O país está sem norte: Miséria e derrame em Cabinda de crude. O Executivo esconde e protege o infractor que assassina o trabalho dos pescadores e os peixes no mar.
Por William Tonet
O Sul está em chamas: Fome e seca! As vacas pararam de produzir leite para o Maine e o Executivo masoquistamente abre champanhe, a cada mais de 110 mortes/dia. Padre Pio, outros padres, mas o bispo, são impotentes ante o pouco que doam, diante de tanta ferocidade e insensibilidade do executivo e, também, da natureza, ainda assim mais cândida que aqueles, nas gotas de orvalho, que vai pingando… No centro, a esperança desistiu, no meio do milheiral da Cáala e demais arredores cultivados, trocado pelo milho argentino, que corrompeu ministros e outros “istros”, desembarcado nos portos do país, matando outros sonhos, outros naturais agricultores.
Em Luanda, a capital do selvagem reino, os assassinos, à luz do dia (14h00 – 24 de Março de 2022), vestidos de agentes do SIC, exibem-se de arma em riste, matando dois jovens indefesos (município do Cazenga-Bairro Mabor-Avenida Ngola Kiluange), exaltando a vigência da pena de morte, na “constituição mental” do MPLA e do seu Executivo.
PORRA! PORRA! PORRA!
Até quando, a maioria decente deste país, vai acovardar-se e deixar a mediocridade e boçalidade continuar a imperar, banalizando os nossos sonhos e a vida de milhões?
Eles assassinam! Eles são assassinos! Eles são monstros com 46 anos de idade, só faltam quatro, para meio século, onde até lá a gentalha, continuará a matar, alojada que está em órgãos de investigação, policial, judicial e judiciária.
A satânica praxis operandis aumentou desde 2017! Afinal, Jonas Savimbi, tantos anos diabolizado, em muitas circunstâncias, diante desta barbárie diária do executivo era um feto. Os exemplos estão à mão de semear.
Rememoremos, alguns actos dantescos.
– No dia 03 de Junho de 2018, um agente do SIC, à luz do dia, matou, um jovem, suposto assaltante, com direito a gravação em vídeo.
– Antecipando os festejos de 15 de Março, considerado, também, o Dia Internacional Contra a Violência Policial, a Polícia Nacional do MPLA, no 12.03.19 (três dias antes) assassina barbaramente a zungueira (vendedora ambulante) Juliana Cafrique, de 28 anos, no 21 de Janeiro, Rocha Pinto-Luanda, por portar, na bacia que transportava na cabeça, 6 repolhos e 3kg de tomate, que alimentavam o marido desempregado e três filhos menores: 6 meses, 2 e 7 anos. Bárbaros!
Sílvio Dala, jovem, médico da pediatria, saía de um banco de urgência, exausto, transitava sozinho na viatura é abordado por um agente policial, qual monstro insensível, leva-o para as fedorentas masmorras policiais, iniciando uma sessão de espancamento. Os energúmenos, deleitam-se com o sangue das vítimas e o 01 de Setembro de 2020, fica marcado na memória da família, perda de filho, esposa, pai e mano mais velho, na mão de uma corja que tem poder de tirar a vida de quem se formou para salvar vidas humanas. O nosso Sílvio, não resistiu à barbárie e sucumbiu. Pouco fizemos. Os bons… Os sádicos continuam a sua procissão. CANALHAS!
O país não tem quadros, mas, também, não tem empregos para estes. Ainda assim as famílias pobres apostam tudo na formação dos seus filhos e, nos confins da Petrangol, havia um sonho, ver o menino do mato, Inocêncio da Mata formado engenheiro. Esteve quase, mas foi, precisamente, neste quase, 45.º aniversário da Independência do MPLA, que uma vez mais emergiu a polícia partidocrata, disparando à queima-roupa, contra a cabeça do jovem de 26 anos de idade, desarmado, transportando apenas sementes para germinar educação, justiça, emprego, saúde e democracia, para todos. Ele, no meio de uma moldura juvenil, cantava com os dois pulmões estrofes de um hino, pese discriminatório e de fraco conteúdo unificador, mas respeitado, por tornado (imposto) nacional, ser de inspiração “emepelista”: Angola avante revolução… da barbárie, da ladroagem e da corrupção… pelo poder dos gatunos… um só povo; o dos ladrões.., uma só nação… do MPLA! Assim, naquele 11 de Novembro de 2020 caiu, inanimado, para todo o sempre, diante de todos, numa manifestação pacífica e sem armas, salvo as dos assassinos, mais um jovem, aqui o Inocêncio da Mata. CANALHAS!
E, como não há esquina que os pare, no 17.01.2022, no Bairro Kapalanga, município de Viana, agentes do esquadrão da morte do SIC (Serviço de Investigação Criminal), assassinaram cinco jovens, deixando-os num mini-largo das suas residências, esburacados com balas policiais. Sem entrar no mérito das alegadas práticas delituosas, este “modus operandi”, de bandoleiros, não pode continuar impune. Temos de nos indignar, sob a agravante de assistirmos aos aplausos mórbidos dos responsáveis máximos da corporação, Ministério e Comandante em Chefe das FAA (?).
Os assassinos policiais estão à solta! Não devem! São promovidos! Continuam a MATAR, em nome de um projecto exclusivo de poder! Do MPLA!
Vai mudar? Depende de nós!
País MUDO não MUDA!
É hora de um pacto de reivindicação, mais acutilante e de ousado inconformismo das pessoas de bem!
