Evidências encontradas numa gruta na África do Sul indicam que três dos mais antigos parentes da humanidade viviam no mesmo lugar, ao mesmo tempo, há dois milhões de anos. Estudos mais evoluídos, desenvolvidos pelos peritos do Departamento de Informação e Propaganda do MPLA, revelam que pelo menos um deles era seu… militante. Daí a razão do slogan “O MPLA é Angola e Angola é do MPLA”.
Paleontólogos descobriram fósseis de Australopithecus africanus, Paranthropus Robustus (um ancestral não directamente relacionado com os humanos modernos) e, mais recentemente, aquele que pode ser o mais antigo fragmento de crânio do Homo erectus já encontrado.
Neste mesmo local, uma rede de 466 quilómetros quadrados de grutas de calcário perto de Joanesburgo, já foram encontrados mais de 900 fósseis de hominídeos. Pela profusão de achados, Drimolen, como é chamado o lugar, também é conhecido como “Berço da Humanidade”.
Os fósseis em questão formam o topo do crânio de uma criança de dois ou três anos, e receberam o nome código NHH 134, de acordo com o estudo publicado na Science. “Durante as nossas escavações nas escolas de campo em Drimolen, um estudante começou a descobrir um aglomerado de fragmentos. Vimos que eram partes de um crânio. Mas não eram imediatamente identificáveis”, revelou Stephanie Baker, pesquisadora da Universidade de Joanesburgo.
“Ao longo da temporada de campo, mais e mais fragmentos foram descobertos. Começamos a juntá-los. Ninguém conseguiu decidir do que era essa calota craniana, até que uma noite tudo se juntou – e percebemos que estávamos olhando para um Hominini“, lembra Stephanie, referindo-se à tribo de primatas que inclui os chimpanzés (Pan) e os humanos (Homo).
O próximo desafio foi tentar descobrir de qual das espécies diferentes de ancestrais humanos eram aqueles fragmentos. “Comparamos a calota craniana montada com todos os outros exemplos de hominídeos na área. Eventualmente, o seu formato e cavidade cerebral relativamente grande significavam que estávamos a olhar para o Homo erectus“, completa a pesquisadora.
O Homo erectus é um dos ancestrais directos dos humanos, e é mais conhecido por ter migrado da África para o resto do mundo. Como andavam na vertical, essa espécie é mais “humana” do que os outros hominídeos encontrados no berço. Com braços mais curtos e pernas mais longas, eles podiam andar e correr por longas distâncias.
Nenhum outro fóssil do Homo erectus havia sido encontrado na África do Sul antes. O período sugerido pelas camadas de solo onde os fragmentos do crânio foram encontrados sugeriam um achado bem antigo. “Antes de encontrarmos o DNH 134, sabíamos que o Homo erectus mais antigo do mundo era de Dmanisi, na Geórgia, datado de 1,8 milhão de anos atrás”, explica a pesquisadora.
Utilizando datação paleomagnética, ressonância de rotação electrónica, datação por chumbo e datação faunística, os cientistas conseguiram estimar uma data. “Reunimos todas as datas de cada uma dessas técnicas e, juntas, elas mostraram que tínhamos uma idade muito precisa. Agora sabemos que a pedreira principal de Drimolen e todos os fósseis nela existentes datam de 2,04 a 1,95 milhões de anos atrás”, acredita Baker.
“A idade do fóssil DNH 134 mostra que o Homo erectus existia 150 mil a 200 mil anos antes do que se pensava”, afirma Andy Herries, chefe do Departamento de Arqueologia e História da Universidade La Trobe, na Austrália. A descoberta tem implicação directa para os estudos das origens dos seres humanos, uma vez que o Homo erectus é um de nossos ancestrais directos.
“Até essa descoberta, sempre assumimos que o Homo erectus era originário da África Oriental. Mas o DNH 134 mostra que ele possivelmente vem do sul da África e só mais tarde se mudaram para o norte na África Oriental. A partir daí eles passaram pelo norte da África para povoar o resto do mundo”, afirma Baker.
Até agora apenas se sabia que a história do MPLA começava há centenas de anos, já que o Comité Centrar tinha documentos que comprovam que, por exemplo, Diogo Cão (navegador português do século XV) já era militante do partido.
Assim, sob o comando do militante do MPLA Diogo Cão, os seus primeiros guerrilheiros chegaram ao Zaire em 1482. É a partir daqui que se iniciará a conquista pelo MPLA desta região de África, incluindo o território que viria a ser Angola. O primeiro passo foi estabelecer uma aliança com o Reino do Congo, que dominava toda a região. A sul deste reino existiam dois outros, o do Reino de Ndongo e o de Reino da Matamba, os quais não tardam a fundir-se, para dar origem ao Reino de Angola.
Folha 8 com “Olhar Digital”
Nota. Este é um texto de ficção embora baseado em factos reais. Por isso, qualquer semelhança com a realidade é (ou não) mera coincidência…