A violência doméstica é um fenómeno humilhante, mas, infelizmente, muitas pessoas, ainda, são vítimas dela em pleno século XXI. Este crime macabro e hediondo é traumatizante para quem o sofre na pele. Por Pascoal Pedro Adão Neto Milhares de mulheres vivem sofrendo, no mais absoluto silêncio, a dor de um matrimónio de amargura e tortuoso. Quiçá por medo ou vergonha, muitas mulheres preferem calar-se e não denunciar os seus agressores e continuam a prolongar, às vezes, a sua angústia. Quantas mulheres chegam às suas casas fatigadas, depois de um longo…
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Violência doméstica,
Quem guarda as guardiãs?
Nunca me esqueci das palavras de um cavalheiro aqui há uma boa meia-dúzia de anos queixando-se do facto de em Portugal, segundo ele, se verificar que quer juízes quer procuradores do Ministério Público serem, e cito: ”…cada vez mais mulheres e cada vez mais novas…” Por Brandão de Pinho Naturalmente que achei essa afirmação prenhe de preconceito mesmo quando esse meu interlocutor me retorquiu: “…qualquer macaco velho e batido…” – reportava-se a um eventual advogado – “…dá meia dúzia de berros e tangas e a juíza nem sabe se há-de…
Leia maisUrge rever a lei sobre violência doméstica
A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher de Angola, Vitória da Conceição, defendeu hoje a revisão da lei da violência doméstica, crime que começa a “constituir-se num problema de saúde pública”. A governante, que falava hoje, em Luanda, na cerimónia de encerramento da 1ª fase da consulta pública para avaliar a implementação, nos últimos sete anos, da Lei Contra a Violência Doméstica, apontou a necessidade da sua revisão em face das actuais mudanças. Segundo Vitória da Conceição, “após sete anos de execução e considerando as mudanças” na…
Leia maisMe Too: Confessar
o nosso machismo
É verdade. Também sou machista, confesso. E se são esmagadoramente machistas todos os nascidos na década de 80 do século passado, jovens, portanto, todos os nascidos anteriores à referida época são naturalmente ainda mais. É assim em Angola, em outros países africanos e também nos outros continentes. Por Sedrick de Carvalho Começo por confessar ser machista porque considero ser importante primeiro reconhecer que nós, homens, somos essencialmente machistas para, com coerência, participarmos com afinco na abordagem que visa desconstruir os mitos, subterfúgios e argumentos em volta do papel submisso das…
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