Temos, todos, defensores das liberdades e democracia de gritar, por um verdadeiro PACTO DE REGIME, inclusivo, onde todos estejam à volta da mulembeira, sentados, em paridade, onde o MPLA só perderá, por ter de aprender a conviver com a dignidade e humildade, que lhe são adversas.
Desta vez, podendo higienizar o seu comportamento, por muitos considerado dantesco, estará em pé de igualdade, com as demais forças políticas e sociais, na elaboração de uma agenda de INDEPENDÊNCIA IMATERIAL, onde as linhas mestras assentarão na criação de verdadeiro PODER CONSTITUINTE, com o poder de eleger a primeira ASSEMBLEIA CONSTITUINTE, que Angola carece, desde 1975, para refundação e criação de um PROJECTO-PAÍS.
Sem isso, os canalhas, alojados nos corredores decisórios, continuarão impunes e belicamente armados, com o dinheiro do colectivo, a espalhar a morte e o terror, nas nossas vidas, cada vez mais pobres e sem magistratura de sonhar.
A profecia foi lançada. Muitos não a levaram a sério. Ele sabia o que dizia, por estar por dentro da partidocracia jurídica. Manuel Aragão (ex-presidente do Tribunal Constitucional), ao abandonar o lamaçal, onde andava atolado, advertiu para os perigos do suicídio do Estado de Direito e Democrático. Agora, mais do que nunca, ele está aqui, à mão de semear, banalizado, fedorento, com os juízes transformados em capachos do Titular do Poder Executivo! Vergonha!
O Tribunal Constitucional transformou-se numa quitanda de estapafúrdias elucubrações jurídicas, substituindo-se ao “pau da cobra” (vendem diplomas), “vendendo” acórdãos para desalojar líderes de partidos políticos, com capacidade intelectual e consciência patriótica capazes de atemorizar a reacção mental do presidente do MPLA e da República.
Os juízes (maioria) por mordomias imobiliárias, financeiras e jaguares, a manutenção de cada carro destes orça em milhões, só possível, quiçá, com dinheiro de sangue e da corrupção, fazem, melhor, têm feito das tripas coração, para banalizar o direito. Já a Bíblia falava dos vendilhões do templo… No nosso tempo, os juízes pomposamente se orgulham de partilhar 10% de dinheiro do crime, do roubo e da corrupção, com os delinquentes, com quem, devem reunir-se de madrugada, para acerto da parada, na lógica de quanto mais kumbu roubado maior é a comissão. Guiness da CANALHICE JURÍDICA!
A PGR, o Tribunal Supremo e o Tribunal Constitucional, acusaram, com deficiências primárias, falta de fundamentação, violação ao justo processo legal, confisco e depredação de bens, antes do trânsito em julgado, todos os adversários, selectivamente, apontados, como do Titular do Poder Executivo.
Nesta senda não se coíbem de descredibilizar organismos públicos, como administrações municipais e notários. Fizeram-no para inviabilizar o PRA-JA de Abel Chivukuvuku. É um escândalo o argumentário do acórdão do Tribunal Constitucional, por falência de provas credíveis, salvo as da maldade saloia e impressões, também, de Juvenis Paulo.
A perseguição a Adalberto da Costa Júnior é inverosímil. Suja! Nojenta. Ela destapa o racismo, a discriminação, a injustiça, a incapacidade intelectual e o temor, dos bajuladores do templo e do actual presidente do MPLA, ante a retórica do líder da UNITA. Anular um congresso (XIII) dois anos depois (2021), comprando uns militantes, sem influência, para intentarem uma acção precária e descabida, onde árbitro, fiscais de linha e até o VAR, foram acusados de “untados”, dando provimento e conferindo nulidade a um conclave, que havia sido anotado. Um crime eleitoral, demonstrativo da pequenez intelectual dos autores.
A cena segue, com uma nova investida, neste Março, também, com militantes de 3.ª categoria, comprados, com os mesmos argumentos, a julgar, mais uma vez, da acção da “pulga” que vazou o draft do acórdão. Fê-lo matumbamente! Juvenis Paulo foi acusado, suspenso, três meses, mostrando o gigante de pés de barro que é o MPLA. Fica demonstrado, qualquer que seja a decisão, que só com batota e controlo dos órgãos de soberania, o líder do partido do poder, consegue estar na frente.
Mais, pelo poder os camaradas, não se importam de incendiar o país, rememorando o imperador romano, Nero, que ateou fogo a Roma, para acusar os cristãos e prolongar o reinado.
Em política não há coincidência, principalmente, quando atrela a suspeição de actos dos protagonistas. O Presidente mandou bugiar a greve dos professores do Ensino universitário público (três meses) e o ano lectivo dos alunos, com a orientação à ministra do pelouro a nada fazer. Os médicos retomaram a greve, por orientações, igualmente, a titular do pelouro a enviar para as calendas gregas, a reivindicação dos que tratam da saúde do povo, já que ele tem a clínica mais cara de Orlando, Barcelona, Paris, Lisboa e arredores. Os trabalhadores do Tribunal Supremo estão paralisados, reclamam não Jaguares dos juízes, únicos no mundo com carros desta cilindrada, mas como não decidem, os acórdãos, que “pastem” no deserto.
E, finalmente, na sua suprema candura, o Presidente da República, mandou para as calendas gregas, o vice-presidente, que o ficou a substituir, para privilegiar, a membro do bureau político do MPLA (dizem suspensa), Laurinda Cardoso, presidente do Tribunal Constitucional, para saber do único desfecho que lhe interessa: inviabilizar Adalberto da Costa Júnior de participar nas eleições gerais de 2022… O Acórdão, pode, politicamente, sair mesmo… Verdade ou mentira, tudo incrimina, nesta hora!