O general João Lourenço, Presidente da República não nominalmente eleito, felicitou hoje todos os militares e trabalhadores das Forças Armadas Angolanas (FAA) por assegurarem a “defesa intransigente” da independência, soberania, paz e integridade do país, prometendo medidas para melhorar infra-estruturas de aquartelamento e armamento do efectivo.
Acresce que também o Presidente do MPLA, o Titular do Poder Executivo e o Comandante-em-Chefe das FAA subscreveram as promessas do general João Lourenço.
Na mensagem alusiva ao 32.º aniversário das FAA, que hoje se assinala, João Lourenço felicita todo o efectivo, desde oficiais generais, almirantes, superiores, capitãs e subalternos, sargentos e praças e trabalhadores civis, que “na linha da frente e na retaguarda asseguram a defesa intransigente” da independência do país.
O Presidente general realça que, a par da defesa da soberania nacional e da integridade do país, as FAA criam “as condições de segurança e estabilidade necessárias ao desenvolvimento e progresso social” de Angola.
Para o também Comandante-em-Chefe das FAA, no contexto de paz em que Angola vive, o engajamento das FAA em tarefas sociais e de interesse público tem ocorrido nos vários domínios e projectos de desenvolvimento que contribuem para a melhoria das condições de vida das populações.
“As FAA granjearam um enorme prestígio em todo seu percurso histórico cumprindo exemplarmente a sua nobre missão de assegurar, com todos os recursos e meios disponíveis, a defesa do território nacional e dos poderes constitucionais, cooperando lado a lado com a Polícia Nacional no combate ao crime organizado, na protecção das nossas fronteiras e na manutenção da ordem e da tranquilidade pública”, lê-se na mensagem.
O general Presidente assegura, igualmente, que o executivo angolano (do qual é o Titular), em conformidade com as capacidades orçamentais e no interesse da defesa nacional, vai continuar a implementar políticas que tornem as FAA cada vez mais bem servidas do ponto de vista de infra-estruturas de aquartelamento, armamento, meios técnicos e materiais.
Promete também melhorar as condições de trabalho e a valorização do efectivo, “no âmbito do processo de reestruturação, redimensionamento e modernização em curso”.
O Chefe de Estado finaliza a sua mensagem dirigindo-se aos jovens, aos quais pediu que continuem “firmes no cumprimento da árdua e honrosa missão de servir a pátria demonstrando valores que ressaltem o patriotismo inabalável”. “A pátria aos seus filhos não implora, ordena”, recordou ainda.
PELA PÁTRIA (QUE SEJA) DE TODOS
O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (CEMFFA), Altino Carlos José dos Santos, reiterou, em Luanda, o papel das FAA na consolidação da democracia e na estabilidade política e social do país.
Ao discursar na cerimónia de abertura das “Jornadas Comemorativas em Alusão ao 32° Aniversário da Criação das FAA”, que se assinala hoje, 9 de Outubro, o general de aviação realçou que esse órgão de defesa tem uma longa e gloriosa história.
Tal percurso, disse, remonta aos tempos da luta de libertação nacional, quando se enfrentou o domínio colonial português e as intervenções militares de outras potências estrangeiras que pretendiam fragmentar Angola e saquear as suas riquezas.
Segundo Altino dos Santos, desde a sua criação, as FAA têm demonstrado elevada capacidade e prontidão combativa, para vencer quaisquer desafios na defesa dos interesses da Nação, constituído actualmente o garante da paz e estabilidade nacional.
O general explicou que as Forças Armadas Angolanas também actuam na protecção das fronteiras, no combate ao terrorismo, apoio às comunidades carentes, protecção do meio ambiente e desenvolvimento científico e tecnológico do país.
De igual modo, continuou, colaboram nas missões de paz das Nações Unidas e da União Africana em diversos países, como Moçambique, República Democrática do Congo (RDC) e, num passado recente, no Lesotho, levando ajuda humanitária e segurança aos povos necessitados.
O Chefe do Estado-Maior General especificou que a corporação que dirige é formada por homens e mulheres dedicados, competentes e ligados à pátria, como reflexo da diversidade cultural, étnica e regional, traduzindo-se em símbolo da unidade nacional .
