PRA-JA, AGORA VAI PORQUE ISSO CONVÉM AO MPLA

O líder da UNITA, maior partido da oposição angolana, Adalberto da Costa Júnior, manifestou-se hoje “convencido” que desta vez vai ser legalizado o projecto político PRA-JA Servir Angola, de Abel Chivukuvuku, a segunda tentativa depois do chumbo em 2020.

Adalberto da Costa Júnior esteve hoje presente na reunião da comissão directiva provisória do PRA-JA Servir Angola, para aprovação de documentos que completam o processo a submeter no dia 10 deste mês ao Tribunal Constitucional, para a sua legalização.

O líder UNITA disse acreditar que haverá sucessos, “porque o regime pensa, desta vez, que a saída da legalização [do PRA-JA Servir Angola] faz mal à Frente Patriótica”.

A Frente Patriótica Unida foi criada em 2021, um ano antes das últimas eleições gerais em Angola, e é liderada por Adalberto da Costa Júnior, coadjuvado por Abel Chivukuvuku e Filomeno Vieira Lopes, do partido político Bloco Democrático.

Afirmando que o regime “funciona sempre numa lógica inversa”, o presidente da UNITA lamentou que “não é a inspiração do direito, não é a lei, que comanda os actos”.

“É sempre o que é que é bom para nós e mau para eles, na lógica deles. Então, pensam que será inviável a realização da Frente Patriótica com a legalização [do PRA-JA]”, referiu.

Para o líder da UNITA, é “muito complicado justificar a legalização de uma série de partidos com gente completamente desconhecida, que não parece que tenham condições bastantes”, negando a legalização do PRA-JA Servir Angola.

Adalberto da Costa Júnior referia-se à legalização nos últimos tempos de novos partidos políticos pelo Tribunal Constitucional.

“Portanto, não tem volta a dar. Eu estou convencido que sim, é um direito”, disse, enaltecendo a resiliência dos membros do PRA-JA Servir Angola.

Na sua intervenção de abertura da reunião, Abel Chivukuvuvku frisou que a médio prazo, um dos objectivos é tornarem-se participantes activos na Frente Patriótica Unida (FPU).

“Manter a Frente Patriótica Unida, reforçar a Frente Patriótica Unida, se necessário vamos pensar em termos de alargamento (…), para que sejamos verdadeiramente a esperança, em 2027 [ano das próximas eleições gerais em Angola]”, declarou Abel Chivukuvuku.

Sobre esta questão, Adalberto da Costa Júnior adiantou que têm recebido muitos pedidos, de todos os sectores, para fazerem parte da FPU, sendo algo que exige ponderação e reflexão.

Folha 8 com Lusa

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