O Presidente angolano, João Lourenço, convidou hoje os investidores estrangeiros a examinar o leque de oportunidades de negócios no país nos sectores da agricultura e pecuária, indústria, pescas, transportes, construção e turismo. Podem, aliás, tomar conta do país desde que, é claro, o MPLA continue a ser quem manda… ou a julgar que manda.
Por Orlando Castro (*)
João Lourenço interveio hoje no Fórum sobre Investimento em Angola, organizado no âmbito da iniciativa anual britânica conhecida como “África Debate”, que contou com o envolvimento activo do Instituto para a Mudança Global, liderado pelo antigo Primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
Segundo o Presidente angolano que, aliás, falou também (o que é uma salutar prova da nossa democracia e do no Estado de Direito) em nome do Presidente do MPLA e do Titular do Poder Executivo, este evento significa para Angola uma oportunidade para apresentar o país em renovação contínua (está assim há 45 anos), uma economia emergente (está assim há 45 anos), que se quer tornar num destino preferencial para os investidores.
O chefe de Estado sublinhou que estão a ser tomadas medidas (há 45 anos) para melhorar o ambiente de negócios, reduzir a dependência do petróleo e atrair o investimento estrangeiro para os diversos recursos naturais e outros sectores económicos do país.
“Desde 2017 que iniciámos um processo de implementação de reformas para promover o investimento e aumentar a competitividade. Iniciámos um processo de privatização de empresas e activos, com destaque para sectores que oferecem grandes vantagens competitivas para o investidor privado, por isso, uso a presente plataforma para convidar a comunidade de investidores a ser proactiva no aproveitamento desta janela de oportunidades”, exortou João Lourenço.
Antes de 2017 (chegada o poder por escolha pessoal de José Eduardo dos Santos) e desde 1975 o MPLA esteve a preparar os seus sipaios para chegarem a chefes de posto, o que só aconteceu há três anos. E é já com o estatuto de chefe de posto que se preparam, reconhecidamente bem, para assumirem os lugares dos colonos e decretarem a independência…
Ainda no quadro das reformas, aclarou o Presidente, foram aprovadas leis (tudo depois de 2017) que estabelecem princípios para o investimento privado e promovem a concorrência no mercado, bem como foi liberalizada a taxa de câmbio e foram tomadas medidas contra a corrupção e impunidade, com vista a criar um melhor ambiente de negócios… aumentando o número de pobres (são mais de 20 milhões) e de milionários do regime, na sua versão II.
De acordo com o chefe de Estado, estas medidas visam essencialmente a transformação da economia angolana e a atracção de investimento privado, para ajudar a reduzir a desigualdade, criar empregos e um rápido crescimento, tal como o seu partido, com a sua ajuda, promete desde 1975.
“Angola de hoje é um lugar seguro para investir, oferece um ambiente de negócios estável e favorável, com uma população jovem, trabalhadora, de espírito empreendedor e ávida em abraçar os desafios de um mercado em crescimento”, garantiu João Lourenço, destacando ainda a favorável localização geográfica de Angola no acesso aos mercados da África Austral e Central.
Isto já para não falar da segurança garantida pela Polícia e pelas Forças Armadas (estas com mais de 100 mil efectivos), ambas preparadas para provar que até prova em contrário todos os autóctones são culpados, sendo que a escravatura é um sistema político e social criado pelos arautos do MPLA, de Agostinho Neto a João Lourenço, sem esquecer José Eduardo dos Santos.
Para a retoma do crescimento económico de Angola, frisou João Lourenço, é preciso o aumento do investimento (se possível do tipo em que os investidores entram com o dinheiro e os génios do MPLA com a experiência, sendo que no final os génios ficam com o dinheiro e os investidores com a experiência), “para proporcionar aos angolanos, em particular à juventude, melhores rendimentos e, por essa via, aumentar o bem-estar das suas famílias”.
