ANGOLA. O volume de depósitos em moeda nacional e estrangeira dos bancos comerciais angolanos aumentou no final de 2017 para 5.850 milhões de euros, após a entrada em vigor, em Dezembro, das novas regras.
Segundo dados preliminares do Banco Nacional de Angola (BNA) sobre o panorama monetário angolano, compilados pela agência Lusa, estas reservas obrigatórias feitas pelos bancos aumentaram 8% face a Dezembro de 2016, após vários meses de valores mínimos.
Em Dezembro de 2017, o volume de depósitos em moeda nacional e estrangeira cifrava-se em 1,090 biliões de kwanzas (5.850 milhões de euros, à taxa de câmbio de 31 de Dezembro).
Os bancos comerciais que operam em Angola são obrigados a informar regularmente o banco central sobre estas reservas, que envolvem depósitos e operações com títulos.
Em causa nestes dados estava a obrigatoriedade de os mais de 20 bancos comerciais que operam em Angola constituírem reservas sobre os depósitos à ordem do BNA, que fixou taxas de 15% do total em moeda estrangeira e 30% em moeda nacional.
Já em Dezembro de 2017, o banco central reduziu para 21% o coeficiente de reservas obrigatórias aplicadas a depósitos dos clientes dos bancos comerciais, em moeda nacional, uma das medidas com que pretendia travar a subida da inflação, que a um ano ronda os 25%.
Na denominada “reserva bancária” contavam-se no final de Dezembro depósitos obrigatórios em moeda estrangeira, praticamente inalterados, de 121.565 milhões de kwanzas (650 milhões de euros, à taxa de câmbio de 31 de Dezembro) e em moeda nacional, que neste caso aumentaram mais do dobro, face a Novembro, para 769.935 milhões de kwanzas (4.132 milhões de euros), estando os restantes em regime de reserva livre.
Nos últimos cinco anos – período disponibilizado na análise do BNA -, o valor total mais baixo destas reservas bancárias registou-se em 2012, com 671.325 milhões de kwanzas (3.157 milhões de euros).
Angola vive uma grave crise financeira e económica, decorrente da quebra da cotação do barril de crude no mercado internacional, situação que se reflecte ainda na falta de divisas no país, o que dificulta nomeadamente as importações, provocando várias restrições na gestão de moeda estrangeira.
Lusa