O presidente da Comunidade das Empresas Exportadores e Internacionalizadas de Angola (CEEIA) elogiou o combate aos monopólios e à corrupção, feito pelo actual executivo. Sabendo que João Lourenço (ou não fosse líder do MPLA) prefere ser assassinado pela mentira do que salvo pela verdade, Agostinho Kapaia não tem dúvidas. Quantas mais mentiras… melhor!
Em declarações à Lusa à margem dos encontros anuais do banco pan-africano Afreximbank, que decorreram em Moscovo, Agostinho Kapaia considerou que os investidores internacionais estão surpreendidos com o trabalho do actual Governo.
“Não era fácil em menos de um ano poder acabar com os monopólios, era uma coisa que ninguém esperava”, afirmou, elogiando o combate à corrupção.
“Isso é uma realidade e o novo executivo está a combater, com provas dadas e […] sentimos os empresários internacionais a acreditarem no nosso país”, acrescentou Agostinho Kapaia, repetindo iguais devaneios que já fazia no tempo (é claro!) de José Eduardo dos Santos.
No passado recente, “muitos investidores já não acreditavam em Angola de uma maneira geral” e o “novo executivo está a fazer um excelente trabalho”, disse Agostinho Kapaia.
“Cabe a todos nós apoiar, darmos esse suporte do ponto de vista empresarial, buscar novas parcerias e atrair novos investidores para o desenvolvimento de Angola que, de uma maneira geral, é o desenvolvimento da região”, disse.
“Em menos de dois anos fez-se muita coisa”, disse Agostinho Kapaia, dando o exemplo da facilitação dos vistos e na nova lei de investimento, que liberalizou a criação de empresas no país.
“Antigamente era obrigatório ter um parceiro angolano para fazer negócios em Angola e agora já não é necessário”, afirmou.
“Sempre defendi que a abertura era a melhor opção para a economia”, porque o “isolamento não é bom”, afirmou, admitindo que este processo irá promover uma selecção natural entre os empresários angolanos.
No entanto, no “curto espaço de tempo há sempre um impacto negativo: As pessoas têm medo de perder as oportunidades. Mas a verdade é que a abertura vai criar mais competitividade e vai fazer com que os empresários [angolanos] não fiquem descansados e tenham que inovar”, disse.
Depois, a “médio e longo-prazo”, isso irá qualificar os empresários angolanos, para que “sejam bons para competir em qualquer parte do mundo”.
“Temos de pensar no mercado regional, africano e no mundo”, afirmou, considerando que “Angola está numa região que tem de fazer a sua parte nesse trabalho de integração económica” do continente.
Mudam-se os tempos (e os líderes), mudam-se as vontades
Em 2014, Agostinho Kapaia explicava a propósito da “história” do seu grupo empresarial (Opaia), que “o país cresceu muito nos últimos 10, 12 anos, e nós somos fruto desse crescimento. Há grandes oportunidades para o sector empresarial que poderão ser aproveitadas. Somos resultado, antes de mais, da paz, porque criámos o grupo logo depois da guerra em Angola ter terminado (2002). Temos aqui uma oportunidade de fazer coisas que muitos não tiveram oportunidade de fazer. E o segredo é acreditar, sonhar.”
Nessa altura, e ainda durante muitos mais anos, o querido líder de Kapaia (e de muitos outros como ele) era José Eduardo dos Santos que, como se sabe, era bestial enquanto esteve no Poder. Deixou de estar, passou a besta.
Agostinho Kapaia, Economista e Pós-Graduado em Gestão de Empresas, rmpresário, presidente da CEEIA e do Grupo Opai é membro do Comité Central do MPLA desde 2017.
Natural da província do Huambo onde permaneceu até 1988. Veio com dez anos para Luanda, ali tendo permanecido três anos e aos 13 mudou-se para o Lubango, a fim de fazer os estudos do Ensino Médio. Mais tarde, já em 1997, voltou para Luanda. Continuou a estudar, tendo concluído com sucesso a sua licenciatura na Universidade Católica de Angola em Economia.
Conta que o seu sonho era fazer Informática: “Não fiz, porque cheguei a uma altura em que a Universidade Católica não tinha engenharia à noite”, recorda. Continuou a trabalhar nas tecnologias durante o dia, porque estava a começar a montar a sua empresa. Era economista à noite e durante o dia era engenheiro informático. E ser do MPLA fez, faz e fará toda a diferença.