O chefe de Estado angolano (não nominalmente eleito), João Lourenço, felicitou hoje Hakainde Hichilema, pela sua recente eleição como Presidente da vizinha República da Zâmbia.
Numa mensagem divulgada pela Casa Civil do Presidente da República, João Lourenço disse estar seguro de que a vitória alcançada nas eleições presidenciais de 12 de Agosto “traduz a vontade e a esperança do povo zambiano numa liderança que incremente de forma activa e dinâmica todas as iniciativas capazes de promover a realização dos grandes interesses da nação zambiana ao progresso, ao desenvolvimento e à prosperidade” do país.
“É grande a nossa expectativa de que, durante o mandato de vossa Excelência, a República de Angola e a República da Zâmbia continuem a trabalhar no sentido de intensificar a realização de acções de cooperação de interesse recíproco, que contribuam para o reforço das históricas relações de amizade existentes entre a República da Zâmbia e a República de Angola, visando o crescimento e o bem-estar dos nossos dois povos”, sublinhou João Lourenço.
O chefe de Estado angolano manifestou votos de que Hakainde Hichilema “tenha os maiores êxitos no cumprimento da nobre missão para a qual foi eleito, por escolha do povo zambiano”.
O ainda Presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, admitiu a derrota nas eleições presidenciais, felicitando o seu rival de longa data, Hakainde Hichilema, homem de negócios de 59 anos, pela vitória eleitoral.
O empresário, também conhecido por “HH” ou “Bally”, venceu o Presidente em exercício, Edgar Lungu, que governa o país desde 2015, por quase um milhão de votos, num escrutínio que registou uma elevada afluência às urnas.
Hichilema, do Partido Unido para o Desenvolvimento Nacional (UPND), obteve um total de 2.801.757 votos, contra 1.814.201 para Lungu, da Frente Patriótica (PF), informou a comissão eleitoral.
Esta foi a terceira vez que Hichilema enfrentou Lungu nas urnas. Em 2016, perdeu por apenas 100.000 votos.
A participação de mais de 70% da população confirmou o entusiasmo por estas eleições, durante as quais algumas mesas de voto permaneceram abertas até às 05:00 da manhã, para permitir que os eleitores que esperavam em filas desde o final da tarde pudessem votar.
As eleições realizaram-se em 12 de Agosto, com mais de sete milhões de zambianos a serem chamados às urnas para votar no seu Presidente para os próximos cinco anos, assim como nos autarcas (algo que nunca aconteceu em Angola em quase 46 anos de independência) e deputados, num escrutínio imprevisível que se realizou num contexto de crise económica.
Folha 8 com Lusa