Branqueamento da capitais a partir de Cabinda

A Comissão Política da FLEC-FAC pede a abertura de um inquérito internacional “às actividades de branqueamento de capitais da elite política e militar angolana em Cabinda”.

Em comunicado, a organização diz que, “para isso, a FLEC-FAC vai iniciar um processo internacional contra a criminalidade organizada dos senhores do regime angolano que tudo querem corromper em Cabinda”, acrescentando que “a Corrupção é crime e o branqueamento de capitais também”.

“A FLEC-FAC espera que Rex Tillerson, futuro secretário de Estado da administração do Presidente Donald Trump, e o departamento do tesouro (EUA), abram também um inquérito para apurar as responsabilidades dos dirigentes angolanos nos tráficos de matérias-primas e na exploração de Cabinda”.

Acrescenta a FLEC que “o inquérito contra as autoridades políticas e militares angolanas vai mostrar ao mundo quem são os responsáveis pelos tráficos, corrupção e branqueamento de capitais a partir de Cabinda”.

Entre os visados encontram-se, segundo a FLEC, “Augusto da Silva Tomás (actual Ministro dos Transportes e ex-governador de Cabinda), o General Henrique Futi (conselheiro da Casa Militar), Dino Matross (antigo secretário-geral do MPLA), General José Maria (director do Serviço de Inteligência e Segurança Militar), Vicente Télica (ex-vice governador de Cabinda), General António “Toni” Catembo (marido de Aldina Lomba, actual governadora de Cabinda), Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó” (presidente da Assembleia Nacional) e o General Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa” (ministro de estado e chefe da Casa de Segurança do PR angolano).”

“Numa altura em que a elite política e militar angolana, por causa da incerteza política futura, aumenta a exploração e os tráficos em Cabinda, alertamos as autoridades portuguesas, através do seu Ministério das Finanças e do Banco de Portugal, para a necessidade de controlo de movimentos bancários utilizados para branqueamento de capitais angolanos, e para que não permitam maior influência no sector económico-financeiro de Portugal”, afirma a terminar o comunicado da FLEC.

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