Vaticano tem sete cardeais lusófonos com direito a voto

Vaticano tem sete cardeais lusófonos com direito a voto - Folha 8

Com a nomeação hoje, pelo papa, de Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, e do bispo cabo-verdiano Arlindo Gomes Furtado, sobe para sete o número de cardeais lusófonos com direito de voto na escolha do líder da Igreja Católica.

A lém destes, existem ainda outros 10 cardeais lusófonos que pertencem ao Colégio, sem direito de voto por terem mais de 80 anos, embora, tal como os restantes, assistam o papa nas suas decisões.

O patriarca de Lisboa e o bispo de Santiago serão elevados formalmente a cardeais a 14 de Fevereiro, segundo anunciou hoje o papa.

Manuel Clemente, de 66 anos, tomou posse como o 17º Patriarca de Lisboa a 07 de Julho de 2013, sucedendo a José Policarpo, resignatário desde 2011, quando completou 75 anos.

O bispo de Santiago, Arlindo Gomes Furtado, é o primeiro cardeal cabo-verdiano. Nasceu a 04 de Outubro de 1949, fez os estudos teológicos em Portugal e regressou a Cabo Verde, onde foi ordenado padre em 1976, tendo sido ordenado bispo em 2004.

Criada em 1533 a partir do desmembramento da então Arquidiocese do Funchal, a diocese de Santiago é a mais antiga circunscrição católica criada no continente, depois das invasões muçulmanas no Magrebe.

O Brasil é o país lusófono com mais cardeais (10), quatro dos quais podem votar.

São eles João Braz de Aviz (criado em Fevereiro de 2012), actual prefeito da Congregação para os institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, Raymundo Damasceno Assis (Novembro de 2010), arcebispo de Aparecida, Odilo Pedro Scherer (novembro de 2007), arcebispo de São Paulo, e Orani João Tempesta (desde Fevereiro de 2014), arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Portugal tem outro cardeal eleitor, Manuel Monteiro de Castro, nomeado pelo papa Bento XVI em Fevereiro de 2012, Penitenciário-mor emérito do Supremo Tribunal da Penitenciária Apostólica.

Os países lusófonos têm ainda 10 cardeais sem direito de voto, um dos quais o moçambicano Júlio Duarte Langa, bispo emérito de Xai-Xai, elevado hoje pelo papa.

Pertencem também ao colégio cardinalício sem direito de voto o português José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para a causa dos Santos, o moçambicano Alexandre José Santos, arcebispo emérito de Moçambique, e o angolano Alexandre do Nascimento, arcebispo emérito de Luanda.

O brasil tem outros seis cardeais não eleitores: Geraldo Majella Agnelo (arcebispo emérito de São Salvador da Bahia), Serafim Fernandes de Araújo (arcebispo emérito de Belo Horizonte), Paulo Evaristo Arns (arcebispo emérito de São Paulo), José Freire Falcão (arcebispo emérito de Brasília), Cláudio Hummes (prefeito emérito da Congregação para o Clero) e Eusébio Óscar Scheid (arcebispo emérito de são Sebastião do Rio de Janeiro).

O papa Francisco anunciou hoje a criação de 15 novos cardeais eleitores e de outros cinco não-eleitores, representando alguns países que nunca tiveram cardeal.

O papa destacou que os novos cardeais são “procedentes de 14 nações de todos os continentes” e que “representam o vínculo inseparável entre a Igreja de Roma e as Igrejas particulares presentes no mundo”.

O total de cardeais ascenderá a 228, dos quais 125 serão eleitores.

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