OS MISTÉRIOS AFRICANOS

Uma nova espécie de enguia foi identificada nos mares de Cabo Verde, segundo o estudo publicado por uma equipa de investigadores, destacando-se pela morfologia distinta e divergência genética face a espécies próximas.

Por Orlando Castro

A “nova espécie de enguia-nariz-de-colher (Mystriophis caboverdensis) é descrita a partir do arquipélago de Cabo Verde com base num único exemplar adulto”, com pouco mais de sete centímetros de comprimento, lê-se no resumo publicado no portal Zootaxa de registo zoológico internacional.

O estudo indica que o animal coexiste ao largo da costa da África Ocidental com duas espécies morfologicamente semelhantes, mas das quais se diferencia por várias características anatómicas.

Entre os traços, os investigadores destacam diferenças “na barbatana dorsal”, nos “maxilares internos e externos”, assim como na cabeça, entre outros.

Comparando os genes da nova espécie e de outra semelhante, recolhida ao largo da costa da Guiné, “a análise revela uma divergência clara entre ambas”.

O estudo inclui ainda um registo fotográfico de um exemplar de grandes dimensões (cerca de um metro) do género, proveniente de São Tomé e Príncipe, e propõe uma chave de identificação científica revista para as espécies deste género.

A publicação é assinada por vários autores, encabeçada por Alciany Nascimento da Luz, Sandra Margarida Correia e Evandro P. Lopes.

O portal Zootaxa é gerido pela editora Magnolia Press (Nova Zelândia) desde 2001, apresentando artigos taxonómicos, incluindo muitos que descrevem novas espécies.

Um mês depois da morte de Nelson Mandela não pararam de surgir homenagens à sua memória. Uma das primeiras foi uma nova espécie de lagosta que foi descoberta na costa da África do Sul e os cientistas deram-lhe o nome do antigo líder sul-africano.

A lagosta representou uma descoberta para a comunidade científica já que não é muito similar a um crustáceo da mesma espécie. Encontrada na costa da África do Sul em 2011 permaneceu até então sem uma denominação científica. No entanto, após a morte de Nelson Mandela os cientistas decidiram fazer-lhe uma homenagem e baptizaram a lagosta com o seu nome – Munidopsis Mandelai (nome científico).

A lagosta, que tem várias semelhanças com um caranguejo, foi descoberta por Diva Amon, uma estudante de doutoramento do Museu de História Natural, em Londres.

“Descobrimos a nova espécie inesperadamente, durante uma investigação subaquática à madeira e ossos de baleia no monte subaquático no sudoeste do oceano Índico, uma área inexplorada”, explicou Diva Amon, citada pelo Daily Mail.

A nova espécie de lagosta foi encontrada a uma profundidade de 750 metros e tem uma carapaça de apenas sete milímetros. “A descoberta é outro exemplo de como a exploração das águas profundas continua a revelar os mistérios dos ecossistemas subaquáticos”, concluiu a investigadora.

Conhecida esta notícia, os cientistas angolanos do MPLA (os únicos oficialmente reconhecidos como tal) não quiseram, – e muito bem – ficar atrás. Vai daí, fizeram aprofundados estudos em alguns dos nossos rios para confirmar o que há muito se suspeitava sobre a existência de uma desconhecida espécie de jacarés.

Trata-se de uma rara espécie. E de cor preta e vermelho-rubro, ostentando no dorso uma roda dentada e uma catana.

Os dados recolhidos ao longo das últimas cinco décadas permitiram concluir tratar-se de um tipo de jacarés com elevado quociente de inteligência, pois só se alimentam de seres humanos considerados de segunda categoria, para além de respeitarem democrática e solenemente a escolha da ementa dos tratadores.

Embora se desconfiasse que a espécie existia há muitos anos, só em 2013 foi possível confirmar, através de insuspeitos testemunhos, que esses jacarés têm uma especial predilecção alimentar por cidadãos que antes tenham estado detidos e tenham sido torturados.

Na posse destes elementos testemunhais, os cientistas procuraram “in loco” outras provas, contando para isso com o apoio táctico e logístico das forças de segurança do país, elas próprias exímias na manutenção e sobrevivência desta espécie.

Embora existissem muitos nomes passíveis de serem dados a estes jacarés, é tradição os cientistas respeitarem escrupulosamente a hierarquia política da pátria dos animais, desconhecendo que o soba-maior passaria em 2017 a ser outro. Foi então que lhe deram o nome de Crocodylus Eduardo dos Santos.

Os cientistas do MPLA (que continuam a ser os únicos oficialmente reconhecidos como tal) estavam, entretanto, num grave dilema. Tinham de descobrir uma qualquer espécie ainda desconhecida à qual possa ser dado o nome do nosso novo “querido líder”.

E, pelos vistos, já descobriram. Trata-se de uma espécie carnívora de médio a grande porte que ocupa lugares cimeiros na cadeia alimentar. A sua cabeça é grande em relação ao corpo, com orelhas relativamente grandes de terminação em bico ou arredondada e músculos maxilares poderosos.

As patas traseiras, fortemente musculadas, são mais curtas que as da frente, o que dá um aspecto assimétrico ao animal. Apesar de serem caçadores eficientes, grande parte da sua alimentação das é à base de carcaças que encontram ou que roubam a outros carnívoros.

Não é uma espécie que atinja altas velocidades, mas é resistente e pode perseguir uma presa ao longo de vários quilómetros. É um animal gregário e têm hábitos nocturnos, embora possa pontualmente estar activa de dia. Produz um som parecido com o de uma risada.

E já está cientificamente baptizada. Chama-se Hyaenidae João Lourenço. Ou seja, abreviadamente, Hiena JLo.

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