ANGOLA. A produção petrolífera angolana voltou a aumentar em Dezembro, em cerca de 44.800 barris diários, mas distanciando-se da líder Nigéria, que fechou 2017 no topo dos produtores africanos, segundo a OPEP.
De acordo com dados do último relatório mensal da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), Angola atingiu em Dezembro uma produção diária média de 1,633 milhões de barris de crude, com dados baseados em fontes secundárias.
Com este registo, em volume produzido, Angola continua atrás da Nigéria, país que viu a sua produção aumentar em Dezembro em 75.700 barris diários, para uma média de 1,861 milhões de barris por dia, de acordo com os mesmos dados da OPEP.
Durante praticamente todo o ano de 2016, e até Maio de 2017, Angola liderou a produção de petróleo em África.
A produção na Nigéria foi condicionada entre 2015 e 2016 por ataques terroristas, grupos armados e instabilidade política interna.
O acordo entre os países produtores de petróleo, para reduzir a produção e fazer aumentar o preço do barril, obrigou Angola a cortar 78.000 barris de crude por dia com efeitos desde 1 de Janeiro de 2017, para um limite de 1,673 milhões de barris diários.
Um acordo que Angola terá ‘furado’ em Outubro passado, ao produzir 1,689 milhões de barris por dia, segundo os dados da OPEP com base em fontes secundárias.
O relatório da OPEP refere ainda que em termos de “comunicações directas” à organização, Angola terá produzido 1,548 milhões de barris de petróleo por dia em Dezembro, uma quebra equivalente a 59.000 barris diários face a Novembro, enquanto a Nigéria aumentou para 1,636 milhões de barris por dia.
Angola enfrenta desde final de 2014 uma profunda crise económica, financeira e cambial decorrente da forte quebra nas receitas petrolíferas.
Em menos de dois anos, o país viu o preço do barril exportado passar de mais de 100 dólares para vendas médias, no primeiro semestre de 2016, de 36 dólares por barril, segundo dados do Ministério das Finanças de Angola.
Desde o início de 2017 ano que as vendas de petróleo angolano têm estado, em regra, acima dos 50 dólares por barril no mercado internacional, tendo entretanto tocado nos 70 dólares.
Lusa