“Devemos continuar a redobrar a vigilância e organização, aumentar o nível de controlo interno, melhorar a eficácia e eficiência do controlo militar no cumprimento das tarefas e missões que forem superiormente baixadas”, exortou.
Para isso, acrescentou, nunca se deve perder de vista os legados de antecessores que deram as suas preciosas vidas, derramado o seu sangue em prol da pátria, uns falecidos, outros mutilados e deficientes físicos de guerra e outros ainda no activo ou já reformados.
O alto oficial expressou o respeito e a admiração pelas FAA e todos os militares que servem ou serviram Angola com honra e dignidade, pelo que aproveitou homenagear os que deram a vida pela liberdade e soberania.
“Quero afirmar o meu compromisso com o fortalecimento das nossas capacidades de defesa e com o apoio das Forças Armadas no sentido de continuar a fortalecer a capacidade operacional, organizativa e técnica, para garantir o cumprimento da nobre missão (…..)”, concluiu o CEMGFAA.
MENSAGEM DO CHEFE DO ESTADO-MAIOR GENERAL
«As Forças Armadas Angolanas, enquanto reserva moral da Nação e continuadoras do legado histórico profundamente inscrito nas nobres tradições combativas do povo angolano, continuarão, hoje, amanhã e sempre a honrar o seu compromisso solene de defender a Pátria, a Independência, a Soberania e a integridade do solo pátrio, fiéis ao poder Político instituído com base na Constituição da República e na Lei.
A sua criação em 1991, no âmbito dos acordos de paz de Bicesse, lançou as premissas fundamentais para o fim do longo conflito armado interno, eliminou os factores externos que sustentavam a desestabilização da República de Angola e a ameaça à sua soberania e integridade territorial, tendo permitido reorientar o País na rota da paz, unidade e reconciliação Nacional.
No âmbito dos compromissos internacionais assumidos por Angola e salvo a situação da pandemia da covid-19 que o mundo enfrenta, as Forças Armadas têm participado com êxito em várias Missões Humanitárias e de Apoio à Paz, sob a égide das organizações internacionais e regionais, nomeadamente as Nações Unidas, a União Africana, a comunidade de desenvolvimento da África Austral (SADC), a Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) e a nível dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Por outro lado, em conjunto com os outros órgãos, as Forças Armadas Angolanas continuam a manter a sua prontidão na prevenção e combate contra as grandes endemias, com destaque para a prevenção e combate a Covid-19, as doenças sexualmente transmissíveis, o HIV/SIDA, a tuberculose, entre outras missões de interesse público, mantendo a mesma determinação de sempre em contribuir na edificação das bases para um futuro cada vez melhor para todos os angolanos.
O lançamento do Portal Web Site das FAA, tem como objectivo a satisfação das expectativas do nosso público de acompanhar as actividades das FAA e ter o domínio da sua importância estratégica no contexto Nacional, Regional e Internacional.
Assim, o nosso programa vai divulgar as principais Missões e Acções desenvolvidas pelas FAA tais como Operações Militares, Exercícios, Reestruturação, Reequipamento, Modernização, Aquisições, Formação, Promoções, Graduações, Condecorações, Avanços Científicos e Tecnológicos, Preparação Operativa, Combativa e Educativo-Patriótico e outras acções de interesse para o conhecimento público.
As informações a serem divulgadas vão reflectir a doutrina, as políticas, as práticas, os objectivos, os valores, os princípios, a missão, a conduta, a postura e a atitude do Militar no âmbito da Lei e regulamentos das Forças Armadas Angolanas.
O Exército Nacional é a escola da vida e, com o Portal Web Site das FAA que estamos a lançar, temos a possibilidade de dar a conhecer a actual fase da reestruturação das Forças Armadas Angolanas, e garantir a defesa da soberania Nacional e da integridade territorial, com maior disciplina, capacidade operativa e patriótica.
Sob a autoridade suprema de Sua Excelência João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República e Comandante-em-Chefe, as Forças Armadas Angolanas continuarão a servir o interesse Nacional com Bravura, Firmeza, Coragem e Determinação, pois, “A PÁTRIA, AOS SEUS FILHOS NÃO IMPLORA; ORDENA”!»
