RIO CONTAMINADO E MORADORES DO SUMBE SEM ÁGUA

A Empresa Pública de Águas e Saneamento do Kwanza Sul (EPASKS) privou desde sábado, 25 de Novembro, os moradores da cidade do Sumbe e arredores do fornecimento de água potável devido à contaminação da água do rio Kambongo com combustível por uma empresa cujo nome “não querem revelar nem denunciar aos Serviços de Investigação Criminal e Polícia Nacional”.

Por Geraldo José Letras

Na província do Kwanza Sul, os moradores da cidade do Sumbe e arredores, com excepção da centralidade de Kibaúla onde vivem os “privilegiados de João Lourenço”, estão privados do fornecimento de água potável desde sábado, 25 de Novembro.

Em causa, segundo a Empresa Pública de Águas e Saneamento do Kwanza sul (EPASKS) está a “forte contaminação do rio com combustível ao ponto de não ser possível efectuar o seu tratamento”, conforme justifica em comunicado de imprensa remetido ao Folha 8, a quem os munícipes recorreram para denunciar a situação por desconhecerem até quando ficarão sem água potável.

“Assim a empresa que fez essa besteira não está a ser responsabilizada” questionou sem resposta, o cidadão Alfredo Sacundi, à Empresa Pública de Águas e Saneamento do Kwanza Sul (EPASKS) que nem ao Folha 8 quer denunciar a empresa responsável pela contaminação do rio com combustível.

“Como é que na Centralidade a água vai continuar a jorrar, mas noutras zonas não, se a água também vem do mesmo rio contaminado?” atirou-se contra a Empresa Pública de Águas e Saneamento do Kwanza Sul (EPASKS) o munícipe José Barros.

O Folha 8 contactou a Direcção da Empresa Pública de Águas e Saneamento do Kwanza Sul (EPASKS) para buscar esclarecimentos sobre os motivos do aparecimento do combustível no rio e por quanto tempo os moradores da cidade do Sumbe, e arredores, ficarão sem água potável ao que a mesma só soube garantir que “está a ser feito para que se retorne o normal fornecimento do líquido precioso aos munícipes”.

Em consequência da paralisação do fornecimento de água potável no município do Sumbe, os moradores dos bairros periféricos da cidade revelam que já começaram a comprar água nos tanques por 150 a 200 Kwanzas o bidão de 20 litros.

No bairro da Bumba, um dos mais precários em termos de serviços de saneamento, fornecimento de água e energia eléctrica, a cidadã Clementina de Azevedo lamenta a situação causada no rio Kambongo, porque “se antes nos chafarizes a água já passava por sorte, não quero imaginar agora”.

“A Administração Municipal do Sumbe deve nos ajudar” clamaram ao Folha 8 os munícipes.

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