugénio Costa Almeida (*) o longo dos últimos séculos, as migrações africanas foram moldadas por uma variedade de factores que incluem colonização, conflitos, busca por oportunidades económicas e, mais recentemente, mudanças climáticas. Este artigo busca explorar essa rica tapeçaria cultural resultante das migrações africanas e sua influência nas sociedades de origem e destino. 1. Histórico das Migrações Africanas migração…
Leia maisA (VERDADEIRA) HISTÓRIA NÃO TEM DONOS
O escritor angolano José Eduardo Agualusa considerou hoje legítimas eventuais “reparações históricas” sobre a responsabilidade de Portugal por crimes cometidos durante a era colonial, lembrando que o país europeu fez o mesmo em relação aos judeus sefarditas. m declarações à Lusa, em Maputo, José Eduardo Agualusa diz que “há uns 12 anos, Portugal decidiu fazer uma reparação relativamente aos judeus que foram expulsos da península ibérica, há mais de 500 anos. A reparação foi dar o passaporte português a quem quisesse e que pudesse provar que descendia dessas famílias de…
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