“Rapper” Prodígio cria centro para apoiar jovens talentos

O “rapper” angolano Prodígio quer ajudar outros “prodígios” a realizarem os seus sonhos e criou um centro juvenil, hoje inaugurado em Luanda para ajudar a desenvolver as suas ideias e projectos

O espaço Prodigia-te, no bairro Prenda, um dos mais tradicionais de Luanda, onde foi criado Osvaldo Moniz, mais conhecido como “Prodígio”, é um projecto social que vai abrir portas a jovens adolescentes que se distingam em várias áreas, do xadrez à música, identificando talentos nas comunidades e ajudando desenvolver as suas competências

“O objectivo é não ser o único, não estar sozinho dentro da sala, partilhar, trazer esperança para essas crianças que estão onde eu comecei”, disse o músico, explicando que o centro vai estar direccionado “para os que se portam bem”

“Isto é para potencializar os que já tem potencial, os que são bons na música e que se portam bem na escola. Não é para meter a linha quem anda torto”, complementou, esperando que o centro seja “um veículo para chegarem onde quiserem chegar”.

Adolescentes entre os 13 e os 17 anos são os alvos preferenciais do projecto e terão de ser “muito bons”, em informática, música ou xadrez.

Prodígio já iniciou um processo de selecção para avaliar o talento de alguns jovens que vão ser também acompanhados por uma equipa especializada “para perceber como estão em casa”

“Pode ser o melhor músico do mundo, mas se for rebelde em casa, aqui não é o lugar”, realçou o artista.

No centro, vão ser acompanhados por instrutores e poderão aceder a cursos na área das Tecnologias de Informação, bem como a um estúdio totalmente equipado.

“O objectivo é fazer um álbum todos os anos, sem terem de depender das ‘majors’ [grandes editoras]. O meu caminho foi muito difícil, quem me dera ter tido um “Prodígio” nessa altura”, disse o “rapper” e ex-integrante da banda Força Suprema, sublinhando que esta será “uma ferramenta” para criarem e lançarem músicas sem intermediários.

O centro, instalado num prédio antigo do Prenda, abriu hoje em Luanda, mas a ideia é replica-lo nas províncias, acrescentou.

Lusa

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