Eni aposta na cooperação com Angola na área da saúde

O projecto internacional de cooperação sanitária, promovido pela Eni em colaboração com o Ministério da Saúde de Angola, teve início na passada semana no hospital da Divina Providência de Luanda com sessões de formação para 16 médicos.

Estas sessões de formação incluem telemedicina e formação prática realizada por médicos especialistas do instituto italiano Don Calabria, com o objectivo de melhorar as competências especializadas de médicos angolanos.

As actividades de formação, que incluem formação em telemedicina, fazem parte de uma iniciativa mais vasta lançada em Novembro de 2019 e destinada a proporcionar capacitação e formação a médicos angolanos através de um programa de cooperação com instituições de saúde de referência italianas.

O Hospital Josina Machel de Luanda, o Hospital Pediátrico David Bernadino e o Hospital da Divina Providencia estão a participar na iniciativa, e a formação de ponta é ministrada pelos institutos de saúde italianos Monzino Hospital, Istituto Don Calabria e Istituto Gaslini.

As áreas de intervenção incluem a Cirurgia Cardíaca, Nefrologia e Diálise Pediátrica, Hematologia Pediátrica, Neurologia Pediátrica, Saúde Materna e Infantil, Doenças Infecciosas, Epidemiologia, Nutrição e sistema de encaminhamento a nível dos cuidados de saúde primários. O projecto é baseado num investimento de 5 milhões de dólares.

Até à data, mais de 40 médicos do hospital pediátrico David Bernardino receberam formação online em Hematologia e Nefrologia pelo Istituto Gaslini de Itália. Os professores de Gaslini também viajarão para Luanda para dar formação prática aos seus homólogos angolanos. As cirurgias cardíacas serão também realizadas no hospital Josina Michel com a cooperação do hospital Monzino de Milão.

No âmbito deste projecto internacional de saúde, serão também realizadas actividades em Cabinda, em paralelo com outras iniciativas de desenvolvimento sanitário que fazem parte do Plano de Desenvolvimento Local da Eni.

Todas as iniciativas estão de acordo com os planos do Governo angolano para o desenvolvimento e crescimento sustentável, bem como com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (SDG) das Nações Unidas (ONU).

A Eni é operadora do bloco 15/06, e dos blocos de exploração Cabinda Norte, Cabinda Centro, 1/14 e 28, e é também operadora do Novo Consórcio de Gás (NGC). Além disso, a Eni tem uma participação nos blocos não operados 0 (Cabinda), 3/05, 3 / 05A, 14, 14 K / A-IMI, 15 e na Angola LNG.

Recorde-se que, no passado dia 6 de Abril, o Presidente João Lourenço, e o CEO de Eni, Claudio Descalzi, reuniram-se em Luanda para analisar o progresso das actividades da Eni no país e discutir novas áreas de cooperação.

Durante a reunião, Descalzi apresentou os recentes sucessos da estratégia de exploração da Eni em Angola, que permitiu à Eni descobrir mais de dois mil milhões de barris de petróleo equivalente (boe) no Bloco 15/06 desde 2018.

Aproveitando as instalações existentes, a empresa conseguiu realizar o desenvolvimento ultra-rápido destas descobertas, confirmando o tempo recorde de comercialização da Eni, reduzindo ao mesmo tempo as emissões de CO2 das operações.

Descalzi também actualizou o Presidente sobre o desenvolvimento de um terceiro pólo de produção no Bloco 15/06, que permitirá colocar em produção todo o potencial da descoberta de Agogo.

As partes analisaram também o progresso das iniciativas renováveis e de downstream. A Solenova JV (Sonangol 50%, Eni 50%) completou as actividades iniciais da primeira fase da central fotovoltaica de Caraculo, com arranque previsto em 2022.

Relativamente ao downstream, a Eni renovou o seu compromisso na Refinaria de Luanda onde, graças ao esforço conjunto da Sonangol e da Eni, a eficiência operacional do activo melhorou significativamente nos últimos três anos.

Mais de 100 técnicos angolanos estiveram envolvidos em programas de formação específicos em Itália e Angola, e o projecto para aumentar a capacidade de produção de gasolina, permitindo ao país reduzir a sua dependência da importação de produtos acabados, está em construção, esperando-se o seu arranque em 2022.

Descalzi actualizou também o Presidente João Lourenço sobre o novo consórcio de gás que permitirá desenvolver e rentabilizar campos de gás não associados, aumentando a capacidade de Angola para produzir LNG e a disponibilidade de gás doméstico para o desenvolvimento industrial do país.

Além disso, foi discutido o progresso das iniciativas de desenvolvimento local da Eni, que se centram no desenvolvimento agrícola, acesso à água, energia, educação e saúde, bem como iniciativas de desminagem, acesso à terra e diversidade & inclusão.

Relembre-se que o projecto de electrificação dos centros de saúde concebido pela ANPG, Eni Angola e parceiros do Bloco 15/06 aposta na utilização das energias renováveis para aumentar a qualidade de vida das populações angolanas. A entrega de mais um sistema solar ao Centro de Saúde do Kididi, em Luanda, vai permitir servir a comunidade 24 horas por dia com energia solar, sem interrupções

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), na qualidade de Concessionária Nacional, a Eni Angola, operadora do Bloco 15/06, e os seus parceiros Sonangol P&P e Sinopec oficializaram no dia 12 de Fevereiro a entrega de mais um sistema solar de 12 KW ao Centro de Saúde do Kididi, no município de Belas, em Luanda.

Esta acção de apoio social contou, entre outras, com a presença do Director Nacional dos Petróleos, Alcides Santos; do Gerente do Bloco 15/06, Américo do Nascimento, em representação da ANPG; e do Director Geral da Eni em Angola, Matteo Bacchini.

O Director Nacional dos Petróleos congratulou-se com a capacidade que a ANPG, as operadoras e os seus parceiros têm tido para apoiar socialmente as comunidades angolanas. “Um apoio que em muito contribui para que as populações tenham acesso a bens essenciais como é o da prestação de bons cuidados de saúde”, sublinhou Alcides Santos.

Para o representante da ANPG esta é mais uma acção que contribui para o bem comum e que fomenta em Angola o uso das energias renováveis, algo que vem sendo cada vez mais habitual em todo o mundo, uma vez que contribui para o aproveitamento de recursos naturais e para a preservação do ambiente.

Para além disso, Américo do Nascimento sublinhou a importância que este projecto de electrificação dos centros de saúde tem para o país e para as populações que cada um deles serve: “Esta acção é mais um passo que damos para a melhoria das condições de vida das populações, mais especificamente na questão da saúde. É algo de que nos podemos e devemos orgulhar – todos nós: ANPG, Eni Angola e parceiros do Bloco 15/06”.

Matteo Bacchini, Director Geral da Eni Angola, estava não só satisfeito com a presença da empresa no país e com o trabalho em curso no sector petrolífero, uma vez que Angola é um mercado importante para a operação desta multinacional italiana, mas também com os resultados já alcançados com este projecto de apoio social:

“Recordo que este é já o 11º sistema solar que entregámos, o que significa que com este projecto já levámos até ao momento energia diariamente a comunidades diferentes nas províncias de Luanda, Huíla e Namibe. E não vamos ficar por aqui. Vamos continuar a trabalhar e a apostar nos nossos valores de cidadania e no apoio que possamos fazer chegar às comunidades de Angola, um país que tão bem nos tem acolhido”, salientou.

Legenda: O Presidente da República de Angola, João Lourenço, e o CEO da Eni, Claudio Descalzo (foto de arquivo).

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