RESERVAS EM MÍNIMOS HISTÓRICOS

ANGOLA. As reservas internacionais angolanas renovaram mínimos históricos em Junho, caindo para 16.782 milhões de dólares (14 mil milhões de euros), praticamente metade face a 2013, o período antes da crise, segundo o Banco Nacional de Angola (BNA).

A informação resulta de dados preliminares do BNA sobre as Reservas Internacionais Líquidas (RIL), necessárias nomeadamente para garantir importações de alimentos, maquinaria ou matéria-prima para as indústrias, e que indicam ainda uma ligeira recuperação em Julho, para 17.451 milhões de dólares (14,6 mil milhões de euros).

Apesar desta subida no volume, a primeira mensal desde Fevereiro, as RIL angolanas continuam em mínimos históricos e só entre Maio e Junho tiveram a maior quebra do ano, superior a 1.260 milhões de dólares (mil milhões de euros).

Estas reservas já perderam, desde Janeiro, 3.356 milhões de dólares (2.800 milhões de euros).

Em finais de 2013, antes da crise da cotação do petróleo, as reservas angolanas ascendiam a 31.154 milhões de dólares (26 mil milhões de euros).

Angola enfrenta dificuldades financeiras, económicas e cambiais, tendo o BNA aumentado a venda de divisas (euros) à banca comercial angolana, que está sem acesso a dólares face à suspensão das ligações com correspondentes bancários internacionais.

Desde Agosto de 2016 que o banco central – que actualmente é o único fornecedor de divisas à banca comercial – tem vindo a aumentar a injecção de moeda estrangeira no mercado cambial primário, a um ritmo de cerca de 1.000 milhões de euros por mês.

As reservas actuais garantem o equivalente a meio ano de importações de alimentos, bens e equipamentos, tendo em conta as necessidades, numa altura de forte contenção na disponibilização de divisas aos bancos.

As reservas contabilizadas pelo BNA são constituídas com base em disponibilidades e aplicações sobre não residentes, bem como obrigações de curto prazo.

Lusa

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