RACISMO EM PERNAMBUCO

BRASIL. A professora de dança Gabriela Sampaio, 27 anos, estava animada com o início de um novo projecto: ela tinha sido contratada por uma escola particular do Recife para trabalhar com alunos do ensino fundamental. Mas ela não passou da aula experimental.

“Falei quem eu era, dei ênfase nas danças populares afro contemporâneas, com as quais eu trabalho desde os meus 16 anos. Falei do grupo Baquinaré, próximo à escola, alguns alunos disseram que conheciam. Enfim. No final de tudo, a coordenadora-geral disse: ‘dança afro aqui não, a gente não admite’. Perguntei o motivo, ela disse que tem alunos evangélicos e os pais não aceitam”, narra Gabriela.

Para Gabriela Sampaio, proibir o ensino da dança trata-se de um caso de racismo institucional e desrespeito à Lei Federal 10.639/03, que obriga o ensino da história e da cultura afro-brasileira e africanas em estabelecimentos de ensino públicos e particulares de todo o país.

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