DIRIGENTE DO PRS ALVO DE PERSEGUIÇÃO NO HUAMBO

O Secretário Provincial do PRS no Huambo, Soliya Selende Lumumba, e a sua família estão a ser alvos de perseguição política e atentado à integridade por indivíduos supostamente ligados ao regime do MPLA que pretendem deixar o político em estado de pânico para que pare de denunciar as difíceis condições socioeconômicas da população e as irregularidades do Governo Provincial.

Por Geraldo José Letras

O homem que lidera os renovadores sociais na província do Huambo já sofreu até ao momento dois atentados contra a sua integridade envolvendo igualmente a sua família.

Ao sair dos estúdios da Rádio Ecclésia/Huambo no dia cinco de Abril, onde terá participado de um debate radiofônico com o tema “Os ganhos da Paz”, Soliya Selende Lumumba, foi surpreendido com a maçaneta da porta da sua viatura, do lado do motorista, danificada, no pátio do órgão de comunicação social privado.

Na mesma ocasião, o político deu a conhecer o caso a um membro da rádio. “A situação preocupou ainda mais, quando na madrugada de quarta-feira, 09 de Abril, pessoas não identificadas invadiram a minha residência, tendo levado apenas o meu telefone que estava sobre a banca de cabeceira junto a outros bens pessoais como dinheiro e cordão de ouro, além dos telefones da esposa e das crianças. Levaram só mesmo o meu telefone”, descreveu o Secretário Provincial do PRS no Huambo para quem não restam dúvidas de que se trata de perseguição política e atentado à sua integridade física.

“Isto é sinal claro para calar a minha boca e atentado à liberdade de expressão. Estou a instar o Presidente da República que faça a restituição do meu telefone, porque nele só tem segredos do PRS e não do MPLA”, disse.

O Secretário Provincial do PRS no Huambo, Soliya Selende Lumumba, tem sido localmente dos políticos que se faz bastante activo nas redes sociais para denunciar as condições de vida das comunidades e da letargia do Governador Provincial Pereira Alfredo na resolução dos problemas socioeconômicos, atirando sempre a responsabilidade ao Governo Central.

“Nós só estamos a denunciar uma desgovernação que se arrasta desde 1975. Os que administram os bens públicos e ainda de forma danosa, se não alérgico a críticas devem colocar os seus cargos a disposição e ficarem simplesmente no cuidado dos seus negócios”, esclareceu o renovador social na província do Huambo em declarações ao Folha 8 e TV 8, pedindo igualmente celeridade nos trabalhos de identificação e detenção “desses indivíduos do regime” pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) e Polícia Nacional que já foram notificados do ocorrido.

“Estamos atentos, mais uma ameaça, vamos nos munir de provas e levar às instâncias judiciais”, sublinhou.

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