CHUVA DETONA “MENTIRAS COMPULSIVAS” DO  MPLA 

O executivo do MPLA, partido no poder em Angola há 47 anos, é um “mentiroso compulsivo”, desde 1975. Ao longo do primeiro e segundo mandato do presidente, João Lourenço, está a executar e administrar o país, com várias mentiras, através do Executivo que dirige, e conseguiu promover muitas realizações em prol da sua desgovernação económica e social do país. A chuva continua a destruir e a poluição, o lixo, os buracos nas estradas, as doenças, assassinatos, a miséria e a fome, estão, cada vez mais, ao nível do seu patrono (o MPLA).

Por Elias Muhongo

A capital de Angola foi surpreendida pela chuva, detonando as “mentiras compulsivas” do executivo MPLA, causando mais mortes, destruindo sonhos, inundando residências, estradas e deixando centena de ruas alagadas, logo pelas últimas horas do dia 12 do corrente mês. Uma intensa chuva deixou algumas zonas periféricas intransitáveis, paragens de táxi cheias, outras com acesso deficiente e com muita lama à mistura. A realidade é que cerca de 80% da população de Luanda vive em áreas de musseques com condições de habitabilidade muito débeis e elevados níveis de pobreza e miséria.

O executivo do MPLA liderado pelo presidente da República, João Lourenço, chegou a referir no seu primeiro mandato que o que fez em quatro anos no país é mais do que os quarenta anos dos seus antecessores, dando mostras que não participou da corrupção, excluindo-se do seu mesmo antigo executivo MPLA, que tem vindo a dirigir o nosso país desde 1975, com muitas mentiras.

Segundo o activista e jornalista, Osvaldo Kaholo, “o executivo do MPLA é uma organização de mercenários, pois tem mentido nas promessas, mentira nos programas, mentira nos projectos, mentira nos progressos, mentira nas reformas, mentira nas convicções, mentira nos actos, nas coisas, mentira no rosto, na voz, na postura, no gesto, na palavra, na escrita, mentira nas instituições, mentira nos relatórios, mentira nos inquéritos, mentira nos concursos, mentira nas embaixadas, mentira nas responsabilidades, mentira nos desmentidos. O executivo do MPLA é monopólio das mentiras e dentro e fora, vive-se, a lei de Caim”.

É notória a vontade e o orgulho de todo o luandense ou residente na capital ter acesso a casas nas centralidades e novas urbanizações, mas o processo não é fácil. É uma odisseia. Os cidadãos que conseguiram transpor a barreira das dificuldades e adquirir as moradias há alguns anos, através do processo de aquisição, por renda resolúvel, coincidentemente, nas centralidades e novas urbanizações estão decepcionados, por em tão poucos anos, os edifícios apresentarem fissuras, nas paredes, problemas na canalização de água (sendo o precioso líquido, na maioria turvo, imprópria para consumo), a instalação eléctrica é tão deficiente que falta luz constantemente, não só, nas centralidades como em toda capital.

Entre os municípios mais a afectados pelas chuvas, Icolo e Bengo, Cacuaco e Cazenga, o grito de socorro surge mais em Viana onde, em 2020, o Presidente da República autorizou a despesa de 5,5 mil milhões de kwanzas para obras urgentes de reabilitação das infra-estruturas de drenagem das águas residuais e pluviais da Urbanização Vida Pacífica, na Centralidade do Zango 0, de modo a evitar “calamidade pública”. Igualmente, Para justificar a abertura do procedimento de contratação simplificada pelo critério material, no diploma é referido que a decisão teve em conta “as constantes inundações, situações que têm criado inúmeros problemas de salubridade do meio”, infelizmente, com a chuva da semana o problema agravou-se ainda mais o que está tornando num potencial vencedor e a mostrar a verdadeira incompetência do executivo angolano.

