O Adalberto está na moda e o “da Costa Júnior” também, face ao seu carácter reconciliador e de coerência, que metem medo ao seu principal adversário. Quem o ouve, quem o lê, sente estar diante de um homem equilibrado e só mesmo um grande sacana, safado, mal educado e invejoso pode odiar um homem com a grandeza da sua estrutura ética e moral, moldada muito antes de se ter tornado presidente da UNITA ou militante deste partido.
Por Fernando Vumby (*)
Conheço-o desde os tempos de estudante na cidade invicta do Porto, Portugal, e quem o conhece, pode confirmar isto.
O líder da oposição é um indivíduo de muito boa educação, com princípios sempre defendidos com unhas, dentes e língua, até mesmo nos momentos de brincadeira, com os seus colegas académicos e companheiros partidários, ainda vivos, que se recordam tão bem da forma séria, responsável e com espírito patriótico sempre que a conversa é Angola.
Por esta razão ele merece a estima e o apreço dos angolanos de bem, pois é um dos mais profundos princípios da natureza humana, defender a justiça, a liberdade e a democracia, e Adalberto guarda sabedoria, ao contrário de muitos que se deslumbram, com elogios e gestos de admiração, por parte dos outros, mas na primeira oportunidade, apunhalam pelas costas. Nesta senda, todos juntos devemos reforçar o espírito de unidade e verdadeira reconciliação.
O presidente da UNITA, na minha opinião é daqueles que bebeu do leito materno os hábitos de convivência colectiva, de respeito pelas regras de conduta, das crenças e dos valores de integridade, logo com ele, na gestão do país se estará a afastar vícios de uma escumalha política, no poder há 45 anos, com práticas e actos maldoso contra Angola e os próprios irmãos angolanos.
Precisamos de optar por quem não tenha hábitos e costumes dos pistoleiros cowboy, que governam o país com o dedo no gatilho e uma mão no veneno para eliminarem selectivamente quem os contesta.
Mandem lixar o convite de Lourenço
O convite não o contemplou, mas que figura faria Adalberto Júnior num almoço, sobre os escombros dos seus homens eliminados, até hoje, por intolerância política, quando o evento, não passa de uma pimpa de sorrisos, abraços, punhaladas e apertos de mão fingidos para vender ilusões aos menos atentos, quando, houvesse grandeza, deveria ser o recarregar das energias para a busca de um ambiente de reconciliação, enterro do ódio e fim dos assassinatos dos homens da UNITA por intolerância política. Não foi nem será nunca, essa a intenção, então pergunta-se, que figura faria o líder da UNITA nesse almoço?
Vamos ver uma coisa, se os acordos de paz não passaram de uma farsa, considerando que paz não é apenas o fim da guerra, mas a presença constante e permanente da justiça, na vida dos cidadãos, que tarda em ser realidade, mas que se veria com bons olhos, se tal estivesse a ocorrer em Angola.
Ora, ver o presidente do maior partido da oposição, que tem a máquina diabólica do Presidente da República contra si, em comes, bebes e cínicas gargalhadas, com um JLO /MPLA, seria apadrinhar a continuidade de uma ditadura, que assenta os seus actos na injustiça e intolerância política, até hoje.
Eu não percebo porque razão algumas pessoas se espantam com o facto de Samakuva ter sido convidado por JLO e não o presidente da UNITA, para o famigerado e triste almoço sobre os escombros de tanta gente que continua a morrer em plena ilusão de tempo de paz, quando ao que parece existem conversas periódicas entre Samakuva e Lourenço, logo não deve haver motivos para xinguilamentos, sendo preciso não esquecer que Samakuva era a preferência do MPLA, especialmente de João Lourenço, que pressionava a sua permanência na presidência da UNITA, talvez pelo facto de ser haver da sua parte uma grande apetência em engolir tantos sapos vivos servidos pelo MPLA, enquanto timoneiro da UNITA.
(*) Fórum Livre Opinião & Justiça
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