O futuro está mesmo
ao dobrar da esquina

A inovação digital na África Subsaariana está a ser conduzida pela cada vez maior utilização de telemóveis, permitindo que os consumidores africanos ultrapassem modelos de negócios e tecnologias empresariais já existentes.

A versão 2017 do Manual sobre Receita Fixa, Moeda e Mercadorias (FICC) do Ecobank Research, que proporciona conhecimento e análise especializados sobre os mercados africanos para investidores e empresas, foi hoje apresentado no AfricaFICC. Indicando uma perspectiva positiva para o continente, prevêem-se três tendências chave a ter em conta durante os próximos 12 meses.

A primeira indica uma recuperação económica na África Subsaariana, guiada por uma recuperação dos pesos pesados económicos da região, a Nigéria e a África do Sul, e pelo crescimento continuado dos seus melhores actores, a Etiópia, a Costa do Marfim e, (mais recentemente), o Gana.

O crescimento será guiado por um aumento da produção de petróleo (de forma mais destacada no Gana, na República do Congo, na Nigéria e em Angola), pelo reforço do investimento em infra-estruturas na África Ocidental e Oriental, e pela melhoria das condições climatéricas que fazem pressagiar boas colheitas.

O reforço da actividade económica, para além de uma melhoria moderada nos preços do petróleo e dos minerais, irá ajudar a diminuir o défice actual, mas a pressão sobre as moedas da África Subsaariana irá permanecer.

A segunda tendência emergente aponta para o facto de o sector do gás da África Ocidental se vir a tornar um grande centro de actividade em 2018, do Senegal até Angola, com o desenvolvimento de gasodutos, plataformas flutuantes de gás natural liquefeito (FLNG) e de grandes projectos de campos de gás.

Os governos dos países do Golfo da Guiné e de toda a África Ocidental intensificaram os seus esforços para assegurar o fornecimento de gás, de modo a impulsionar a criação doméstica de energia e assim diversificar as suas receitas para além do petróleo.

Desregular o mercado do gás e permitir preços do gás regidos pelo mercado será a chave para desbloquear o posterior investimento em infra-estruturas em toda a região.

A terceira tendência sugere que a inovação em finanças e tecnologia em África irá acelerar em 2018, impelida por uma nova geração de africanos “nativos digitais”. A proliferação de “hubs” tecnológicos em África (de forma mais destacada na África do Sul, no Quénia, no Ruanda, na Nigéria, no Gana e na Costa do Marfim), irá alimentar a próxima onda de “startups” africanas e ajudá-las a entrar em contacto com investidores.

A inovação digital na África Subsaariana está a ser conduzida pela cada vez maior utilização de telemóveis, permitindo que os consumidores africanos ultrapassem modelos de negócios e tecnologias empresariais já existentes.

As empresas africanas das áreas das finanças e da tecnologia estão cada vez mais a conduzir esta inovação, apresentando ferramentas digitais para construírem perfis digitais para os até aqui ‘sem acesso aos bancos’, proporcionando electricidade a agregados familiares rurais que se encontravam até então fora da rede, usando até inteligência artificial para diagnosticar problemas de saúde de forma remota.

Edward George, Director do Ecobank Group Research, disse: “O mundo digital move-se rapidamente, tal como nós devemos fazer. A página web AfricaFICC é uma forma chave para podermos apresentar a nossa análise sobre os mercados regionais e o conhecimento local especializado sobre 41 mercados africanos – que é muitas vezes de difícil acesso – a uma audiência mais abrangente. Achamos que estas três tendências são uma grande prova de que África evitou as mais recentes tempestades e que está no bom caminho para um crescimento melhorado em 2018”.

O Ecobank Research Centre dedica-se a proporcionar investigação de elevada qualidade a clientes, de forma a ajudar a navegar pelo complexo mercado africano. As áreas abrangidas incluem Economia, Serviços Bancários e Financeiros, Petróleo, Gás e Energia, Mercadorias Agrícolas, Comércio e Inovação Digital.

Uma equipa de analistas experientes de alguns dos 36 países abrangidos pelo Ecobank é capaz de fazer uso do vasto conhecimento local de maneira a proporcionar análises para os clientes e a identificar oportunidades de investimento. As análises focam-se no centro de África – a região entre o norte de África e a zona do Rand, que tem o maior potencial de crescimento, mas que é mal compreendida.

O Ecobank Research proporciona actualizações regulares sobre o mercado, notas informativas e estudos detalhados sobre a macroeconomia da região, sobre as moedas, as receitas fixas, os títulos, mercadorias, comércio e inovação digital.

Constituído em Lomé, Togo, em 1988, o Ecobank Transnational Incorporated (‘ETI’), a empresa matriz do Ecobank, é o grupo bancário líder e independente pan-africano. Tem actualmente presença em 36 países africanos, nomeadamente: Angola, Benim, Burkina Faso, Burundi, Camarões, Cabo Verde, República Centro-Africana, Chade, Congo (Brazzaville), Congo (República Democrática), Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Quénia, Libéria, Malawi, Mali, Moçambique, Níger, Nigéria, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa, África do Sul, Sudão do Sul, Tanzânia, Togo, Uganda, Zâmbia e Zimbabué.

O Grupo emprega mais de 20.000 pessoas em 40 países diferentes em mais de 1.200 sucursais e escritórios. O Ecobank é um banco de serviço completo que proporciona serviços e produtos de venda grossista, a retalho, de investimento e transacção bancários a governos, instituições financeiras, multinacionais, organizações internacionais, micro, pequenas e médias empresas e indivíduos.

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