Nzita Henriques Tiago. Neste mês em que comemoramos a sua partida, lembrei-me novamente do que nos disse, do que nos acontecerá quando não existir mais, de como seremos insultados, difamados e acusados de tudo e qualquer coisa pelos nossos próprios irmãos e, francamente, não passa uma única semana sem que os seus fiéis sejam alvo dessas abominações. Por Osvaldo Franque Buela (*) lertou-nos que nunca devemos subestimar o papel dos serviços de informação estrangeiros na nossa luta, especialmente os serviços angolanos, porque uma das estratégias mais antigas para enfraquecer um…
Leia maisEtiqueta: história
ARTE, INVESTIGAÇÃO, HISTÓRIA
O misterioso desaparecimento de um antropólogo angolano durante a guerra civil, nos anos 80, foi o ponto de partida para Victor Gama criar uma obra que cruza arte contemporânea e investigação histórica contra o apagamento das memórias de Angola. partir das notas enigmáticas que recuperou das mãos de um ex-soldado sul-africano, o compositor angolano desenvolveu o projecto tecktonik: TOMBWA no qual o colonialismo português se entrelaça com a guerra de fronteira e os segredos do programa nuclear sul-africano, rompendo o silêncio imposto por décadas de conflito e censura. O dossiê…
Leia mais19 DE MAIO DE 1991. ALTO KAUANGO
A imprensa nacional e do regime do MPLA, bem como a imprensa internacional (nomeadamente a portuguesa) submissa ao regime do MPLA, continua a ter memória curta e, por isso, esquece aquele que foi o primeiro Acordo de Paz, assinado entre as tropas da UNITA e do Governo, a 19 de Maio de 1991, e pelo jornalista William Tonet que mediou as negociações. Foi no Alto Kauango e antecedeu o Acordo de Bicesse. Por Orlando Castro Acordo do Alto Kauango foi um acordo importante entre angolanos. William Tonet, que estava –…
Leia maisCADA MINUTO DESPERDIÇADO É UMA NOVA SENTENÇA CONTRA O FUTURO
Hoje, 4 de Janeiro de 2025, em pleno século XXI, temos o dever o poder e a obrigação moral de superar as limitações dos nossos antepassados. A História deve ser nossa professora, não a nossa prisão. Angolanos e portugueses partilham uma herança complexa, mas essa mesma história que nos uniu em dor pode ser transformada numa ponte para um futuro partilhado de esperança e progresso. Por Malundo Kudiqueba ada minuto desperdiçado é uma sentença contra o futuro. O tempo de agir não é amanhã — é agora. O eco das…
Leia maisCULTURA DAS MIGRAÇÕES AFRICANAS NOS ÚLTIMOS SÉCULOS
A migração é um fenómeno intrínseco à experiência humana, e no caso da África, essa dinâmica tem raízes históricas profundas, que reflectem a complexidade das interacções sociais, económicas e políticas. Por Eugénio Costa Almeida (*) o longo dos últimos séculos, as migrações africanas foram moldadas por uma variedade de factores que incluem colonização, conflitos, busca por oportunidades económicas e, mais recentemente, mudanças climáticas. Este artigo busca explorar essa rica tapeçaria cultural resultante das migrações africanas e sua influência nas sociedades de origem e destino. 1. Histórico das Migrações Africanas migração…
Leia maisA (VERDADEIRA) HISTÓRIA NÃO TEM DONOS
O escritor angolano José Eduardo Agualusa considerou hoje legítimas eventuais “reparações históricas” sobre a responsabilidade de Portugal por crimes cometidos durante a era colonial, lembrando que o país europeu fez o mesmo em relação aos judeus sefarditas. m declarações à Lusa, em Maputo, José Eduardo Agualusa diz que “há uns 12 anos, Portugal decidiu fazer uma reparação relativamente aos judeus que foram expulsos da península ibérica, há mais de 500 anos. A reparação foi dar o passaporte português a quem quisesse e que pudesse provar que descendia dessas famílias de…
Leia maisREPARAÇÕES SIM, SE FOREM ATRIBUÍDAS SEM CULPAS
O escritor moçambicano e um dos maiores da Lusofonia, Mia Couto, defendeu, em declarações à Lusa, que a dívida dos países africanos pode ser uma das vertentes num eventual processo de reparação do período colonial, mas não como forma de “culpabilização”. ia Couto afirma: “O que a gente quer da história é exactamente que não se apague aquilo que é a verdade histórica, mas que ela não seja o fundamento para qualquer sentimento de culpabilização. Não tem que haver culpa das gerações de hoje sobre coisas que foram feitas num…
Leia maisHISTÓRIA(S) DA REVOLTA DE CASSANGE
Assinala-se hoje, 4 de Janeiro, a revolta da Baixa do Cassange, em Angola, um trágico acontecimento que ocorreu (até quanto à data não há certezas) no dia 4 ou 6 de Janeiro de 1961 e que na sua essência resultou da sublevação dos trabalhadores da cultura do algodão. Por Orlando Castro tenente-coronel António Lopes Pires Nunes, no livro “Angola 61 – Da Baixa de Cassange a Nambuangongo” (Editora Prefácio) conta que “durante as operações de pacificação da Baixa do Cassange, o major Rebocho Vaz, comandante do Batalhão Eventual constituído para…
Leia maisO ESPELHO (DE AUMENTO) DA MINHOCA
Há 35 anos, o xadrez da geopolítica mundial jogava-se em terras angolanas no distante Cuito Cuanavale, transformado no palco da última grande batalha da Guerra Fria, uma história com diferentes versões com muito ainda por contar. ntre 15 de Novembro de 1987 e 23 de Março de 1988, ali se enfrentaram as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) do Estado angolano (leia-se MPLA), apoiadas por Cuba e pela União Soviética, e os guerrilheiros das FALA, exército da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), liderados por…
Leia maisTENTATIVA DE ADULTERAR A HISTÓRIA DE ANGOLA
Ao longo das peripécias travadas nos confrontos contra os próprios patrícios, o MPLA foi, escrupulosamente, adulterando todos os episódios, passando-nos a ideia de que o herói era o vilão e o vilão o herói. Nesta ordem de adulteração dos factos, a mais penalizada acaba sendo a História de Angola. Um dos factos que, como pulga na orelha, continua irrequieto, entretanto, longe de um ponto parágrafo, é o ataque ao comboio no Zenza do Itombe, na província do Kwanza-Norte. Quem foi, verdadeiramente, o responsável? Por Domingos Miúdo em a pretensão de…
Leia mais