MARTINS HÁ SÓ UM, O JOSÉ E MAIS NENHUM!

O governador do Cuando Cubango, José Martins, defendeu hoje, em Menongue, o melhoramento das vias de comunicação, para impulsionar o desenvolvimento da África Austral. Quem diria? Ao fim de 48 anos o MPLA descobre a pólvora. É obra!

Com que então, repita-se, o melhoramento das vias de comunicação é fundamental para impulsionar o desenvolvimento… Para se perceber bem o seu altíssimo nível intelectual permitimo-nos transcrever do site oficial do Governo a biografia de José Martins:

«2020 – Mestrado em Ciências Politicas e Administração Pública pela Universidade Agostinho Neto; 2016 – Licenciatura em Matemática pela Universidade Cuito Cuanavale, em Menongue. 2011 – Formação sobre técnicas de Gestão e Elaboração do OGE, no Instituto Nacional de Formação de Finanças Públicas do Ministério das Finanças, em Luanda. 2007 – Curso de Contabilidade e Gestão, no INEFOP-Menongue. 2003 – Curso básico de Inglês no Business Center. 2001 – Curso de Informática e gestão de Hardware informáticos pela SISTEC-Tecnology.

Quanto a experiência governativa, «de 2021 à presente data, Governador Provincial do Cuando Cubango, 2020/2021 – Administrador Municipal do Cuito Cuanavale.»

No âmbito da experiência profissional, temos: «2018/2020 – Assessor do Governador Provincial do Cuando Cubango, 2016/2018 – Director Provincial dos Registos do Cuando Cubango, 2010 – Coordenador Adjunto da Comissão Executiva Provincial de Protecção Civil do Cuando Cubango, 2008 – Seminário Regional de capacitação de gestores de contas públicas, na Província do Bié, 2009 – Chefe de Departamento de Administração e Finanças da Direcção Provincial da Assistência e Reinserção Social do Cuando Cubango, 2001/2004 – Representante do MINARS do Cuando Cubango nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene, 1998 – Início do vínculo laboral na função pública, na Delegação Provincial da Assistência e Reinserção Social do Cuando Cubango, na Secção de Logística e Transportes.»

Quanto a idiomas, diz o Governo que José Martins domina o «inglês, espanhol, Nganguela, côkwe, umbundu e nhaneka».

Perante isto é mais fácil perceber como é que José Martins conseguiu, em 2024, chegar à conclusão de algo que escapou aos seus pares nos últimos 48 anos: o melhoramento das vias de comunicação é fundamental para impulsionar o desenvolvimento…

Mais há desenvolvimentos no raciocínio do José Martins. O governante, que intervinha na abertura do I Fórum de Investidores da Região Angolana do OKAVANGO, realçou que a melhoria das vias de comunicação será um factor determinante na promoção do turismo interno e externo na região, com impulso nas trocas comerciais.

“A província do Cuando Cubango tem grandes potencialidades para atrair o sector da hotelaria e turismo, mas necessita de um investimento público e privado, para chamar milhares de turistas para esta parcela do país”, destacou.

José Martins reconheceu haver, ainda, no Cuando Cubango, dificuldades e insuficiências, sobretudo quanto à ligação com as vias de acesso, aeroportuárias e embarcações fluviais, que visam a facilitação da mobilidade de pessoas e bens.

Para o governante, se o turismo for organizado e gerido de forma ética e sustentável, poderá constituir ainda como alavanca para o desenvolvimento das comunidades locais, a criação de sociedades mais estáveis, promoção e protecção da biodiversidade, da geo-diversidade e dos recursos culturais existentes.

Segundo José Martins, o fórum, cujos objectivos visam atrair investimentos no sector do turismo e serviços transversais na região para o pleno aproveitamento das potencialidades de negócios, é também uma janela de oportunidades para se continuar a transformar melhor as “Terras do Progresso”, onde o turismo é, por excelência, uma vocação potencial.

O governador ilustrou que o contexto do Cuando Cubango conta com abundante recursos naturais culturais, históricos e humanos, dando uma nota de realce às quedas do rio Lomba (Mavinga), o Memorial à Vitória da Batalha do Cuito Cuanavale, os Parques nacionais do Luengue-Luiana e de Mavinga, bem como algumas reservas naturais e zonas de conservação, entre outros.

José Martins lembrou, na ocasião, aos investidores que o Governo do Cuando Cubango está de “portas abertas” e dispõe de vontade de colaborar, apoiar e, nos termos da lei e da Constituição da República de Angola, prestar todas as facilidades aos empresários nacionais e estrangeiros, em todas as matérias que a si compete.

Participam no fórum mais de 200 convidados, entre investidores nacionais e estrangeiros, com destaque para os dos países vizinhos da Namíbia, Zâmbia, e Botswana, que procuram parcerias de investimentos no ecoturismo, turismo e fomento da agricultura, em função das potencialidades locais.

Recorde-se que na mesma linha do brilhantismo de José Martins, o seu patrão (general João Lourenço) afirmou, em Luanda, no dia 10 de Novembro de 2023, que o Governo estava a avaliar a construção de dois novos aeroportos nas províncias do Cuando Cubango e do Moxico, no âmbito do projecto turístico Okavango/Zambeze.

João Lourenço referiu que, porque Angola está apostada em desenvolver o turismo na zona do Okavango/Zambeze, está a “ponderar muito seriamente a possibilidade da construção dos aeroportos de Mavinga (Cuando Cubango) e de Cazombo (Moxico)”.

“Tudo isso tendo em vista o grande potencial turístico que aquela região do Okavango Zambeze possui nessas duas províncias”, disse João Lourenço à imprensa no final da cerimónia de inauguração do novo Aeroporto Internacional de Luanda, baptizado com o nome do primeiro Presidente de Angola e genocida responsável pelo assassinato de milhares de angolanos nos massacres de 27 de Maio de 1977, António Agostinho Neto.

O chefe de Estado angolano salientou que os dois aeroportos poderão aumentar o acesso àquela região, que vai ter também duas ligações rodoviárias.

“Uma delas já começou, está em curso, a ligação Luau, Marco 25/Cazombo. A outra ligação rodoviária no Cuando Cubango, será Cuito Cuanavale/Mavinga/Rivungo, que está em fase de desminagem”, declarou João Lourenço, não se sabe se como Presidente da República, Presidente do MPLA, Titular do Poder Executivo ou Comandante-em-Chefe das Forças Armadas.

Em Julho de do ano passado, João Lourenço anunciou a realização de um fórum de investidores para aquela região de Angola no projecto Okavango-Zambeze, a maior iniciativa transfronteiriça de África, que liga 36 áreas de conservação de Angola, Zâmbia, Zimbábue, Botswana e Namíbia.

Segundo João Lourenço, o sector dos transportes tem tido alguns ganhos, sendo o mais recente o Corredor do Lobito entregue a um consórcio europeu.

“Este é um grande ganho do sector. Outros de menor monta também aconteceram, mas talvez não sejam tão relevantes para este momento. Acabámos agora de inaugurar e pôr ao serviço da nação e do continente esta importante infra-estrutura que vai servir, não apenas agora, mas vai servir de um importante ‘hub’ do transporte aeroportuário para África e para o mundo”, disse João Lourenço.

O chefe de Estado realçou que, num futuro breve, vão ser realizados outros investimentos, particularmente a conclusão das obras de construção de dois novos aeroportos, concretamente o de Mbanza Congo, capital da província do Zaire, e de Catumbela, província de Benguela.

Folha 8 com Angop

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