Os activistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue foram mortos por “orientação superior”, disseram em tribunal dois dos acusados do rapto e assassinato. Nada que já não se soubesse. A acusação, ou confirmação, foi feita perante o juiz Carlos Baltazar por Manuel Miranda, antigo investigador do distrito urbano da Ingombota, e Luís Miranda, ex-chefe dos Serviços de Informação do Comando de Divisão da Ingombota, que confessaram ter sido os autores do rapto de Alves Kamulingue. Acrescentaram, contudo, desconhecer quem disparou mortalmente contra o activista, ao mesmo tempo que confessaram que a…
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Retomado (até ver) julgamento dos homicidas de Kamulingue e Cassule
O Tribunal Provincial de Luanda (TPL) retoma hoje o julgamento do rapto e homicídio de dois opositores do regime angolano, dois meses depois da suspensão provocada pela estratégica promoção militar de um dos arguidos do processo. Os dois opositores, Alves Kamulingue e Isaías Cassule, foram raptados na via pública, em Luanda, nos dias 27 e 29 de Maio de 2012, quando tentavam organizar uma manifestação de veteranos e desmobilizados contra o Governo de José Eduardo dos Santos. Foram assassinadas por elementos da Polícia Nacional e dos Serviços de Informação, conforme…
Leia maisSó os esbirros do regime são inocentes até prova em contrário
Está no segredo dos deuses, ou seja, na gaveta do seu representante na terra, o trabalho da comissão anunciada pelo presidente José Eduardo dos Santos para investigar a promoção a general, depois cancelada, de um agente dos serviços secretos acusado de envolvimento no assassinato de activistas Isaías Cassule e Alves Kamulingue. Apromoção levou á suspensão do julgamento dos acusados de assassinarem estes dois angolanos e constituiu um sério embaraço, se é que há alguma coisa que seja embaraço para o regime, para o presidente que foi forçado a cancelar no…
Leia maisUns cortam o pescoço. Outros atiram-nos aos jacarés
O chamado Estado Islâmico continua a executar, com ou sem vídeos, quem os chateia ou, também, quem é útil à sua propaganda. Ao que tudo indica, alguns dos integrantes deste grupo terrorista, pela sua metodologia de “trabalho”, bem poderiam ter “estagiado” em Angola. Seguem a originária metodologia do regime que, embora sem alarde, também “decapita” todos aqueles que pensam de forma diferente. São disso exemplos, entre outros, Alves Kamulingue e Isaías Cassule. Os jihadistas justificam as decapitações como retaliação aos ataques dos EUA. A comunidade internacional uniu-se para condenar a…
Leia mais“As coisas estão a mudar em Angola”. Estarão?
O advogado e activista social David Mendes classificou hoje a revogação da promoção a brigadeiro de um dos alegados autores do homicídio de dois opositores do regime angolano (Alves Kamulingue e Isaías Cassule) como “um sinal de que as coisas estão a mudar” no país. Será? “Este gesto do Presidente [revogação da promoção] é um sinal de que as coisas estão a mudar e vão continuar a mudar. É um sinal claro do Presidente para algumas pessoas, que pensavam que estariam impunes, de que a era da impunidade está a terminar”, afirmou à Lusa…
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