ANGOLA “FURA” ACORDO E AUMENTA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

ANGOLA. A produção petrolífera angolana aumentou em Fevereiro, face ao mês anterior, em 17.100 barris por dia, aproximando-se da Nigéria, que iniciou 2018 no topo dos produtores africanos, segundo a Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

De acordo com o último relatório mensal daquela organização, relativo a Fevereiro, Angola atingiu no segundo mês do ano uma produção diária média de 1,613 milhões de barris de crude (após revisão da OPEP ao relatório de Janeiro), com dados baseados em fontes secundárias.

Com este registo, em volume produzido, Angola continua atrás da Nigéria, país que viu a sua produção igualmente aumentar em Fevereiro, em 24.900 barris diários, para uma média de 1,806 milhões de barris por dia, de acordo com os mesmos dados da OPEP, igualmente com base numa revisão aos de Janeiro.

Durante praticamente todo o ano de 2016 e até Maio de 2017, Angola liderou a produção de petróleo em África, posição que perdeu desde então para a Nigéria.

A produção naquele país foi condicionada entre 2015 e 2016 por ataques terroristas, grupos armados e instabilidade política interna.

O acordo entre os países produtores de petróleo, para reduzir a produção e fazer aumentar o preço do barril, obrigou Angola a cortar 78.000 barris de crude por dia com efeitos desde 1 de Janeiro de 2017, para um limite de 1,673 milhões de barris diários.

Um acordo que Angola terá “furado” em Outubro passado, ao produzir 1,689 milhões de barris por dia, segundo os dados da OPEP com base em fontes secundárias.

O relatório da OPEP refere também que, em termos de “comunicações directas” à organização, Angola terá produzido 1,498 milhões de barris de petróleo por dia em Fevereiro, neste caso uma quebra equivalente a 64.000 barris diários face a Janeiro. Já a Nigéria aumentou o volume em 91.500 barris diários, para 1,732 milhões de barris de petróleo por dia em Fevereiro.

Angola enfrenta desde final de 2014 uma profunda crise económica, financeira e cambial decorrente da forte quebra nas receitas petrolíferas.

Em menos de dois anos, o país viu o preço do barril exportado passar de mais de 100 dólares para vendas médias, no primeiro semestre de 2016, de 36 dólares por barril, segundo dados do Ministério das Finanças de Angola.

Desde o início de 2017 que as vendas de petróleo angolano têm estado, em regra, acima dos 50 dólares por barril no mercado internacional, tendo, entretanto, tocado nos 70 dólares.

Lusa

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