ESTAMOS SAFOS. CHEGARAM… 29 TURISTAS!

Um navio cruzeiro denominado “CH Vega”, proveniente da Cidade do Cabo, África do Sul, atracou no Porto do Namibe com 29 turistas, que visitaram alguns pontos turísticos desta província. Não há dúvidas. O programa turístico do MPLA é um sucesso! Vice-governadora diz que falta pouco para a província ser uma referência do turismo… mundial.

A bordo da embarcação viajam turistas de nacionalidade portuguesa, norte-americana, australiana, russa e inglesa, que chegaram à esta província no âmbito do circuito turístico “Namibe-Tour”.

Na recepção dos turistas, a vice-governadora provincial do Namibe para os Serviços Técnicos e Infra-estruturas, Ema da Silva, considerou como um passo significativo a vinda do navio cruzeiro a Angola, numa altura em que as autoridades desenvolvem acções para alavancar o turismo.

Ema da Silva acrescentou que a inclusão do Namibe no programa da visita coloca a província na rota do turismo internacional, uma vez que a presença dos turistas constitui uma grande oportunidade para demonstrar os recursos turísticos, como sítios, cultura, a arquitectura, o povo, o património material e imaterial da região.

A vice-governadora salientou que a conclusão do projecto de requalificação e ampliação do Porto do Namibe vai permitir a criação de condições para a recepção de navios cruzeiros de grande porte e com maior frequência, tornando, deste modo, a província numa referência do turismo mundial.

Um dos responsáveis da agência de viagens Travel Geste, José Cabral, disse que Angola está a tornar-se num país atractivo para as companhias de cruzeiro, destacando que os portos do Lobito e do Namibe despertam interesse das empresas do sector, referindo que o roteiro turístico inclui a Lagoa do Arco, o Cine-Estúdio, a Igreja de Santo Adrião, a Fortaleza de São Fernando e a Marginal de Moçâmedes.

Na ocasião, Pinto Pedroto, turista português, afirmou que sempre manifestou interesse de visitar o deserto do Namibe e os seus atractivos, com destaque para a Welwitschia, a Lagoa do Arco e as Colinas.

Recorde-se que na passada segunda-feira o Presidente general João Lourenço, pediu ao novo ministro do Turismo (Márcio Daniel) aquilo que já tinha pedido ao anterior titular da pasta, que o Titular do Poder Executivo (João Lourenço) tinha solicitado ao anterior do anterior, sendo que o Presidente do MPLA, João Lourenço, havia feito ao anterior do anterior e que este fizera ao seu antecessor….

Ou seja, o Presidente quer um diagnóstico para apurar por que razão o país não conseguiu ainda “verdadeiramente atrair turistas”, apesar de “todas as condições que Angola tem”. Numa linguagem mais terra-a-terra, João Lourenço quer saber porque razão as couves plantadas com a raiz para cima… morrem.

“O factor guerra está ultrapassado, já lá vão 22 anos, isentamos os vistos aos cidadãos de mais de 90 países, melhorámos o ambiente de negócios, no geral, e mesmo assim o que constatamos na realidade é que não sentimos a mudança necessária no que diz respeito à procura do nosso país como o novo destino turístico”, disse o Presidente angolano.

Segundo João Lourenço (pouco importa qual deles), é preciso fazer aquilo que o MPLA não fez em 50 anos, solidificando a tese de que o MPLA fez mais nos últimos 50 anos do que os portugueses em 500, ou seja um trabalho (e, convenhamos, trabalhar não é parte identitário do ADN no MPLA) conjunto para uma viragem significativa no quadro do turismo de Angola.

O chefe de Estado sublinhou (pelos vistos ninguém no MPLA ainda tinha reparado nisso) a importância do turismo para a economia nacional, no quadro do esforço que tem vindo a ser feito para a diversificação económica, de encontrar outras fontes de receitas, sobretudo de divisas, e impulsionar a economia não petrolífera. Esperava-se que o Presidente do MPLA anunciasse que o general João Lourenço iria baixar uma ordem superior ordenando que, no âmbito da tal diversificação económica, os agricultores começassem a plantar as couves com a raiz para baixo. Mas ainda não foi desta…

“O turismo é um bom embaixador dos países que têm o turismo desenvolvido, porque leva o nome desse país aos quatro cantos do mundo, mas é um dos sectores que cria bastante emprego”, disse, com a sua habitual perspicácia, João Lourenço, realçando que o Governo está a lutar contra o desemprego, sobretudo dos jovens, e “o turismo é um daqueles sectores que pode contribuir de forma considerável para baixar os índices de desemprego, que o país, infelizmente, ainda vive”.

Curiosamente, no passado dia 27 de Março, o secretário de Estado do Turismo, Hélder Marcelino, disse, em Luanda, que o Governo trabalha para aumentar o peso do turismo na economia, com a criação de mais empregos, face às oportunidades que o sector oferece. Tirando a questão de que o Governo… trabalha, o resto é mais do mesmo. Aliás, ou o discurso de hoje de João Lourenço foi escrito por este seu auxiliar, ou o Presidente plagiou-o.

Artigos Relacionados

One Thought to “ESTAMOS SAFOS. CHEGARAM… 29 TURISTAS!”

  1. […] post ESTAMOS SAFOS. CHEGARAM… 29 TURISTAS! appeared first on Jornal Folha […]

Leave a Comment