AS FORÇAS ARMADAS ANGOLANAS
As Forças Armadas Angolanas (FAA), são o símbolo de unidade Nacional da República de Angola e foram criadas a 9 de Outubro de 1991.
Sob a Direcção do Presidente da República e Comandante-em-Chefe das FAA, João Manuel Gonçalves Lourenço, as FAA são a expressão mais alta de reconciliação e o melhor exemplo de Unidade Nacional.
A institucionalização das FAA consubstancia a materialização do preceituado nos Acordos de Bicesse (Portugal), rubricados em 1991, entre o Governo Angolano e a UNITA, ao abrigo do qual seriam fundidas as Ex-Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), Exército Governamental, e as extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA), então componente militar da UNITA. Passados mais de duas décadas-ou-aproximadamente três décadas as FAA constituem motivo de orgulho nacional e encarnam, na sua essência, os valores mais elevados do patriotismo e da cidadania.
A sua natureza humana faz delas uma autorizada representação nacional, porque incorpora em si o nosso diversificado mosaico étnico-racial, cultural e de tradições das nossas heróicas lutas de resistência, defesa da nossa independência e da soberania nacional.
O benefício mais óbvio para um País, ao constituir as suas Forças Armadas, é a garantia da Defesa da inviolabilidade do seu território, actuando como factor de persuasão contra eventuais riscos de ameaças internas e externas.
As FAA são um instrumento de política externa do Estado, podendo ser usadas sempre que o interesse nacional for ameaçado e em missões de manutenção de Paz, de acordo com a Constituição da República e à luz dos tratados internacionais e regionais que o País assumiu ou venha assumir.
Constituídas por uma população eminentemente jovem, as FAA são também uma instituição com responsabilidades acrescidas no processo de ensino, formação e instrução contínua dos cidadãos chamados a servir a instituição militar e a sociedade no seu todo.
A arte e as ciências militares são muito complexas e estão em permanente evolução, facto que obriga os seus efectivos ter plena consciência desta realidade e sempre presente a necessidade da sua superação permanente, não obstante os custos elevados que isto provoca para o Orçamento Geral dos Estado.
As FAA como parte integrante da sociedade, devem ter uma conduta irrepreensível e digna do juramento que prestaram à Pátria.
Neste âmbito, os seus efectivos e quadros devem prosseguir na senda da melhoria constante dos níveis de organização e funcionamento, sempre sob direcção e coordenação do Poder Político instituído.
A celebração de mais um aniversário da criação das Forças Armadas Angolanas como Exército Nacional único, encerra-se um significado especial para os efectivos, em particular, que o povo Angolano em geral, pois simboliza a unidade e a irmandade de todos os concidadãos desta Pátria.
Ao longo destes anos, os seus efectivos têm-se capacitado para cumprir as missões com profissionalismo, espírito de bravura e patriotismo, procurando ser agentes comprometidos com a unidade e reconciliação da Nação. Com valores ético-morais e profundamente sensibilizados com o interesse Nacional em primeiro lugar, têm sempre presente o paradigma: “A Pátria aos seus filhos não implora: ordena”.
A travessia para a paz efectiva foi espinhosa, particularmente com o conflito armado registado após as eleições de 1992.
O clima actual de Paz em Angola tem permitido a celeridade do processo de reestruturação redimensionamento das Forças Armadas Angolanas.
O estado psico-moral, disciplinar das tropas considera-se bom, a disposição combativa elevada, permitindo o cumprimento das missões incumbidas superiormente, a luz do artigo 207 da Constituição Angolana.
Volvidos mais de 30 anos da sua criação, as Forças Armadas Angolanas estão engajadas num processo de reestruturação e redimensionamento, com vista ao aperfeiçoamento da sua organização, para dar resposta aos desafios, do presente e do Futuro.
As FAA como Exército Nacional, tem sabido, de forma invulgar, bater-se pela defesa da soberania e da integridade territorial da República de Angola, cumprindo exemplarmente com a sua nobre missão. Integradas por três Ramos, designadamente o Exército (Forças Terrestre), Força Aérea (Aviação) e a Marinha de Guerra Angolana (Naval). As FAA constituem um combinado sólido de potencialidades humanas, materiais e espirituais, formando um corpo coeso à dimensão de um Exército Nacional.
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