Angola foi escolhida como país em destaque da edição 2020 do “África Debate” em reconhecimento das “notáveis reformas que tem vindo a implementar no domínio do ambiente de negócios, combate à corrupção e diversificação da economia, um engajamento que desperta o interesse crescente da comunidade internacional”, refere uma nota da Instituto para a Mudança Global, liderado pelo antigo Primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, ou – mais exactamente – uma nota da secretaria de imprensa do Presidente da República.
Alguém disse que “nós somos filhos e agentes de uma civilização milenária que tem vindo a elevar e converter os povos à concepção superior da própria vida, a fazer homens pelo domínio do espírito sobre a matéria, pelos domínios da razão sobre os instintos”.
Com a chegada (por escolha pessoal de José Eduardo dos Santos) de João Lourenço ao Poder, é razoável pensar que são cada vez mais os instintos e cada vez menos as razões. De um lado e do outro residem argumentos válidos, tão válidos quanto se sabe (é da História) que para os senhores do poder (hoje terroristas, amanhã heróis – ou ao contrário) o importante é a sociedade que tem de ser destruída e não aquela que tem de ser criada.
É isso que pensam ou pensaram, por exemplo, George W. Bush, Osama bin Laden, Saddan Hussein, Tony Blair, Robert Mwgabe e José Eduardo dos Santos. Aliás, G. Geffroy dizia pura e simplesmente que o importante é avançar por avançar, agir por agir, pois em qualquer dos casos alguns resultados hão-de aparecer.
Com João Lourenço hoje, tal como com José Eduardo dos Santos ontem, estão uma série de personalidades (ou personagens), nem todos de forma sincera. Talvez seja o caso de muitos que, com medo do mabeco raivoso, aceitaram (mesmo que contrariados) a ajuda do leão.
Quando se aperceberem (alguns já se aperceberam), o leão derrotou o mabeco e prepara-se para os comer a eles. Aliás, os homens de João Lourenço são especialistas em criar leões onde mais lhes convém.
O mesmo se aplica em relação aos agora chamados de marimbondos. Mas, como os instintos ultrapassam a razão, ambos estão convencidos que são donos e senhores da verdade absoluta. O confronto foi, é e será, por isso, inevitável.
Por inabilidade de João Lourenço, os agora marimbondos poderão não ter, hoje, a mesma capacidade “bélica” de outrora. Estão a ser humilhados. São as leis da razão? Não. São as leis dos instintos. Instintos que vão muito além das leis da sobrevivência. Entram claramente na lei da selva em que o mais forte é, durante algum tempo mas nunca durante todo o tempo, o grande vencedor.
É claro que, transitoriamente, alguns admitiram aliar-se a João Lourenço. Inclusive aceitam a corda fornecida pelo actual detentor do Poder mas, na melhor oportunidade, vão enforcar os seus “amigos” de agora, vão cuspir no prato que os alimenta. Foi, aliás, isso mesmo que fez João Lourenço.
Então? Então é preciso ir em frente. Sem medo. Olho por olho, dente por dente. No fim, o último a sair – cego e desdentado – que feche a porta, apague a luz… e entregue o país aos credores (ex-investidores) estrangeiros.
(*) Com Lusa
Eu cá acho que esses matombos nunca foram á escola primária porque em Angola não existem escolas primárias eles saltam logo para generais assim como na comarca matombo aporta gais eles não têm escolas primárias mas muitos dizem que são avós cactos é como no deserto secos de qualquer sabedoria e primos disfuncionais.Ali também têm os micro negócios de porta aberta para os mosquitos.A razão da qual não têm dinheiro nem para uma semeia mas todos têm telemóvel.A informação se fosse milho ficava gordo num instante.Em Angola vira o disco e toca o mesmo.Essa música é tão antiga que já ganhou teias de aranha e ferrugem.Helousticamente nada disto está acontecer é apenas um pesadelo de utopia.Como dr eu também alinho nas mentiras mas as minhas mentiras saoy verdades.Venha o Diabo e excolha…