O residente activista e presidente, Pedro Teca, da UPA – União do Povo Angolano, afirma através das redes sociais que, “vou embargar as obras na centralidade Vida Pacífica… O governo construiu em locais impróprios”. Já o Jornalista, António Mbinga, diz que “ao executivo, ou governo, falta mentalidade e visão, o que tem vindo a mostrar e a executar, é a lei da guerra e da força, a lei do assalto, a lei da pilhagem, a lei da bestialidade, lei que nega a noção de todas as leis, lei de inconsciência que autoriza a perfídia, consagra a brutalidade, agaloa a insolência, eterniza o ódio, premeia o roubo, coroa a matança, organiza a devastação, semeia a barbaria, assenta o direito, a sociedade, o Estado no princípio da opressão, na omnipotência do mal, hoje, vê-se centenas de pessoas a perder o que já criaram com os seus esforços por negligência do governo ou executivo actual, solidarizo-me com as vítimas das chuvas que provocaram pelo menos 5 mortos, pelo que assisti e entre outros prejuízos humanos e materiais, peço responsabilidade ao Governo”, disse.

Carlos Martins dos Santos disse que “o Executivo está engajado na redução do desenvolvimento económico e a contínua procura de soluções para encher ou preencher cada vez mais o défice do sonho pela casa própria. O governo do PR JLo estila venenos de um cão raivoso, a sua moldura tem ensinando o homicídio, propagando a crueza, destruindo lares, estamos já numa fase complicada de inverter, já se enraizou o país de hipócritas, o que nos resta ou falta é rezar pelo um novo partido e governo, a governar e a executar o nosso país, cinco mortos e mais de duas mil casas inundadas através das chuvas de acordo as informações a circularem nas redes sociais e aos órgãos públicos, infelizmente, reforço aqui o apelo sobre a vala, cá na sétima avenida, município do Cazenga, no ano passado antes das eleições, creio ser em Março ou Abril veio cá uma empreiteira que começou por cavar a rua para supostamente nos colocarem asfalto, quando começou a chuva tudo ficou parado até hoje e é onde morreu a criança o ano passado, como se vê está mais cheia, lamenta e choraminga”.

Segundo os residentes contactados pelo Jornal Folha 8, as políticas do executivo não melhoram qualidade de vida dos cidadãos, na consequência das chuvas da semana passada que causou 5 mortos, os moradores da capital relembram a chuva que fez 14 mortos e mais de 8.000 pessoas desalojados, além de milhares de inundações, quedas de árvores, de postos de iluminação, estradas intransitáveis, uma ponte partida, entre outros estragos alguns meses e anos, atrás. As pesadas chuvas que se abateu neste mês de Janeiro sobre Luanda, para além dos elevados danos materiais, também causaram mortes, seja pelo efeito directo das enxurradas, seja pelo desabar das suas precárias habitações. O governo tem estado a causar mais graves prejuízos aos habitantes da capital no período mais agudo da estação das chuvas por não saber erguer os seus projectos.

Questionado pelo Jornal Folha 8 um dos jovens residente por via telefónica se já tinha comido desde alguma coisa desde a manhã de sexta-feira, a resposta de Rodrigues foi letal: “Ainda não comi nada até estas 18 horas, apenas chorando por não ter onde passar a noite, sou motorista de heetch-taxi, o carro não é meu, as minhas mobílias estão por cima de água!” e a contundência fazem correr-lhe as lágrimas nos olhos, por força do contexto sócio-económico que o país tem estado a atravessar, com a má gestão pública, os contentores de lixo como fonte de alimentação.

Este jovem é um dos a quem foram entregues mais de 400 apartamentos à juventude na Vida Pacífica no Zango. A entrega de quatro edifícios, com 448 habitações remodeladas e em condições de habitabilidade de tipologia T4 e T3, as moradias fazem parte de um leque de 1.120 preparadas para os jovens, no âmbito do compromisso assumido pelo Presidente da República, João Lourenço, e no final de tudo serem descartáveis.

“Quando conseguimos tudo era alegria e agora, estamos a chorar e a nos arrepender, por virmos com as nossas mobílias do centro da cidade e dos nossos guetos”, choraminga Ana Constantino, residente da Urbanização Vida Pacífica.

O Centro de Coordenação Operacional da Comissão Provincial de Protecção da Sociedade Civil avançou dados provisórios sobre as chuvas que se abateram na cidade de Luanda e quem em alguns pontos da cidade foram moderadas, e em outros nem tanto.

“Para o efeito, gostaríamos aqui de forma provisória e sintetizada, dizer que temos o registo de ruas alagadas, criando assim dificuldade em termos de mobilidade, quer de pessoas e também de viaturas, bem como, inundações de residências e árvores caídas.”, disse o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Faustino Minguês.

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