MEMÓRIAS DA (DESPED)IDA

Nova Lisboa (Huambo). Antes de me despedir, eu gostaria de ter ido à festa da Queima da Raposa, dos finalistas do Colégio Alexandre Herculano, incinerar algumas memórias das negas que abandonei, vivas e tristes, a pairarem, como espíritos malignos, no ar do Cambiote, na anhara junto à casa do Tio Franklin, e que por vezes me visitam. Por José Filipe Rodrigues Os amores adolescentes com a Helena, a loira do Liceu (Nacional General Norton de Matos), que de tão perfeita e desejada até parecia oxigenada, a que foi com os…

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LONGAS MEMÓRIAS TÊM 100 ANOS

Adriano Moreira faz hoje 100 anos. Em Julho recebeu, em Portugal, o grau de Doutor Honoris Causa do Instituto Universitário Militar. Em Junho foi agraciado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem de Camões. Recordemos o que, sobre Cabinda, escreveu em artigo publicado Diário de Notícias em 30 de Novembro de 2004. «Nesta questão da globalização, em que circulam expressões como Estado-continente para designar os de maior extensão territorial e Estado-baleia para referir os das populações desmedidas, acrescendo o fenómeno dos grandes espaços que agregam várias soberanias cooperativas,…

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“Dos Santos já não faz nada de positivo para Angola”

Porque quem não tiver memória nunca será livre, recordamos hoje uma entrevista a Sedrick de Carvalho, publicada pelo Folha 8 no dia 20 de Julho de 2016 e feita pelo nosso companheiro Antunes Zongo. «Desde a Independência, proclamada 11 de Novembro de 1975, que o regime que lidera a República de Angola desde então usa o pretexto de “tentativa de golpe de Estado” sempre que pretende livrar-se física ou politicamente de um opositor, seja este do interior ou exterior ao partido MPLA. Foi assim em 1977, na chamada “Purga de…

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A memorável e individual memória

A 15 de Março de 1961 começou, em Angola, a guerra contra a dominação colonial portuguesa. Entre muitas obras já escritas, recordamos a “Guerra Colonial – A História na Primeira Pessoa”, 16 volumes publicados em 2011 e de que são autores dois jornalistas angolanos, Orlando Castro (hoje director-adjunto do Folha 8) e Paulo F. Silva (já falecido). “Para Angola depressa e em força”, anunciou António de Oliveira Salazar no rescaldo da insurreição angolana em 1961. Entre as plantações de algodão e café, as intervenções militares portuguesas começavam a ser uma…

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Memórias da libertação

No dia 28 de Agosto, pelas 9 horas, terá lugar no Auditório da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, em Luanda, o Colóquio Internacional “Ecos da História: Memória, Comemoração e Silêncio na Luta de Libertação de Angola”. O evento inclui a mostra do filme Independência em colaboração com a ATD – Associação Tchiweka de Documentação. O Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, através do projecto CROME – Memórias Cruzadas, Políticas do Silêncio, e a Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, juntam-se para organizar um…

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Nero, o cão mais feroz
do Bairro Académico

Antes da independência de Angola, na actual cidade do Huambo, o Ferreira e o Galinho viviam em casas muito próximas, no Bairro Académico. As suas ocupações, depois do horário normal do trabalho, de segunda a sábado, não deixavam tempo livre para convívios e conversas entre ambos. Por José Filipe Rodrigues (*) O Ferreira era explicador de Português e de Matemática. O Galinho era radioamador. Após as cinco da tarde, durante a semana, e aos sábados, da parte da tarde, as suas agendas estavam sempre muito preenchidas. O Ferreira ensinava um…

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A propósito de café

O consumo de café pode contribuir para mais longevidade, ajudando a evitar doenças cardíacas, renais, respiratórias, cancros, AVC ou diabetes, segundo um estudo em que foram analisadas mais de 180 mil pessoas. Por Orlando Castro A investigação, que será divulgada amanhã, terça-feira, na publicação especializada Annals of Internal Medicine, baseou-se num estudo feito nos EUA entre diversas etnias pela Universidade do Hawaii e a Escola de Medicina Keck, da Califórnia “Não podemos dizer que beber café prolonga a vida mas vemos uma associação”, afirmou Verónica Setiawan, professora de medicina preventiva…

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